Os riscos da radiação eletromagnética não ionizante da telefonia celular é o tema central do Seminário Estadual que será realizado na segunda-feira (12/11) no Plenarinho da Assembleia Legislativa, e que debaterá sobre os riscos dessa radiação para a saúde humana. O evento inicia às 9h e é promovido pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual, Comissão de Direito Ambiental (CDA) da OAB/RS e Ufrgs, e tem apoio da Apedema e da Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica e Telefonia da AL e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo csma@al.rs.gov.br .
De acordo com a programação, após a abertura do Seminário acontece painel sobre Os riscos da radiação eletromagnética não ionizante para a saúde humana, com a presença de representante do Ministério da Saúde e a cardiologista Geila Radunz Vieira e a engenheira e professora da UFMG Adilza Dode, seguido de debate. À tarde, a partir das 14h, a promotora de Justiça da Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público, Ana Maria Marchezan, o vereador e advogado Beto Moesch e Flávia do Canto Pereira, diretora executiva do Procon/POA, debatem sobre A legislação, o princípio da precaução e o nosso direto à informação.
Para às 16h está previsto painel sobre As tecnologias podem ser menos agressivas para a nossa saúde, com os professores da Ufgrs, Álvaro Sales, e do IFRS, Claudio Fernández. Após o debate, haverá definição de propostas e encaminhamentos. O encerramento do Seminário está previsto para às 17h.
ALERTAS
A falta de comprovação científica tem sido um dos argumentos usados pelas empresas de telefonia para reduzir a distância entre as antenas de telefonia celular que, conforme estudos realizados na Rússia e até mesmo no estado vizinho de Santa Catarina, confirmam malefícios para a saúde humana e animal. O alerta é da farmacêutica e conselheira da Agapan, Ana Valls, ao destacar que , em 2011, a Organização Mundial da Saúde emitiu um parecer classificando a radiação não ionizante da telefonia celular como possivelmente carcinogênica, ou seja, há comprovações de que causa câncer no cérebro e leucemia, pois afeta funções bioquímicas do sangue.
“Desde o início do ano 2000, são realizados estudos sobre os malefícios dessa radiação para a saúde humana, como dores de cabeça, esquecimento e problemas de pele”, afirma Ana. Segundo ela, os malefícios não atingem apenas as pessoas que usam celulares, mas até mesmo os animais, como o gado a campo na Rússia, que teve reduzida a produção de leite em rebanhos mantidos próximos a torres de transmissão de telefonia de celular. Além da Rússia, as criações de aves em Santa Catarina também são afetadas por essa radiação. De acordo com Ana, em torno de 80% os ovos chocados próximos a torres de celular são inviabilizados por não serem chocados ou por nascerem pintos com deformações, quando, longe da radiação as perdas nas chocadeiras variam de 15 a 20%. Ana Valls se diz preocupada com os possíveis malefícios que essa radiação causa ao agricultor ou ao produtor rural, exposto a esses riscos à saúde. “Quem trabalha a campo precisa observar possíveis alterações em sua qualidade de vida”, alerta.
Leia tambem:
Artigo sobre Radio Base de Silvana de F. Ferreira
https://drive.google.com/file/d/0BwndhIeM3IZ1d053Q0lmMHRPOTA/edit?usp=sharing
Agapan
Adriane Bertoglio Rodrigues
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