25 fevereiro 2014

Entidades ambientalistas pedem audiência pública sobre projeto do HCPA

O atual Hospital de Clínicas. (foto: HCPA) 

A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), o Ingá Estudos Ambientais e o Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente (Mogdema) encaminharam ao Ministério Público Estadual, no dia 20 de fevereiro, um pedido de audiência pública para esclarecimento sobre os impactos ambientais e sugerem um estudo de readequação ao projeto que prevê a construção de grande estacionamento e prédios anexos ao Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA), promovendo o corte de 250 árvores nativas.

As entidades ambientalistas ressaltam que o espaço pretendido para a construção constitui a quarta maior área verde em superfície do centro da cidade, com área semelhante aos parques da Redenção, Harmonia e Parcão. O bosque resulta do plantio comunitário de 1200 mudas realizado por alunos de Biologia da UFRGS em 1977. “Formou-se ali um bosque urbano de grande importância para o conforto e menor índice de ruídos para pacientes e suas famílias, e que representa grande valor ambiental e cultural para a população de Porto Alegre” ressalta o documento.

Renzo Bassaneti, um dos estudantes de biologia, comenta "que passava pelo gramado do HCPA todos os dias para ir até as aulas de biologia na avenida Ipiranga com a rua Ramiro Barcelos. Imaginando como a área melhoraria com a presença de árvores – mais sombra, menos ruído para os pacientes do hospital, com mais pássaros e mais um pulmão para a cidade - resolvemos tentar agir. Contatamos a direção do HCPA através do nosso diretório Academico (DAIB), e recebemos o sinal verde após alguns dias. Solicitamos 1700 mudas à Secretaria Estadual da Agricultura da sua extensão em Santa Maria. Face à má qualidade do solo, a direção do HCPA nos disponibilizou duas caçambas de húmus para colocação nas covas. As 1200 mudas foram plantadas no terreno do HCPA e as 500 restantes foram plantadas no novo Campus do Vale.”

Os ambientalistas relatam também a importância da readequação de projetos. No  início da década de 1990, quando da gestão do então Secretário Municipal de Meio Ambiente, Caio Lustosa, foi possível  readequar um projeto que previa o corte de mais de 100 árvores para tubulação da prefeitura e em função da mobilização de entidades, como Cooperativa Colméia e Agapan, foram suprimidas apenas 12 árvores, prova de que é possível encontrar melhores soluções. 

leia também:

As árvores do Hospital de Clínicas por Renzo Bassanetti



Vanessa Melgaré
Assessora de comunicação
Agapan



Um comentário:

Anônimo disse...

O que vcs tem a dizer quanto a isso? Uma ONG que recebe este valor presta conta onde? ONG ou empresa?

500.000 para uma única ONG???
Isso é sério?
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06/01/2014 13005877747 TUTELA E GESTAO AMBIENTAL INTEGRADA CONSERVACAO DA BIODIVERSIDADE COMO FATOR DE CONTRIBUICAO AO DESENVOLVIMENTO DO E ASSESSORIA E CONSULTORIA TECNICA 14.440,00
17/02/2014 14000312737 TUTELA E GESTAO AMBIENTAL INTEGRADA CONSERVACAO DA BIODIVERSIDADE COMO FATOR DE CONTRIBUICAO AO DESENVOLVIMENTO DO E ASSESSORIA E CONSULTORIA TECNICA 14.440,00
24/02/2014 14000511486 TUTELA E GESTAO AMBIENTAL INTEGRADA CONSERVACAO DA BIODIVERSIDADE COMO FATOR DE CONTRIBUICAO AO DESENVOLVIMENTO DO E ASSESSORIA E CONSULTORIA TECNICA 27.000,00