29 setembro 2008

Pela Orla do Guaíba Pública! Participe!!

Participe do Abaixo-Assinado:

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/1571

Ana Luiza: "Não ao projeto Pontal do Estaleiro e a outro que venha interferir na paisagem e prejudicar o ecosistema de Porto Alegre. Devemos preservar nossos espaços públicos, a população precisa de parques e espaços públicos".

Monika: "Como cidadã natural de Porto Alegre, atingida pela III Perimetral e pela construção desordenada de prédios, sei o que significa um empreendimento destes para aqueles que moram no entorno, e não desejo este "progresso" para ninguém"!

Fernando: "A população porto-alegrense deveria ficar mais atenta como está sendo feito o planejamento e a gestão da NOSSA cidade, para evitar que os interesses de poucos sejam impostos em detrimento da qualidade ambiental e social. Procurem se informar, não deixem-se levar por argumentos que, apesar de pífios e superficiais, muitas vezes nos enganam e são atraentes para os nossos olhos. O buraco é bem mais embaixo! Se contrapor a este projeto não significa ser contra o desenvolvimento da cidade, significa ser a favor do desenvolvimento ambiental e socialmente responsável".

José Celso: "A ORLA PARA SEMPRE ! A votação das modificações do PLANO DIRETOR, o PDDUA, pela Câmara de Vereadores de POA, com o objetivo de beneficiar os compradores da área do Estaleiro Só, é um escândalo. É também a retomada de uma velha luta dos ecologistas porto-alegrenses. A AGAPAN, a 17/08/1988, ocupou a chaminé da Usina do Gasômetro visando impedir a votação que iria acontecer na Câmara dos Vereadores autorizando a privatização da Orla do Guaíba. Depois fizemos o "Abraço ao Guaíba", (06/11/88). Doze mil pessoas se deram as mãos desde a Usina do Gasômetro até as imediações do Estádio do Internacional. Nas eleições daquele ano, fizemos campanha contra os vereadores que votaram a favor da privatização: dezessete deles não se reelegeram. Vencemos. Hoje temos a Orla intacta. Queremos a ORLA PARA SEMPRE ! Via Internet fica mais fácil o exercício da cidadania. Participe e ajude a construir uma verdadeira democracia ! Junte-se a nós. Subscreva este abaixo-assinado !"

QUE LUGAR É ESTE?
Um bom lugar para se andar de bicicleta e encontrar os amigos. A cidade não pode ficar no meio do cinza do concreto, precisa respirar!

A PLACA ALERTA O DESVIO: desvie do Concreto e dos Espigões.
Participe em Defesa da Lei Orgânica de Preservação da Orla do Guaíba! Venha com sua Faixa!

Ambientalistas coletaram o lixo na Orla do Guaíba...




26 setembro 2008

Abaixo-Assinado em Defesa da Orla do Guaíba:


Para assinar clique aqui:

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/1571

A ORLA do Guaíba é um espaço que faz parte da identidade paisagística, de lazer e de cultura de Porto Alegre. Sua preservação ainda não está garantida para as futuras gerações.

NÃO ao projeto Pontal do Estaleiro!!!

O projeto prevê a construção de um complexo arquitetônico (6 prédios) de 60 mil metros quadrados na área do antigo Estaleiro Só. Cada prédio terá volume igual ao nosso Hospital das Clínicas.

1 - Questão Ambiental -Se aprovado, causará grande impacto ao ambiente natural da região: formarão uma barreira artificial impedindo a passagem dos ventos para a cidade e da luz do sol para a vizinhança, aumento da produção de esgoto cloacal que na região é ligado ao pluvial.

2 - Questão Urbanística
- problemas de trânsito pela Av. Padre Cacique, que já terá aumento de fluxo de automóveis pela inauguração do Barra Shopping Sul.

3 - Vocação da Orla
- Lazer e recreação é a vocação de qualquer orla no mundo. A construção do empreendimento inviabilizaria a implantação de um grande Parque, que é um anseio da população, independente de classe social.A Orla do Guaíba pertence a toda população da cidade.

4 - Questão Ética e Legal - O empreendedor, quando adquiriu o terreno em leilão, pagou um valor mais baixo por estar impedida por lei municipal a construção de prédios residenciais na área. Agora quer que se mude a lei para auferir maiores lucros. Caso a lei seja alterada, o município estará sendo irresponsável com as pessoas que morarão ali!

Depois de 20 anos de luta, a Orla do Guaíba, o mais nobre, valioso e cobiçado patrimônio público de Porto Alegre, continua ameaçada pelos poderes Executivo e Legislativo municipais, a serviço dos interesses dos setores imobiliário e da construção civil.

Entidades: AGAPAN, MOVIMENTO PORTO ALEGRE VIVE, ONG SOLIDARIEDADE, MOVIMENTO VIVA GASÔMETRO, MOVIMENTO RIO GUAHYBA.

Obs: A propaganda no site de abaixo-assinados é de responsabilidade do Google.


(Se você já assinou o abaixo-assinado impresso, não assine este. Cada pessoa deve assinar apenas uma vez, seja o abaixo-assinado on-line ou impresso.)

