200 km de congestionamento em São Paulo, quarta-feira, 18 de novembro/2009
É esse o modelo de cidade que queremos para Porto Alegre?
Na semana passada, muitos congestionamentos acirraram-se na cidade de São Paulo, atingindo o recorde de 200 kms, dificultando ainda mais a circulação das pessoas.
Será que isso tudo é por falta de projeto urbanístico, alto adensamento demográfico ou ainda erros no planejamento dos transportes públicos?
Aqui no Sul, a cidade de Porto Alegre não fica atrás. Ultimamente estamos nos sentindo cada vez mais moderninhos, todos parados em longos congestionamentos.
Como num desenho animado do Pateta, de Walt Disney: uma pessoa em cada carro e, quando abre a sinaleira, os motoristas nem respeitam faixa e arrancam afoitos para reduzir o atraso de seus compromissos.
Ainda falando de Porto Alegre, o novo-“moderninho” sinal com a mão, insistência marqueteira e mal-informativa da Prefeitura, aumenta o tempo das sinaleiras e diminui o tempo dos pedestres, colocando em risco seus braços.
Nossa vida na cidade grande de Porto Alegre já está ficando infernal, assim como a vida
Estamos nos encaminhando para o mesmo modelo de planejamento urbanístico de São Paulo, talvez pelo patrocínio de ideias das mesmas construtoras, que agora implacam negócios em nossa cidade, interferindo com seus “pedidos”, e fazem do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre/2009 um verdadeiro implante de medidas preparatórias para criarmos uma nova São Paulo
Na contramão das tendências mundiais de preservação de ambientes de convivência social com seu meio ambiente, o Plano Diretor é atacado por leis como:
- aumento da altura dos prédios em bairros já saturados;
- altera a aplicação da Área Livre Vegetada e Permeável, que passaria a valer apenas para lotes acima de mil m2 - a prefeitura quer a partir de
- autoriza transferência de potencial construtivo (solo criado) para Áreas de Interesse Cultural e amplia em dois metros uma das escalas utilizadas no cálculo - a prefeitura já havia proposto escalas que ultrapassam a altura máxima estabelecida. Exemplo: se a volumetria for
- reduz o território de 36 das 134 Áreas de Interesse Cultural propostas pela prefeitura. Também faz mudanças no regime urbanístico.
Os ambientalistas não estão na contra-mão do desenvolvimento da cidade!
Técnicos em engenharia e arquitetura têm questionado projetos, como os polêmicos Pontal do Estaleiro e do Cais da Mauá.
O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RS), Carlos Alberto Sant’Ana, diz estranhar a proposta de aumento da altura de prédios em bairros saturados, como o Menino Deus. “A própria Secretaria de Planejamento Municipal atesta que é preciso diminuir as alturas. Tem algum responsável técnico, alguém que tenha feito estudo similar ao da prefeitura, com a mesma profundidade, fundamentando essas emendas”.
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