25 março 2014

Pauta ambientalista domina manifestações em audiência pública

Projeto original do Parque Gasômetro será reduzido por proposta da Prefeitura de Porto Alegre. (Imagem: Google/I.Lucas) 




Debate sobre o projeto que cria o Parque do Gasômetro reuniu associações de moradores, entidades culturais e ONGs em defesa de mais espaços verdes na Capital.

Cinco entre oito entidades que se manifestaram na tribuna da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 24 de março, em audiência pública sobre o projeto Parque do Gasômetro, defenderam o rebaixamento da avenida João Goulart como solução viária para integrar as áreas das praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita com a Orla do Guaíba. Esta também foi a posição da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan).
 


"O parque Gasômetro foi  uma luta do Fórum das Entidades" Sylvio Nogueira. (foto:Adriane Bertoglio Rodrigues)

"A qualidade de vida em Porto Alegre se deteriora"_ comentou Alfredo Gui Ferreira da Agapan.  (foto: Adriane Bertoglio Rodrigues)

“A qualidade de vida em Porto Alegre se deteriora. Cortar o parque com uma pista de automóveis não colabora em nada com o patrimônio ambiental nem com a mobilidade urbana. Não queremos uma via expressa no nível do solo”, argumentou o presidente da Agapan, Alfredo Gui Ferreira, que arrancou aplausos do público presente.


"Não há mais  espaço na Redenção aos domingos". _ Ivo Krauspenhar da Associação de Moradores do Menino Deus. (foto: VMelgaré)

A falta de espaços verdes para o lazer foi lembrada pelo representante do Movimento Menino Deus Sustentável, Ivo Krauspenhar: “Esta é uma necessidade de Porto Alegre. Estive domingo na Redenção e não tem mais espaço!”



"Menos motor mais natureza" ecoou da galeria dos que preferem o parque Gasômetro.(foto:  VMelgaré) 



Sebastião Melo vice-prefeito, Prof. Garcia presidente da Câmara, engenheiro Rogério Baú e colega (PMPA) (foto: VMelgaré)

Da plateia ecoou o grito “Menos motor! Mais natureza!”

Diante da eloquência dos movimentos, até mesmo o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, teve que concordar que mobilidade deve ser repensada. “No Brasil, lamentavelmente temos uma política errática de valorização do automóvel privado”, criticou, sem, entretanto, fazer uma autocrítica à atual gestão da perfeitura, que vem priorizando a ampliação de circulação de automóveis em detrimento de ciclistas e pedestres.


Apesar do rechaço do Executivo à inclusão do rebaixamento projeto de lei - que será votado nesta quarta-feira, às 14h - a prefeitura cedeu e irá ampliar a área do Parque até a beira do rio, incluindo a Usina que, contraditoriamente, estava fora dos limites originais da futura área de lazer.

Naira Hofmeister
Imprensa Agapan

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