19 setembro 2008

O GOVERNO FORA DA LEI

”O problema do Brasil é que o estado está contra a nação.”
Ulisses Guimarães


Cabe a um procurador de Justiça ou a um secretário do Meio Ambiente cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor e não questioná-la, dando a entender publicamente a sua disposição a desrespeitá-la. Também caberia a um secretário do Meio Ambiente respeitar a atuação dos ecologistas, voltada para fiscalizar o cumprimento da Lei e da missão institucional do órgão que preside e que existe graças às reivindicações dos próprios ecologistas. Entretanto, sintomaticamente, a mais alta autoridade ambiental do Rio Grande do Sul, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, procurador de Justiça cedido pelo Ministério Público Estadual para ocupar o cargo de secretário do Meio Ambiente, na entrevista coletiva dada na reunião-almoço da Federasul (06/08/08) declarou ser contra o Princípio da Precaução e fez críticas improcedentes e desrespeitosas aos ecologistas.

Estas manifestações são sintomas da crise, impasse e retrocesso institucional e legal das conquistas realizadas pelo movimento ecológico em quase quatro décadas de ativismo democrático. O pivô dessa crise foram às pressões bilionárias do florestamento do Pampa gaúcho sobre o Governo do Estado e sobre a Fundação Estadual de Proteção Ambiental, a Fepam, órgão ambiental do Estado. A crise se instaurou com a recusa dos empreendedores em aceitar o ZAS, o Zoneamento Agro-florestal da Silvicultura, normatização técnico-científica feita pela Fepam, que disciplinaria o florestamento na Metade Sul do Estado. Os empreendedores consideraram que o ZAS prejudicaria os investimentos já realizados, pressionaram o governo e este cedeu. Presentemente a Fepam está sob um clima de intervenção governamental, pressionando a sua autonomia institucional. As críticas do senhor Carlos Otaviano revelam a irritação governamental diante da intransigência dos ecologistas que participam do Conselho Estadual de Meio Ambiente. Estes não admitem o retrocesso político que consiste na perda das prerrogativas institucionais e legais, representadas pela autonomia técnica e administrativa da Fepam, órgão ambiental que existe como uma conquista democrática do movimento ecológico. Este é o contexto político real das declarações absurdas do atual secretário do Meio Ambiente contra os ecologistas e contra o Princípio da Precaução.

O Princípio da Precaução é um dos fundamentos basilares do Direito Ambiental. Conseqüentemente, um procurador de Justiça e secretário do Meio Ambiente afirmar publicamente ser contra este princípio é, no mínimo, um escândalo ético e jurídico. O jurista Paulo Affonso Leme Machado, sumidade mundial em Direito Ambiental, há alguns anos afirmou em Porto Alegre que “O Estado brasileiro é réu em 97% dos processos tramitando na Justiça na área ambiental.” Não cabe a um governante discordar da legislação, mas cumpri-la. Portanto, as afirmações do titular da pasta ambiental do Rio Grande do Sul, discordando do Princípio da Precaução e criticando a defesa da autonomia da Fepam, feita pelos ecologistas, endossam como normalidade a patologia política de governos habituados a desrespeitar a Lei e a colocar o Estado no papel de delinqüente.

Mas, além de recusar o Princípio de Precaução, as críticas que ele dirigiu aos ecologistas foram de (1) fazerem política partidária com a questão ambiental; (2) estarem infiltrados na mídia e (3) em conselhos; de professarem (4) “um eco-idealismo preconceituoso e tendencioso”...) que (5) “acaba contribuindo negativamente para o meio ambiente.” (Ecoagência, 07/08/08). Ou seja, só faltou afirmar que os problemas ecológicos foram criados pelos ecologistas. A inconsistência, o primarismo, o desrespeito e a total falta de sentido destas críticas não mereceriam resposta. Entretanto, vindas de um secretário do Meio Ambiente, na atual conjuntura, elas evidenciam uma visão da atuação dos ecologistas sob um prisma conspiratório e uma atitude autoritária, incapaz de lidar democraticamente com o contraditório no contexto do Conselho Estadual do Meio Ambiente.

Eis a refutação das críticas que revela a sua total inconsistência: (1) Política partidária: há décadas o movimento ecológico gaúcho assumiu como diretriz política que a problemática ecológica é de natureza suprapartidária, não comportando a sua monopolização por nenhum partido político. (2) Infiltração na mídia: a mídia, em geral comprometida com os interesses do poder econômico e político, raramente expressa com fidelidade as posições dos ecologistas nos debates públicos. (3) Infiltração nos conselhos: a participação dos ecologistas nos Conselhos Estadual e Nacional do Meio Ambiente, na CTNbio e em outros órgãos deliberativos e consultivos tem sido sempre minoritária e frustrante. Nestes órgãos colegiados somos sistematicamente boicotados na nossa participação e derrotados nas votações. As alianças dos interesses imediatistas dos setores governamentais e empresariais, representados sempre em composições majoritárias, fazem com que, na prática, os encaminhamentos e decisões não sejam a favor do meio ambiente e das gerações futuras. Conseqüentemente, estes órgãos primam por funcionar de maneira precária, perversa e antidemocrática, na contramão das finalidades institucionais para as quais eles, supostamente, foram criados. Por esta razão, atualmente muitos ecologistas estão se opondo à participação de entidades ambientalistas no Conselho Estadual do Meio Ambiente e órgãos similares, pois esta participação legitima e ajuda a manter as aparências do simulacro de democracia que estamos vivendo e que ali se pratica.


