Ministério Público do RS (MP/RS) vai instaurar inquérito civil para apurar denúncias de irregularidades na fábrica Celulose Riograndense, em Guaíba (RS).
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Gráficos apresentados em relatórios da fábrica |
Em reunião realizada nesta segunda-feira (6) na comarca de Guaíba do MP/RS, o vice-presidente da Agapan e membro da Comissão Jurídica da entidade, Eduardo Finardi Rodrigues, acompanhou o grupo de moradores que apresentou as denúncias à promotora Ana Luiza Domingues.
"Os atuais danos lembram a época do início da empresa, quando ainda era chamada de Borregaard. Ou seja, houve a expansão da empresa, mas a situação ambiental aparenta regresso", denunciou um dos representantes dos moradores.
Entre os principais problemas, os moradores citaram as fuligens, poluição sonora, redução da margem do rio Guaíba em virtude do porto construído pela fábrica, isolamento do bairro, tráfego intenso de caminhões, danos aos prédios residenciais e anel verde de tamanho inadequado em relação ao porte da fábrica. Também foi alertado sobre os perigos decorrentes das liberações de dioxinas no rio.
Paralelo ao inquérito do Ministério Público, a Agapan vai encaminhar ofício à Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) solicitando esclarecimentos sobre as irregularidades apresentadas pela fábrica Celulose Riograndense e exigindo providências preventivas do Estado para evitar que consequências danosas possam prejudicar ainda mais os moradores de Guaíba e afetar a população de Porto Alegre e cidades próximas que se abastecem da água do rio Guaíba.
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