Manifestantes em frente à prefeitura de Porto Alegre (foto: Naian Meneghetti) |
Com palavras de ordem pedindo mais paz e amor e menos motor, e “nenhuma árvore a menos”, mais de 200 pessoas, entre ambientalistas, estudantes e público em geral, participaram da Macha Pelas Árvores, realizada no final da chuvosa tarde de segunda-feira (20/5), percorrendo da Prefeitura ao acampamento Ocupa Árvores, próximo à Câmara dos Vereadores. A manifestação foi organizada em defesa das árvores ameaçadas de corte do entorno da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, justificado pela realização da Copa em 2014.
Manifestantes na Rua da Praia (foto: Naian Meneghetti) |
Na
quarta-feira (23/5), o Largo Glênio Peres vai sediar a 7ª Festa da
Biodiversidade, e o movimento Quantas Copas por Uma Copa promete
divulgar suas ações e conclamar as pessoas a participarem do
acampamento. O grupo precisa de cordas, comida e barracas, além de
mais pessoas. “Queremos um desenvolvimento que leve em consideração
as pessoas e a vida acima do lucro e do automóvel”, diziam os
manifestantes junto ao acampamento Ocupa Árvores.
Árvore número 171 foi adotada - (foto: Adriane Rodrigues/AGAPAN) |
Vários
integrantes da Agapan acompanharam a Marcha, e escolheram a árvores
número 171 para adotar. “Esse número é representativo nesse
momento em que a prefeitura insiste em não considerar as
alternativas que apresentamos aos projetos Copa e ao Parque
Gasômetro”, defendeu Celso Marques, conselheiro da Agapan.
Em frente à prefeitura, no início da Marcha, Marques leu o manifesto
da Agapan sobre o corte das árvores, onde destaca que o caso das
árvores do Gasômetro “são
a ponta de um gigantesco iceberg, que é a qualidade de vida de nossa
cidade, que está sendo derretida pelos interesses especulativos de
poucos”.
Ainda
segundo o documento, a Agapan diz ter esgotado
“os caminhos institucionais legais, burocráticos e
administrativos, na tentativa de manter um diálogo político e
técnico-científico com os poderes constituídos”. E vai além,
apoiando a subida nas árvores
e conclamando os
porto-alegrenses a comparecerem no local em solidariedade aos jovens
na defesa dos interesses de todos nós. “Apoiamos a defesa das
árvores como expressão legítima da cidadania e como um direito
universal de desobediência civil”, diz o documento, que conclama a
população “apareça e
junte-se a nós”.
Assessoria
de Imprensa da Agapan,
jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues
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