Mas o secretário do Meio Ambiente ainda acusou os ecologistas de (4) “eco-idealismo preconceituoso e tendencioso”. Ora, ao contrário, somos nós, os ecologistas, que há quase 40 anos nos defrontamos com os preconceitos ideológicos ultrapassados e o imediatismo limitadores dos horizontes, das responsabilidades e da criatividade das nossas lideranças políticas e empresariais. Desde 1971 apresentamos a essas lideranças as provas científicas da inviabilidade ecológica da economia industrial contemporânea. Até os dias de hoje estas provas não apenas não foram refutadas, como foram confirmadas por novas evidências científicas.Tentamos mostrar que a questão ecológica é um paradigma civilizacional que não está nem à direita e nem à
esquerda, mas é um novo horizonte à nossa frente. Procuramos chamar a atenção para as vantagens estratégicas de não sermos hoje um país desenvolvido, pois ainda temos a oportunidade de não embarcar na canoa furada de um modelo de desenvolvimento insustentável, falido, ecocida e suicida. Apregoamos a possibilidade de atalharmos o caminho para uma civilização sustentável, com uma qualidade de vida melhor do que a existente nos países ditos desenvolvidos de hoje em dia. Tentamos seduzir o empresariado para o desafio, a criatividade e a iniciativa, indispensáveis à aventura coletiva e pioneira de desbravar os caminhos da sustentabilidade.

A maior receptividade ao nosso “idealismo preconceituoso e tendencioso” deu-se no setor da produção primária. Os movimentos da agricultura orgânica e da agroecologia hoje congregam milhares de agricultores no Rio Grande do Sul e em outras partes do Brasil; as feiras ecológicas são uma realidade na capital, em numerosos lugares do Interior e fora do Estado; a campanha por alimentos sem venenos criou um novo mercado local, regional e nacional para produtos ecológicos; atualmente o Brasil é campeão mundial em reciclagem de latas de refrigerantes, ocupando uma posição de destaque na reciclagem de plásticos e de outros materiais, bem como na indústria da reciclagem, etc.

No entanto nosso “idealismo preconceituoso e tendencioso” não conseguiu remover os preconceitos e o imediatismo do setor empresarial-industrial. As iniciativas de mudanças de processos industriais e de produtos visando à minimização dos impactos ambientais da produção e do consumo, a otimização do uso das matérias-primas, a diminuição do lixo industrial e das embalagens, a economia de energia, o tratamento e a redução das emissões de resíduos poluentes, etc., ficaram muito aquém dos paliativos mínimos necessários e desejáveis, até para uma economia convencional como a nossa. Existem exceções, é claro, mas que apenas confirmam a regra.

Nosso setor industrial, em vez de tomar a iniciativa e agir de maneira proativa, apenas reagiu defensivamente diante das novas exigências da legislação, normatização e disciplinamento dos diversos ramos industriais, feitas pelos órgãos ambientais do Estado e da União. A situação crítica do Rio Gravataí, por exemplo, e a mortandade de peixes, ali ocorrida em 2007, são resultados de décadas de resistência do nosso empresariado em assumir sua responsabilidade ambiental. E, por outro lado, da complacência dos sucessivos governos com as indústrias poluidoras e a sua inação em busca de tratamento de esgotos domésticos.

Atualmente, nenhuma pessoa educada e bem informada coloca em dúvida a inviabilidade ecológica do modelo de desenvolvimento que preside o
atual processo civilizatório. Mesmo que as soluções ainda não sejam de amplo domínio público, o fato é que hoje existe em todo o mundo uma abundante disponibilidade de conhecimento e informação sobre alternativas científicas, tecnológicas e institucionais para a sustentabilidade. É fundamental compreender que a sustentabilidade ecológica, condição de sobrevivência e de evolução da civilização, é uma problemática complexa, cujo encaminhamento está a exigir uma resposta coletiva comparável a um esforço de guerra.

O desafio que temos pela frente exige uma mobilização de criatividade, coragem, iniciativa e cooperação sem precedentes. No entanto, os últimos quase 40 anos de imediatismo da nossa cultura empresarial-governamental revelam um imobilismo, uma inércia, uma falta de coragem e de iniciativa que evidenciam uma espantosa irresponsabilidade e incapacidade de encarar a realidade.

Nós, ecologistas, tivemos um relativo sucesso em ecologizar a cultura, a legislação e o Estado. Mas fracassamos quase que completamente na nossa tentativa de ecologizar nossas lideranças políticas e empresariais. Como resultado deste fracasso, estamos diante de um impasse: temos uma legislação ambiental avançada, mas em franco retrocesso, sendo “flexibilizada” e negociada no seu cumprimento; temos um Estado aparentemente moderno, equipado com órgãos públicos para atender a demanda ambiental, mas administrado por políticos a serviço de minorias corruptas, autoritárias, antidemocráticas, parasitárias e retrógradas, ou da avidez das grandes empresas transnacionais.

Não conseguimos ser ouvidos, não conseguimos despertar nossas elites para a compreensão de que a sustentabilidade não é um retrocesso, mas o desafio de um avanço na direção de um novo projeto de civilização. Fracassamos em convencer nossas lideranças que a sustentabilidade é a primeira oportunidade histórica real que temos para ocupar um lugar ao sol entre as nações. Depois de quase 40a anos de pregação, esse fracasso nos faz pensar na atualidade do diagnóstico de Assis Brasil fez, há quase 100 anos, sobre a nossa realidade cultural e política: “um deserto de homens e idéias”.

