06 abril 2013

Agrotóxicos: “Vou fazer a louvação, do que deve ser louvado...”


      
Vou fazer a louvação, do que deve ser louvado...”
                                                                     por Sebastião Pinheiro/ AGAPAN

Este, também, foi um tema de consciência desperta junto com a “Banda”, “Disparada” ou “Para não dizer que não falei das flores”. Quem foi universitário convivendo com Tupamaros, Montoneros, e outros, mas considerando-se um Guarda Vermelho, a cada instante que tropeçava em um absurdo e apenas sorria. Até mesmo quando soube que em 1959 o saxofone foi proibido na Cuba Rebelde, pois haveria uma razão...

Cinqüenta anos depois, uma jovem universitária, na Boate Kiss, ao perceber o fogo que a imolou priorizou postar mensagem aos amigos do Facebook. Agora tropeço no e-mail da ASPTA solicitando apoio à proibição no Brasil dos agrotóxicos proibidos em seus países de origem. Em 1976 esta mesma bandeira foi levantada no Rio Grande do Sul, que conseguiu sua segunda grande vitória contra os agrotóxicos com um “governador de araque” (Amaral de Souza) em plena ditadura. Os clorados estavam na água de Porto Alegre e por um decreto todos foram proibidos no RS, a primeira fora a proibição dos mercuriais (e depois em todo o Brasil); Antes de dois anos veio a Lei Estadual referendada por um governador constitucional, que dezessete estados copiaram, alguns por consciência política, mas a maioria por mero oportunismo midiático.

Aquela campanha levou a que a Alemanha mudasse sua legislação federal de Agrotóxicos, em seu Apsatz 214 em 1984. A campanha de hoje sabe onde são fabricados os agrotóxicos? - Na China e no Brasil. Será que conhecem os compromissos do governo Lula com a FIESP e a criação da Câmara de Produtos Fitossanitários pelo Ministro Rodrigues?

As empresas de agrotóxicos invocam uma “audiência pública” para revogar a lei gaúcha dos Agrotóxicos 7.747/82. Há trinta anos atrás elas foram ao STF e foram derrotadas, contudo, a ordem é outra. A lei, anterior à ordem da OMC foi pioneira e inovadora ao colocar a indústria confrontada com Estado, Governo e Sociedade, destruindo a imagem e hegemonia do agrotóxico sujeito e agricultura objeto. Embora jamais tenha sido aplicada, a lei estadual, assim como a Lei Nacional 7802/89 devem ser destruídas por subversivas à ordem da liberdade de comércio (OMC) e seus litígios subordinados aos tribunais internacionais de mercado, retornando ao status anterior de agricultor, ambiente e governo objetos.
                                  
Diante da Esfinge, guardiã do saber, se decifrava ou era devorado. Em 1930, os matemáticos Max Mason e Warren Weaver foram encaminhados pela Fundação Rockefeller à Universidade de Tübingen, na Alemanha para desenvolver a Equação Matemática Total da Natureza em Inversão Econômica.

Desde então, a “cifra” passa pelo “buraco negro” da Fundação Rockefeller antes chegar ao Departamento de Estado dos EUA ou à OMC-GATT.


O primeiro enigma é: Os argumentos agressivos, rancorosos em insurgentes dos movimentos sociais são tratados com desprezo, relevados como impróprios, contudo significa apenas deficiência de saber, nunca impropriedade. Tal responsabilidade e comportamento é manipulação e indução forjada pelo poder. Mas, eis que ressurge o tema dos agrotóxicos, em nada diferente da época da ditadura, agora trazido pelos órgãos do governo, seus militantes e ONGs orquestradas para ocultar as ações do ministro de Lula que tornou o Brasil o primeiro consumidor no mundo ao não aplicar a lei 7802/89 (além das falcatruas dos transgênicos, eucalipto e reforma agrária). A Campanha Permanente contra os Agrotóxicos (sujeito), ignora que, desde Reagan (1984), há cursos de prevenção aos agrotóxicos obrigatórios para trabalhadores braçais mexicanos em idiomas nativos (nahualt, mixteco, zapoteco,maya, chontal) e espanhol na extensão das universidades yankees e o uso nos EUA desde Clinton (1994) diminui progressivamente, e por isso, hoje, eles estão no segundo lugar, e logo serão o terceiro consumidor de agrotóxicos. O mesmo ocorre na União Européia, pois todo o veneno, agora é fabricado na China/Índia e seu preço varia conforme a qualidade, com comércio garantido pela OMC, onde as grandes transnacionais tradicionais importam do pior e vendem como do melhor, aqui respaldadas no decreto presidencial de Agrotóxico Equivalente (Defensivo Genérico), e ganham mais, muito mais, pois isto aumenta as vendas de antídotos, medicamentos e serviços para o tratamento: Cada um dos mais de dois milhões de intoxicados tratados custa mais de 300 reais/dia ao SUS, um negócio redondo.

O segundo enigma é: - O tumor presidencial em (N. Kirchner, C. Fernandez, Lugo, Morales, Dilma, Ollanta, Lula e Chávez...) é cifra do metabolismo ou tablatura da autopoiese do novo Estado Mundial Totalitário?

O terceiro enigma é: Port Down (GB), Institute Pasteur (FR), Institute Tokyo (JP), Kaiser Wilhelm (Max Planck) Institute, Ivanosvsky (RU), Fort Detrick e Cold Spring Harbour (US) têm algo com a produção, uso, consumo, desconhecimento e desgoverno sobre os agrotóxicos?

O quarto enigma é: A Meca dos Agrotóxicos no Brasil não é mais Brasília, mas a FIESP, onde um staff imita a estrutura da GIFAP regida por generais estrategistas, ex-embaixadores e ambientalista de resultados.

Saibam todos que, “O povo só abdica de suas liberdades sob uma grande desilusão”; ou, “Para o triunfo do mal só é preciso que os do bem não façam nada” (Edmond Burke). Então, decifrar é preciso.

(Extrato do estudo.) 
Sebastião Pinheiro/ AGAPAN


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