05 abril 2014

24/Abril Debate com Frei Betto: O modelo desenvolvimentista brasileiro e seus impactos socioambientais

 
O Brasil é um país que possui uma megabiodiversidade com expressiva parcela ainda desconhecida. Nossos ecossistemas brasileiros e nossas riquezas naturais são vitais à população brasileira e ao país, destacando-se a Amazônia como uma grande sistema que desempenha papel chave na regulação do clima sul-americano, inclusive planetário.
 
Enquanto nossas desigualdades sociais são as maiores entre os países, o modelo econômico e político vigente permite que empresas, em sua maioria multinacionais, se apoderem de nosso solo, água, biodiversidade e minerais. Prioriza-se um modelo colonial exportador decommodities que vem crescentemente degradando a natureza e as condições de vida e os direitos principalmente dos mais pobres. 
 
Este modelo de insustentabilidade, inerente ao capitalismo, teve uma fase de destaque há cerca de 50 anos, após o golpe militar. Agora se aprofunda em uma fase globalizante de hegemonia do capital financeiro e de megacorporações transnacionais. Impera a obsessão pelo crescimento econômico, pelo consumismo e produtivismo. Um modelo que faz questão de não reconhecer a finitude dos recursos naturais e também que qualquer forma de sustentabilidade não pode coexistir com a lógica de acumulação.
 
Paradoxalmente, uma década após a discussão de “Um Outro Mundo é Possível”, o Brasil acabou por tornar-se uma engrenagem estratégica no funcionamento desse modelo, ressurgindo a sua condição histórica de exportador de matérias primas. Emergem, de forma inusitada e avassaladora, o império da soja, do agronegócio e da exploração de minerais, dos megaempreendimentos e dos megaeventos, e com predomínio de recursos anabolizantes do BNDES. As campanhas eleitorais, por sua vez, fazem retornar a políticos e partidos parte das verbas utilizadas dessas grandes atividades perversamente impactantes, encobertos por grandes oligopólios de comunicação associados a este esquema.
 
A crise civilizatória está na mesa. Na conjuntura atual, de inquietação crescente, que teve um dos ápices nas manifestações de rua nas grandes capitais do Brasil, em junho de 2013, faz-se necessário e urgente que se levantem mais e mais estas questões, buscando-se caminhos para o restabelecimento dos movimentos e da construção de outros modelos, que priorizem a Vida.
 
Mogdema – Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente
 
Debate com Frei Betto:
Dia 24 de abril de 2014, às 18 h 30 min
Local: Auditório da Faculdade de Direito da Ufrgs, 
Av. João Pessoa n. 80, Porto Alegre-RS
Entrada franca
 
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