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19 junho 2011

Terça Ecológica discute a responsabilidade sobre o lixo de cada dia

Núcleo de Ecojornalistas do RS promove encontro sobre a situação e a repercussão da lei dos resíduos sólidos no Estado

O lixo é uma questão que geralmente não cheira bem e é tratado como um problema alheio. Todos nós produzimos, mas ainda são poucos aqueles que se comprometem, de fato, com a sua destinação. Somente na capital gaúcha, a cada 24 horas, cerca de 978 gramas de lixo são coletados por habitante. De acordo com números relativos às coletas de 2010 do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, ao fim de cada dia quase 1,4 toneladas de resíduos são recolhidas apenas m Porto Alegre.

A recente Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, regulamenta a destinação final dos lixos, mas ainda depende da elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para acesso a recursos federais relacionados ao tema. Esta lei estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, além dos consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Para debater a situação da Capital e como esta lei está repercutindo no Estado, a Terça Ecológica deste dia 21 traz a engenheira química da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Carmem Níquel, e o repórter e editor do Coletivo Catarse, André de Oliveira para debater o assunto. O evento acontece no auditório pequeno do Instituto Federal Rio Grande do Sul (ex-Escola Técnica), às 19 horas e tem entrada franca.

Carmem Níquel já tem 30 anos de trabalho na Fepam e atua no serviço de licenciamento de atividades industriais em impalantação; André de Oliveira é um dos responsáveis pela produção do vídeo sobre lixo doméstico, a ser exibido durante o evento.

A Terça Ecológica é um evento mensal do Nícleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS), realizado desde 1994, que reúne especialistas para debater assuntos ambientais com a comunidade. A entrada é franca. Mais informações sobre as atividades do NEJ-RS podem ser encontradas no site: www.ecoagencia.com.br.


Serviço:

Terça Ecológica sobre resíduos sólidos

Dia: 21/06/2011

Horário: 19h

Local: Auditório pequeno do Instituto Federal Rio Grande do Sul (ex-Escola Técnica). Rua Ramiro Barcelos, 2777 - Bairro Santana – Porto Alegre/RS

Entrada franca

17 abril 2011

Vigília contra a reforma do Código Florestal: Segunda às 18 horas


Quando: segunda, 18/04, a partir das 18h

Onde: Praça da Matriz, Centro, Porto Alegre-RS


Porto Alegre é a cidade que disse para o mundo inteiro que “outro mundo é possível”. Durante alguns anos, porém, esse outro mundo parecia estar sendo construído fora daqui, e aquelas virtudes pelas quais a cidade tinha se tornado famosa – a participação popular, o debate político, o espírito crítico – pareciam ter mudado de endereço. Atualmente, algumas coisas sugerem que isso pode ter começado a mudar: seja a eleição de um governo que reata com as experiências daquele período, ou as duas mil pessoas que foram às ruas para protestar contra o ataque covarde de um motorista aos ciclistas da Massa Crítica.

Dizer que “outro mundo é possível” significa dizer que outra forma de desenvolvimento, outra maneira de distribuir a riqueza e de relacionar-se com o ambiente é não apenas possível, mas necessária. A reforma do Código Florestal atualmente em discussão no Congresso, que seus defensores apresentam como sendo no interesse do desenvolvimento nacional, na verdade interessa apenas ao agronegócio. Ela é ruim para a reforma agrária, ruim para a agricultura familiar, e ruim para o meio-ambiente. E se é ruim para o meio-ambiente, ela é péssima para toda a população brasileira, para toda a humanidade.

Defender a natureza não significa só proteger árvores e animais, mas lutar por um modelo de desenvolvimento que se paute numa relação sustentável entre a humanidade e seu meio; e esse modelo tem, necessariamente, que ser socialmente justo e distribuidor de riqueza. Ser contra a reforma do Código Florestal significa ser contra a exploração desenfreada das pessoas e do meio-ambiente; contra a concentração de renda e contra as causas do aquecimento global e da crise climática. Significa dizer que o interesse do agronegócio não se confunde com o interesse nacional, e que o desenvolvimento é muito mais que crescimento econômico: é equilíbrio ambiental, soberania alimentar e justiça social.

Mudar o Código Florestal é aumentar a catástrofe ambiental!

Contra a reforma do Código Florestal, contra a concentração de renda, contra as causas do aquecimento global.

Um outro desenvolvimento é possível.

Fórum Gaúcho em Defesa do Código Florestal


“Não aprendemos a viver das florestas”, lamenta ecologista


Francisco Milanez, da Agapan, defende a reeducação no uso das florestas.

“A aprovação das alterações do Código Florestal vai inviabilizar a pequena propriedade rural, que será descaracterizada”. O alerta foi dado pelo ecologista Francisco Milanez, da Agapan, na noite de quinta-feira (14), durante Audiência Pública sobre o Código Florestal, promovida pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Na ocasião, Milanez defendeu investimentos na utilização das florestas, garantindo assim a viabilidade da agricultura familiar. “Já estamos sem água e, quando tem, é da pior qualidade”, lamenta o ecologista, ao observar que, com a reforma do Código Florestal, as zonas consideradas mais importantes de preservação ambiental, como as nascentes, serão prejudicadas, resultando no assoreamento dos rios e causando perdas e danos às cidades.

Para Milanez, “o Código Florestal não é um problema apenas de ambientalistas e de agricultores, mas de toda a sociedade”. Ele também destaca os riscos econômicos dessa aprovação, pelos acordos e tratados internacionais assinados pelo Brasil.

