O Brasil é um país
que possui uma megabiodiversidade com expressiva parcela ainda desconhecida.
Nossos ecossistemas brasileiros e nossas riquezas naturais são vitais à
população brasileira e ao país, destacando-se a Amazônia como uma grande
sistema que desempenha papel chave na regulação do clima sul-americano,
inclusive planetário.
Enquanto nossas
desigualdades sociais são as maiores entre os países, o modelo econômico e
político vigente permite que empresas, em sua maioria multinacionais, se
apoderem de nosso solo, água, biodiversidade e minerais. Prioriza-se um modelo
colonial exportador decommodities que vem crescentemente degradando
a natureza e as condições de vida e os direitos principalmente dos mais
pobres.
Este modelo de
insustentabilidade, inerente ao capitalismo, teve uma fase de destaque há cerca
de 50 anos, após o golpe militar. Agora se aprofunda em uma fase globalizante
de hegemonia do capital financeiro e de megacorporações transnacionais. Impera
a obsessão pelo crescimento econômico, pelo consumismo e produtivismo. Um
modelo que faz questão de não reconhecer a finitude dos recursos naturais e
também que qualquer forma de sustentabilidade não pode coexistir com a lógica
de acumulação.
Paradoxalmente, uma
década após a discussão de “Um Outro Mundo é Possível”, o Brasil acabou por
tornar-se uma engrenagem estratégica no funcionamento desse modelo, ressurgindo
a sua condição histórica de exportador de matérias primas. Emergem, de forma
inusitada e avassaladora, o império da soja, do agronegócio e da exploração de
minerais, dos megaempreendimentos e dos megaeventos, e com predomínio de
recursos anabolizantes do BNDES. As campanhas eleitorais, por sua vez, fazem
retornar a políticos e partidos parte das verbas utilizadas dessas grandes
atividades perversamente impactantes, encobertos por grandes oligopólios de
comunicação associados a este esquema.
A crise
civilizatória está na mesa. Na conjuntura atual, de inquietação crescente, que
teve um dos ápices nas manifestações de rua nas grandes capitais do Brasil, em
junho de 2013, faz-se necessário e urgente que se levantem mais e mais estas
questões, buscando-se caminhos para o restabelecimento dos movimentos e da
construção de outros modelos, que priorizem a Vida.
Mogdema – Movimento
Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente
Debate com Frei
Betto:
Dia 24 de abril de
2014, às 18 h 30 min
Local: Auditório da
Faculdade de Direito da Ufrgs,
Av. João Pessoa n.
80, Porto Alegre-RS
Entrada franca
Convite no facebook:
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