(5) Finalmente, a declaração oficial de que os ecologistas estão “contribuindo negativamente para o meio ambiente”. Trata-se de uma avaliação que expressa a visão de um mundo virado de cabeça para baixo, a expressão quase demencial do abismo que hoje separa o Estado e os governos dos interesses maiores da sociedade. Mas a declaração do secretário do Meio Ambiente não é um fato isolado. Ele é um porta-voz da nossa cultura política do “Estado contra a nação.” Representa os interesses de um segmento social que perdeu completamente o sentido da realidade por nunca ter entendido a questão ecológica. É um absurdo afirmar que os ecologistas estão “contribuindo negativamente para o meio ambiente” quando tudo o que existe na área ambiental, a consciência ecológica, as leis, os órgãos ambientais, absolutamente tudo, inclusive a própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o próprio cargo que o secretário ocupa, tudo isso existe devido às reivindicações dos ecologistas, que podem ser comprovadas historicamente.

Em 1971, a AGAPAN, através da liderança de José Lutzenberger, iniciou sua atuação pioneira questionando o modelo de desenvolvimento da civilização industrial e cobrando dos governos a criação de órgãos públicos e de uma legislação ambiental. Fomos vitoriosos. A ressonância da questão ecológica entre nós levou a um questionamento coletivo sem precedentes, que ocorreu paralelo ao processo de “redemocratização” do Brasil.

No plano institucional tivemos a inclusão da questão ambiental nas Constituições Federal, Estaduais e nas Leis Orgânicas Municipais; criou-se um novo ramo do Direito, o Direito Ambiental; nas universidades a ecologia levou à criação de novas especializações científicas e tecnológicas em praticamente todos os campos do conhecimento. A ecologia entrou na educação e na pedagogia; passou a inspirar poetas, escritores, intelectuais e artistas; abriu-se um novo campo de trabalho para profissionais nos órgãos públicos ambientais recém criados e na iniciativa privada, etc.

Esta mudança de paradigma cultural-institucional aconteceu graças à ressonância da atuação dos ecologistas na sociedade gaúcha e brasileira. Nós, respondendo pelos interesses maiores da sociedade civil, fomos vitoriosos. A concessão do Prêmio Nobel Alternativo, dada a José Lutzenberger em 1986, representou o reconhecimento mundial do seu trabalho pioneiro entre nós, no Brasil e no mundo. A realização da Conferência Mundial Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a ECO-92, organizada pela ONU no Rio de Janeiro, também foi um acontecimento preparado pelo movimento ecológico gaúcho, brasileiro e internacional. A concepção de modernidade política, instaurada por três décadas de atuação pioneira do movimento ecológico gaúcho, contribuiu significativamente para a realização do Fórum Social Mundial por quatro vezes consecutivas em Porto Alegre, trazendo em cada vez cerca de 100 mil pessoas e tornando nossa capital, pela primeira vez, conhecida no mundo inteiro.

O fato é que conseguimos formar um consenso cultural em torno do novo paradigma civilizatório e a sua incorporação institucional e legal ao funcionamento do Estado e da sociedade brasileira. Este feito colocou a coletividade gaúcha no centro das atenções de todo o mundo, tornando realidade o verso do Hino Riograndense que diz: “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a Terra”.


Tanto durante a ditadura como após o seu término, época em que a sociedade brasileira conseguiu montar o embrião institucional e legal para dar início ao
novo paradigma da sustentabilidade, o movimento ecológico sempre considerou que o caminho para a ecologização da economia passa obrigatoriamente pela democracia e pela democratização da cultura e das instituições sociais.

Não pode existir democracia sem a autonomia dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com suas prerrogativas de mútua fiscalização e controle. E sem uma sociedade civil também autônoma e participativa, fiscalizando atentamente os governos e as políticas públicas. É sintomático que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul tenha atualmente um procurador de Justiça do Ministério Público Estadual ocupando o cargo de secretário Estadual do Meio Ambiente. A decisão governamental de escolher um secretário proveniente do Ministério Público Estadual vai contra o princípio democrático da autonomia dos três poderes.

Nós, ecologistas, acreditamos que a democracia é o único regime político capaz de promover a criatividade e a racionalidade social indispensáveis a um novo projeto de civilização voltado para a sustentabilidade. A democracia hoje é um imperativo de sobrevivência. Não temos opção: ou a democracia e a viabilização da nossa espécie neste Planeta ou a irreversibilidade da crise ecológica que prepara o colapso da civilização.

Consideramos que cumprimos a nossa missão histórica, ao colocar e institucionalizar parcialmente a questão ecológica. O atual impasse e o retrocesso das conquistas institucionais e legais na questão ambiental devem ser atribuídos, não aos ecologistas, mas ao fracasso da sociedade gaúcha, brasileira e internacional em se constituir como uma verdadeira democracia.

Consideramos que a democratização da sociedade e da nossa cultura política, a superação desta nossa democracia de fachada, é o único meio que temos para conservar e ampliar o legado do movimento ecológico. Agora cabe à coletividade gaúcha e brasileira fazer a sua parte: encaminhar, manter e ampliar estas conquistas através da consolidação de uma cultura verdadeiramente democrática que ainda não temos.