Durante seu pronunciamento, Milanez questionou a posição da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS. “A Fetag caiu no colo dos grandes produtores, virou massa de manobra, e agora, ofendidos, terão que ceder à flexibilização”, analisa, e comparou que as alterações propostas ao Código Florestal se assemelham à especulação imobiliária que acontece, por exemplo, em Porto Alegre. “O especulador agrícola é aquele que vende a fazenda, com solo sem fertilidade e os rios assoreados, ou quando acabam os incentivos fiscais”, compara.

Milanez lembrou ainda a discussão sobre a reforma do Código Forestal, “que começou com SC aprovando um legislação estadual incoerente. “Lá existe a bancada mais reacionária do país, sempre incoerente por nunca respeitar nada”, critica. “Os demais estados copiaram de SC e agora estão tentando implantar essa legislação destruidora em nível federal”.

Após três horas de manifestações, questionando inclusive a ausência do secretário municipal e da secretária estadual do Meio Ambiente, Luiz Fernando Zachia e Jussara Cony, a presidenta da Câmara, vereadora Sofia Cavedon (PT), anunciou que, na próxima segunda-feira, dia 18, será votado no Plenário a moção que será entregue à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na terça-feira, dia 19, durante Conferência a ser realizada pela Assembleia Legislativa do RS, a partir das 9h30, no auditório Dante Barone. “Também vamos encaminhar essa moção à presidenta Dilma Roussef e aos deputados federais, para que dêem mais tempo ao debate com a sociedade e que, de forma imediata e urgente, retirem o prazo de averbação das APPs (Áreas de Preservação Permanente), que vence no dia 11 de junho deste ano”, anuncia Sofia Cavedon. Uma vigília é articulada pelo Fórum em Defesa do Código Florestal, que reúne diversos movimentos sociais e ambientais, para acontecer na noite de segunda-feira, dia 18, na Praça da Matriz.

Por Adriane Bertoglio Rodrigues

Foto:
Mariana Fontoura/Câmara de Porto Alegre

05 dezembro 2010

Nesta segunda acontece Seminário Frutas Nativas do RS

Em debate o uso e a conservação de espécies de plantas frutíferas, a partir de uma demanda prioritária dos agricultores e de técnicos preocupados em aperfeiçoar a legislação e de pesquisadores que vislumbram o papel estratégico deste tema

Por Redação da EcoAgência

Acontece nesta segunda-feira, dia 06 de dezembro, o Seminário Frutas Nativas do RS: coleta, beneficiamento e comercialização, na Faculdade de Economia da UFRGS. Será discutida a questão do uso e da conservação de espécies de plantas frutíferas, a partir de uma demanda prioritária dos agricultores e de técnicos preocupados em aperfeiçoar a legislação que fazem parte do DEFAP- SEMA e de pesquisadores que vislumbram o papel estratégico deste tema.

O evento é organizado por grupos de extensão de Agronomia, Biologia, mestrandos do PGDR-UFRGS, professores e técnicos de órgãos ambientais que trabalham no tema. Conforme o divulgado, a visão atual é de que o uso da biodiversidade, a partir de cuidados e técnicas de manejo sustentável é uma das estratégias de conservação - o que é fundamental para a agrobiodiversidade e um dos passos para a superação do atual modelo de monoculturas. Contudo, destaca-se o caso da palmeira-juçara (Euterpe edulis), que ganha um espaço importante nos Sistemas Agroflorestais (SAFs) na Mata Atlântica. Espaço importante que ainda não é suficientemente percebido pelos governos e a ênfase na fiscalização sobre a coleta e a comercialização dos produtos, além da ausência de um marco legal para a área, ainda são fatores desestimulantes.

“Entende-se que a dificuldade no desenvolvimento do uso das frutas nativas não provém somente de uma legislação desatualizada, mas também de um desestímulo e ausência de pesquisas locais sobre o uso de nossa flora nativa, o que inibe um conjunto de atividades ligadas ao uso dos frutos de nossas espécies. Esta situação se soma, de forma contraditória, ao fato de que muitas espécies frutíferas nativas do RS são utilizadas por outros países, há mais de um século, destacando-se a goiabeira-serrana, conhecida mundialmente por ‘Feijoa’, ou ‘pineapple-guava’ (Acca sellowiana), (Nova Zelândia) e o araçá (Psidium cattleianum) (Austrália). Mais recentemente, verifica-se que ganha espaço o uso da cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata) e dos tipos de butiá (Butia spp.), nos EUA e na Europa”, explicou o professor do Departamento de Botânica da UFRGS, Paulo Brack.

Os organizadores do evento acreditam que a implementação de programas de incentivo ao uso das espécies nativas pode ter papel estratégico nos aspectos ecológico e econômico, principalmente para agricultores familiares e populações locais.

Programação

Na manhã do dia 06, haverá uma explanação de agricultores agroecológicos, representantes da Rede Juçara e de técnicos representantes de órgãos estaduais e federais acerca dos reais entraves a partir de suas perspectivas de atuação.

À tarde está prevista uma dinâmica de trabalho com a formação de grupos entre os participantes que deverão identificar questões centradas nos temas: manejo de espécies frutíferas nativas, beneficiamento e comercialização das frutas nativas e seus subprodutos.
A partir das conclusões destes grupos de trabalho será elaborado um documento a ser encaminhado aos governos estadual e federal e órgãos competentes no sentido de ajudar a criar e/ou fortalecer políticas públicas para a área.

Mais informações: com os organizadores

Departamento de Botânica/UFRGS - EcoAgência

Agapan comunicação