Moradores decidiram ocupar a rua Anita Garibaldi para impedir o início das obras de um túnel que descaracteriza a rua e devasta 240 árvores da rua centenária. Buscam respostas da Prefeitura Municipal sobre a lógica viária da obra de R$ 16 milhões, que altera a vida no bairro e não resolve os problemas de trânsito, pois é um projeto de 30 anos e que joga o tráfego de carros para "baixo do tapete" rua abaixo. A rua é estreita na sua continuidade e o projeto não avalia esta repercussão.
Há um ano e meio os moradores ficaram sabendo desta obra pela imprensa. O projeto não passou por audiência pública, não possui estudos de impacto ambiental, estudo de impacto de vizinhança e também não possui plano cicloviário, exigidos por lei. Os moradores entraram com várias ações na justiça, contrataram o engenheiro Panitz para dar uma avaliação sobre o estudo de tráfego, e este considerou a obra desnecessária e de custos elevados.
Os moradores comentaram que poderiam ter começado as obras pelo viaduto da Plínio Brasil Milano, que realmente é necessário para a região. Mas, decidiram começar pela rua Anita Garibaldi, uma rua menor e estreita que tinha 38% de trafego para ir ao aeroporto. Iniciaram em janeiro, quando muitos moradores estão viajando de férias; mas, estamos aqui, resistindo.
A obra faz parte de um leque de três grandes obras para a Copa de 2014 na avenida Carlos Gomes, a Terceira Perimetral, em um trecho de 1,5 km. O questionamento começa por este dado curioso, a junção de dois túneis e um viaduto entre sete quadras.
AGAPAN
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