A principal convicção que adquirimos com a nossa experiência histórica é que sem democracia não há sustentabilidade e possibilidade de sobrevivência. A democracia é uma missão para todas as pessoas, e não apenas dos ecologistas. Somos democratas e não podemos aceitar a política do “Estado contra a nação”. Não podemos aceitar como normalidade democrática um Estado-delinqüente e apátrida, dirigido por governantes a serviço do atraso e do obscurantismo de minorias parasitárias e predatórias, nacionais e internacionais, dissociadas dos verdadeiros interesses da nação.

Portanto, o que nós, ecologistas gaúchos, estamos denunciando e exigindo dos poderes constituídos não é nenhum favor, nenhum privilégio, nenhum “eco-idealismo preconceituoso e tendencioso”: para começar, estamos exigindo apenas que o Estado cumpra o seu papel na consolidação da democracia: cumpra a Lei e as finalidades institucionais dos órgãos públicos que nós, democraticamente, junto com a sociedade civil, ajudamos a criar em quase quatro décadas de sacrifícios e lutas.

Porto Alegre, setembro de 2008.

Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural - AGAPAN

15 setembro 2008

17/09: Manisfestação Silenciosa:: Participe vá de preto!

Na próxima quarta-feira (17/09) as entidades ecologistas e movimentos reprentativos dos bairros de Porto Alegre irão realizar manifestação silenciosa na Câmara de Vereadores contra o projeto Pontal do Estaleiro.

Participe!

Dia 17 de setembro, 14h nas galerias do plenário da Câmara Municipal.
Vá de preto!

Para saber mais sobre o Projeto Pontal do Estaleiro envie seu e-mail para as entidades: forumpoa@gmail.com


Agapan Comunica: e-mail:agapan.comunica@gmail.com

Não ao Pontal do Estaleiro - entidades

Não ao Pontal do Estaleiro

12 setembro 2008

Hoje 12/09 na Câmara Municipal: IAB-RS questiona candidatos à Prefeitura de Porto Alegre

O IAB do Rio Grande do Sul, preocupado em colaborar com o processo eleitoral, está promovendo um encontro com os candidatos à prefeitura da Capital, que será acompanhado por encontros semelhantes promovidos pelos núcleos da entidade no interior, com objetivo de discutir especificamente os temas relativos à arquitetura e urbanismo que compõem a visão de cada candidato.


O evento será realizado no Plenário Ana Terra da Câmara Municipal de Porto Alegre às 19 Horas de sexta feira, dia 12 de setembro.


Serão realizadas quatro temas com perguntas específicas aos candidatos, em ordem sorteada no momento, dando prazo de dez minutos para as respostas.

Os temas são:

1. Modelo de Desenvolvimento da Cidade:
O desenvolvimento da cidade deve ser obtido a qualquer custo, em detrimento do ambiente e qualidade de vida? Como a cidade deve se adaptar à futura crise ambiental e de energia que assola a civilização industrial no século XXI? Que modelo de cidade e que medidas propõe para preparar Porto Alegre para o futuro?

2. Planejamento da Cidade: Como será orientado e organizado o Planejamento da cidade de Porto Alegre? A que interesses deverá prioritariamente atender? Como democratizar o Sistema de Gestão do Planejamento?

3. Organização técnica do Município: Como se poderá realizar uma análise mais rápida e precisa de projetos de arquitetura que tramitam nos órgãos de aprovação do Município? Quais seus planos para a organização dos órgãos de licenciamento do Município para incrementar sua eficiência sem abrir mão da eficiência e do zelo na proteção do meio-ambiente e do interesse do cidadão? É necessário um ?Instituto de
Planejamento? Como vê essa proposta?


4. Qualidade da Arquitetura e Urbanismo em Porto Alegre
Como o candidato propõe sejam realizados os projetos de urbanismo e arquitetura promovidos pelo Município? Irá valorizar o instrumento do Concurso Público? Como poderá estender ao maior numero de pessoas o direito à arquitetura de boa qualidade?



Carlos Alberto Sant'Ana
Arquiteto e Urbanista
Presidente do IAB do Rio Grande do Sul

08 setembro 2008

Nota de Repúdio de Ongs e Movimentos Sociais contra a Tentativa de Nuclearização da América do Sul

Desprezando a opinião pública de seus países, majoritariamente contrária à construção de usinas nucleares, Lula e Cristina Kirchner anunciam aventura conjunta no setor

Recife/São Paulo/Buenos Aires, 06 de Setembro de 2008


Os governos argentino e brasileiro anunciam hoje a criação de uma empresa binacional voltada para o enriquecimento de urânio, produção de radioisótopos e desenvolvimento de reatores nucleares.

A iniciativa faz parte de um “Pacote Nuclear” conjunto muito maior, envolvendo outros 61 projetos no setor, todos elaborados e decididos em segredo, sem nenhuma consulta às populações, às comunidades científicas ou sequer aos parlamentos dos 2 países, como nos mais sombrios tempos das ditaduras que assolaram Argentina e Brasil anos atrás.

Pior, todo o Pacote Nuclear argentino-brasileiro é baseado em planos megalomaníacos de instalação de 12 a 15 centrais nucleares de enrgia na América do Sul até 2030, espalhando a aventura nuclear a países como o Chile, Uruguai, Peru e Venezuela. Nesse sentido, Bolívia e Equador também poderiam vir a integrar o ról de países envolvidos na proliferação nuclear na América Latina.

