A resposta para esta questão é bastante elementar, principalmente se a pergunta estiver relacionada à importância que cada uma das opções tem para a vida. “A vida sempre em primeiro lugar” é o lema da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). Ele agrega, de forma concisa, o sentimento dos integrantes da entidade ambientalista que há 44 anos luta para defender a preservação do ambiente natural, da qualidade de vida, do ar puro, das águas limpas, das possibilidades de continuidade da vida no planeta.
Água é vida. Portanto, preservar a água é possibilitar a vida. A nossa dependência em relação à água é vital. Não há alternativas consideráveis para substituí-la atualmente.
A área da construção civil de Porto Alegre reclama da falta de areia. É um sério problema que precisa ser solucionado. O nó da questão é que a extração de areia impacta os nossos recursos hídricos, que abastecem a população de Porto Alegre e cidades da região com um bem essencial, que não pode faltar: a água. Se, de alguma maneira, a atividade de extração de areia ameaçar a qualidade da água e a integridade do Guaíba e do Jacuí, não há dúvida sobre qual desses dois elementos deve ser priorizados: a água, fundamental à vida.
Para que tenhamos água limpa, natural e de boa qualidade ao nosso alcance é necessário preservarmos os nossos mananciais, rios, lagos, nascentes. Desta forma, estaremos fazendo a nossa parte de seres inteligentes, como os demais que não degradam suas próprias alternativas de sobrevivência.
Neste sentido, é louvável a coerente atitude do Ministério Público do RS (MP), que, través da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, recomendou à secretária estadual Ana Pellini que não sejam emitidas licenças para extração de areia e pesquisas no Guaíba até que o zoneamento ambiental do mesmo seja aprovado. A recomendação do MP ocorreu após a secretária manifestar que iria liberar a atividade de extração para uma empresa, a qual não quis identificar, conforme publicado na edição impressa do Correio do Povo no dia 18 de março e encaminhada pela Agapan à Promotoria ambiental.
Heverton Lacerda - jornalista e secretário-geral da Agapan
(Publicado no jornal Correio do Povo do dia 14.04.2015)
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