06 março 2016

Agapan protocola apoio à suspensão do larvicida em água para consumo

Foto: Mariana Carlesso/SES
O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, recebeu nesta sexta-feira (04) o vice-presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Roberto Rebes Abreu, e a conselheira da entidade, Ana Maria Valls. Eles ratificaram seu apoio à decisão do Estado de suspender o uso do larvicida Pyriproxyfen em reservatórios de água para consumo humano. 

Em ofício entregue na oportunidade pelo o vice-presidente, a entidade declara “ preservar a população da exposição a venenos que podem afetar negativamente a saúde é um exemplo de decisão que merece o nosso apoio”. Ainda segundo o texto, esta é “uma corajosa atitude, alinhada ao princípio da precaução que gostaríamos de ver, também, incorporada em todas as políticas públicas no campo da saúde e da área ambiental”. A audiência contou ainda com a participação do secretário adjunto, Francisco Paz. 

A decisão do secretário de suspender o uso do larvicida no Estado ocorreu no dia 13 de fevereiro, durante o Dia D de Combate ao Mosquito Aedes aegypti. Embora sendo usado até então em pequena escala e em casos específicos no Rio Grande do Sul, a hipótese levantada pela organização médica argentina Physioians in the Crop-Sprayed Towns de que a substância poderia potencializar malformação cerebral causada pelo Zika vírus levou à decisão. Assim, a aplicação da substância utilizada para deter o desenvolvimento da larva do mosquito poderá ser efetuada apenas em locais onde a água não se destina ao consumo humano, como vasos em cemitérios e chafarizes.


AGAPAN

A Agapan, criada em Porto Alegre em 1971 tem entre seus fundadores o já falecido ambientalista José Lutzenberger. É uma das entidades pioneiras na luta em defesa do meio ambiente no Brasil e, desde a fundação, tem desenvolvido uma série de importantes ações, entre elas contra o uso indiscriminado de agrotóxicos no país.

Texto e fotos: Imprensa Secretaria Estadual da Saúde (SES)
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Um comentário:

Paulo disse...

A decisão do Estado ė lamentável porque baseada numa suspeita de um grupo de ativistas argentinos, sem base em dados experimentais nem apoio epidemiológico. Jogos o apoio da AGAPAN era esperado, pois em lutas contra OGM e AGROTOXICOS a associação nunca usou de boa ciência. A decisão do Estado não fede nem cheira porque o clima não favorece o Aedes, mas bater palmas pra ela é ruim para o resto do país