Lamentavelmente, a Argentina, já em complicada situação econômica, decide “apostar” em uma forma de energia ultrapassada e custosa, retomando as obras de Atucha II (paralisadas por anos) e anunciando a construção de outras 2 usinas e impulsionando também perigosíssimos empreendimentos de mineração de uranio.

O Brasil que, por outro lado, vive um momento de relativa estabilidade econômica, opta por ressucitar uma indústria nuclear que já foi responsável por um terço da sua dívida externa na década de 80, tendo custado até hoje aos cofres públicos cerca de 40 bilhões de dólares, segundo estimativas oficiais. Cedendo aos delírios de funcionários das estatais do setor nuclear, alguns militares e uma ultrapassada minoria que vê a bomba nuclear como algo essencial ao País, além dos interesses comerciais e militares no ciclo do combustível nuclear, Lula anuncia a construção de Angra III (a um custo de mais 4,5 bilhões de dólares, além do que já foi gasto com ela) e de outras 6 usinas até 2030, criando um novo rombo financeiro e – inevitavelmente – encarecendo o preço da eletricidade para o consumidor. E o Presidente do Brasil é ainda mais ambicioso: apesar de até hoje não ter sido resolvido o problema dos depósitos definitivos para o lixo atômico das usinas de Angra I e II, lançou desafio para que o setor resolvesse em 60 dias o que não consegiu em mais de 50 anos da industria nuclear mundial.

A atitude dos governos brasileiro e argentino só pode ser caracterizada como total desprezo pela opinião do cidadão comum da região. É ele quem, em última instância, deverá pagar a enorme conta dessa “farra nuclear”. Mais triste do que isso, é o cidadão comum que estará mais exposto aos riscos que as usinas e os depósitos de resíduos nucleares trazem consigo.

Em um mundo em rápida transformação diante das mudanças climáticas, onde governos, cientistas, empresários e simples cidadãos buscam um novo modelo de desenvolvimento, baseado em premissas como o uso de fontes de energia renováveis e limpas, a transparência e participação das populações na tomada de decisões que afetem suas vidas e a busca da segurança e paz entre as nações, Brasil e Argentina parecem não perceber a oportunidade de liderança que poderiam exercer, sujando suas matrizes energéticas, impondo “pacotes nucleares” às suas populações e fomentando um ambiente de insegurança na região.

Contatos de imprensa:
No Brasil:
Sergio Dialetachi 00 55 11 84988028
Rafael Ribeiro 00 24 99436433 / 33670862
Na Argentina:
Pablo Bertinat:00 54 9 341 5429278 (internacional) / 0341 155 429278 (desde Argentina)
Roque Pedace 00 5411 46290386

Assinam a carta

Brasil
AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural
Núcleo Amigos da Terra/Brasil
SAPÊ – Sociedade Angraense de Proteção Ecológica
ATLAS – Terra de Laranjeiras
4 Cantos do Mundo
APROMAC - Associação de Proteção ao Meio Ambiente / PR
INESC - Instituto de Estudos Socioeconômicos
Ecoa
Rede Alerta Contra o Deserto Verde RJ
Mongue Proteção ao Sistema Costeiro, Peruíbe/SP
CEACON
CDPEMA - Comissão de Defesa da Espécie e do Meio Ambiente, Guarulhos/SP
FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE)
ISABI - Instituto Socioambiental da Baia da Ilha Grande
APASC - Associação Para Proteção Ambiental De São Carlos
CORES - Comissão Revitalização de Sepetiba
RBJA – Rede Brasileira de Justiça Ambiental
ABREA-Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto
CEA- Centro de estudos Ambientais
Instituto Biofilia
InGá – Instituto Gaúcho de Estudos Amnbientais
Associação das Vítimas do Césio 137 (AVCésio)
FURPA - Fundação Rio Parnaíba
AIPA - Associação Ituana de Proteção Ambiental
ONG Preservação de Limeira
IMV - Instituto Madeira
Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia
Greenpeace Brasil
Argentina
Amigos de la Tierra Argentina
Taller Ecologista
Programa Argentina Sustentable
Bios Argentina
Greenpeace Argentina
Live Gaia
Oikos, Mendoza
Asociación Ecologista Piuke, Bariloche
Asociación contra la contaminación ambiental de Esteban Echeverría

Uruguai
Red Uruguaya de ONGs Ambientalistas
REDES-Amigos de la Tierra Uruguay
Comisión en Defensa del Agua y la Vida
CLAES
CEUTA

Chile:
Instituto de Ecología Política
Chile Sustentable

Paraguay:Sobrevivencia - Amigos de la Tierra Paraguay

Outros
ILSA, Colômbia
COECO – Amigos de la Tierra Costa Rica
Amigos de la Tierra America Latina e Cariba – ATALC
Cono Sur Sunstentable
International Rivers
Rede Virtual - Cidadã pelo Banimento do Amianto na América Latina

04 setembro 2008

Pioneiros contam a história do movimento ambientalista gaúcho na PUC

A programação da 1ª. Jornada de História e Meio Ambiente e 1ª. Mostra de Documentários Ambientais, que teve início segunda-feira na PUC, em Porto Alegre, prossegue hoje com relatos da história do movimento ambientalista gaúcho.

Às 18 horas, no auditório do Prédio 40 da universidade, será apresentado o documentário “Lutzenberger: For Ever Gaia" (Frank Coe, Brasil, 1993), com Christian Lavich Goldschmidt - Coordenador Cultural da Fundação Gaia - Legado Lutzenberger.

As atividades do dia completam-se com a Mesa Redonda “A História do Movimento Ambientalista Gaúcho Contada pelos Pioneiros”, das 19 horas às 20h 30min.
Com a mediação de José Hoffmann, do Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente, os pioneiros ambientalistas Flávio Lewgoy e Augusto Carneiro contarão um pouco da sua própria história, das suas lutas e de quem vem lutando a seu lado estes anos todos.
Ambos são fundadores da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), na década de 1970, quando se mobilizaram sob a liderança de José Lutzenberger, inicialmente na luta contra os agrotóxicos.

Veja o restante da programação, aberta a todo o público interessado:

Sexta Feira (Dia 05)
Local: Auditório do Prédio 40 - PUCRS

18:00 – 19:10
Documentário comentado: “Celulose no Pampa” com o Prof. Althen Teixeira Filho - UFPel

19:10 – 20:40
Mesa Redonda: 'A Cultura Gaúcha Ameaçada: a transformação da paisagem em que o gaúcho foi construído'
Convidados:
Prof. Dr. Luciano Aronne de Abreu – coordenador do curso de História da PUCRS
Camila Moreno – Doutoranda pela UFRJ com tese intitulada “Paisagem e política: pampa e território na construção da identidade gaúcha”.
Profa. Me. Tânia Rodrigues Ferrer – Curso de Geografia PUCRS

20:30 – Encerramento

Sábado (Dia 06):
Saída de campo pela manhã.
Por Ulisses A. Nenê, da EcoAgência. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.

Câmara de Porto Alegre deve votar Projeto Pontal do Estaleiro no próximo dia 10

Contrariando informações de que o projeto Pontal do Estaleiro seria votado hoje (03/09), o diretor-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, Carlos Norberto Fraga, garante que o projeto deverá ser votado pelo Plenário da Casa na próxima quarta-feira (10/09). O projeto tramita no Legislativo em regime de urgência.O polêmico projeto de lei que trata do Pontal do Estaleiro é assinado por 17 vereadores e propõe a mudança no Plano Diretor para a região, permitindo a construção de prédios residenciais em alturas superiores às previstas atualmente.

Representantes do movimento ambientalista pretendem aproveitar esta a semana de prazo para pressionar pela não aprovação do projeto, "confrontando a pressão que a indústria da construção civil está fazendo sobre os vereadores", observa Edi Fonseca, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan).
Há poucos dias, a Agapan lançou uma campanha pela preservação da Orla, com um abaixo-assinado eletrônico, que pode ser conferido no endereço www.agapan.org.br.

Texto da Assessoria de Imprensa da Câmara destaca que a bancada do PT e o vereador Beto Moesch (PPS) são contrários à proposta e tentam evitar essa votação de todas as formas, recorrendo a todos os recursos protelatórios que dispõem. "Sem pressão, o projeto vai passar", diz Edi Fonseca.

Por Adriane Bertoglio Rodrigues, para a EcoAgência. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.

03 setembro 2008

Atenção: A votação foi adiada!

Recebemos uma comunicação de que a votação foi adiada.

Continuamos na luta!


Agapan
A Vida em Primeiro Lugar!

HOJE: Quarta-feira, dia 03/09, à partir das 14 horas - Plenário da Câmara Municipal de POA

Hoje acontecerá na Câmara de Vereadores a votação do Polêmico Projeto Pontal do Estaleiro.

POR FAVOR, COMPAREÇAM!!

Edi Fonseca
AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural
correio: agapan@agapan.org.br

Mais uma vez a história convoca a cidadania para a luta. Nunca tão poucos significaram tanto, em nossa cidade.
Quarta-feira, dia 03/09, à partir das 14 horas - Plenário da Câmara Municipal


Infelizmente aconteceu o pior.
O acordo de nada votar nas segudas-feiras foi desfeito e o pedido de diligência sobre o Projeto, baseado nos questionamentos das entidades na Audiência Pública, foi rejeitado por 19 votos a 10.
Se a diligência fosse aprovada, isto forçaria o Executivo a posicionar-se, com fundamentação técnica, sobre o Projeto de Lei.
Como o Executivo não tomou a iniciativa de encaminhar o projeto de lei à Câmara, é de supor que hajam discordâncias, o que leva a crer que sua posição não seria favorável. A declaração de voto do Prof. Garcia, afirmando que a defesa do Projeto não era posição do Governo atesta este entendimento.
Assisti toda a discussão de plenário sobre o pedido de diligência. Foi ridículo.
As razões mais esdruxulas da "técnica legislativa" foram levantadas para derrotar o mérito da proposição.
Foi uma das maiores aulas de política que já tive. Controlamos todos os movimentos do lobbysta do SINDUSCON, que conseguiu manter os vereadores no plenário, até passando às 18 horas.

Agora depende do debate em plenário e da votação do mérito do projeto, que deverá ser realizada na quarta-feira, dia 03/09, à partir das 14 horas.
Só uma grande mobilização popular poderá derrotar o projeto ainda na Câmara.
Depois será muito mais trabalhoso.
A presença de organizações da sociedade civil, com faixas e cartazes (sem apoio de madeira, metal, ou PVC rígido) e a sensação de vigilância da cidadania é que poderá constrangê-los.
à luta Comp@nheiros!



Cesar
POA Vive
Amigos da Gonçalo de Carvalho
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2008/09/urgente.html

Comunicação Agapan

02 setembro 2008

1° JORNADA DE HISTÓRIA E MEIO AMBIENTE E 1° MOSTRA DE DOCUMENTÁRIOS AMBIENTAIS

1 a 6 de Setembro de 2008
PUCRS

Programação:

Segunda Feira (Dia 01)


Local: Auditório do Prédio 5 – FFCH – PUCRS

18:30 - Abertura da Jornada
18:40 – 19:40
Documentário comentado: "Cruzando o Deserto Verde" (Ricardo de Sá, Brasil, 50 min) com Felipe Amaral (Instituto Biofilia)

19:50 – 20:40
Palestra: "A Biodiversidade do Pampa"
Convidado: Prof. Dr. Paulo Brack, Professor do curso de Biologia - UFRGS

Quarta Feira (Dia 03)

Local: Auditório do Prédio 40 – PUCRS

18:00 - 18:20
Documentário: “A História das Coisas” (The Story of Stuff, Annie Leonard, EUA, 20 min).

18:20 - 20:20
Mesa redonda: “Visões sobre a Expansão do Monocultivo de Árvores Exóticas no Rio Grande do Sul”
Convidados:
Prof. Dr. Ludwig Buckup – Instituto de Biociências - Dep. de Zoologia – UFRGS
João Borges – Engº Florestal e Diretor Florestal para América Latina da Stora Enso

Quinta Feira (Dia 04)

Local: Auditório do Prédio 40 - PUCRS

18:00 - 19:00
Documentário comentado: "Lutzenberger: For Ever Gaia" (Frank Coe, Brasil, 1993) com Christian Lavich Goldschmidt - Coordenador Cultural / Fundação Gaia - Legado Lutzenberger.

19:00 - 20:30
Mesa Redonda: “A História do Movimento Ambientalista Gaúcho Contada pelos Pioneiros”
Convidados:
Mediador: José Hoffmann – Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente
Flávio Lewgoy – Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural)
Augusto Carneiro – Pioneiro da luta ecológica no estado. Fundador da Agapan na década de 1970.

Sexta Feira (Dia 05)
Local: Auditório do Prédio 40 - PUCRS


18:00 – 19:10
Documentário comentado: “Celulose no Pampa” (Grupo Mamangava, Brasil, 2006,
Vídeo digital/ 51 min) com o Prof. Althen Teixira Filho - UFPel

19:10 – 20:40
Mesa Redonda: "A Cultura Gaúcha Ameaçada: a transformação da paisagem em que o gaúcho foi construído"
Convidados:
Prof. Dr. Luciano Aronne de Abreu – coordenador do curso de História da PUCRS
Camila Moreno – Doutoranda pela UFRJ com tese intitulada “Paisagem e política: pampa e território na construção da identidade gaúcha”.
Profa. Me. Tânia Rodrigues Ferrer – Curso de Geografia PUCRS

20:30 – Encerramento

Sábado (Dia 06):
Saída de campo pela manhã.


Realização:
PUCRS
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CASTA
MoGDMA (MOVIMENTO GAUCHO EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE )


Apoio:
PRO MATA
FAUPUCRS
LABORATORIO DE TRATAMENTO DE IMAGENS E GEOPROCESSAMENTO
INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE
BIOLOGIA PUCRS
INSTITUTO DE BIOFILIA
UVAIA
DAB - DIRETÓRIO ACADEMICO BIOLOGIA



INSCRIÇÕES:
no local
INGRESSOS: 1kg de alimento não perecível

● VÁLIDO COMO ATIVIDADE COMPLEMENTAR
INSCRIÇÕES: no local
INGRESSOS: 1kg de alimento não perecível

Contatos: Cássio Rabuske: 9338-7592 e Anaclara Pérez: 9206-3393

01 setembro 2008

Monocultivo de árvores exóticas é tema de Jornada e Mostra de documentários

A partir da próxima segunda-feira, 1º de setembro, até sábado, dia 6, ocorre na PUCRS a "1ª Jornada de História e Meio Ambiente" e a "1ª Mostra de Documentários Ambientais". Os eventos trabalharão visões sobre a expansão do monocultivo de árvores exóticas no Estado, desde a história do movimento ambientalista gaúcho até a transformação da paisagem atual no Rio Grande do Sul. Serão apresentados, ainda, os documentários "Cruzando o Deserto Verde", (Ricardo de Sá, Brasil, 50 min); "A História das Coisas" (The Story of Stuff, Annie Leonard, EUA, 20 min); "Lutzenberger: For Ever Gaia" (Frank Coe, Brasil, 1993) e "Celulose no Pampa" (Grupo Mamangava, Brasil, 2006, vídeo digital/51 min).

O evento tem entrada franca, mediante doação de um quilo de alimento não perecível. As inscrições podem ser feitas no local, no auditório do prédio 40 do Campus Central da PUCRS (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). A promoção é da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade (FFCH), Centro Acadêmico da Faculdade (Casta) e Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente. A abertura, na segunda-feira, 1º de setembro, será no auditório do prédio 5, às 18h30min.

Participam dos debates ambientalistas como Flávio Lewgoy, da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan); Christian Lavich Goldschmidt, coordenador cultural da Fundação Gaia - Legado Lutzenberger; José Hoffmann, do Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente; Augusto Carneiro, pioneiro da luta ecológica no Estado e fundador da Agapan na década de 1970, entre outros.