21 maio 2013

Agapan participa da Marcha pelas Árvores

Manifestantes em frente à prefeitura de Porto Alegre  (foto: Naian Meneghetti)
                           
Com palavras de ordem pedindo mais paz e amor e menos motor, e “nenhuma árvore a menos”, mais de 200 pessoas, entre ambientalistas, estudantes e público em geral, participaram da Macha Pelas Árvores, realizada no final da chuvosa tarde de segunda-feira (20/5), percorrendo da Prefeitura ao acampamento Ocupa Árvores, próximo à Câmara dos Vereadores. A manifestação foi organizada em defesa das árvores ameaçadas de corte do entorno da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, justificado pela realização da Copa em 2014.



Manifestantes na Rua da Praia (foto: Naian Meneghetti)


Quinta-feira, dia 23, no mesmo horário, em frente à prefeitura, todos marcharemos em nome das árvores e contra o desprogresso”, antecipou o estudante Ricardo Badin, ao sugerir o compromisso de cada militante convidar mais pessoas para a manifestação.
Na quarta-feira (23/5), o Largo Glênio Peres vai sediar a 7ª Festa da Biodiversidade, e o movimento Quantas Copas por Uma Copa promete divulgar suas ações e conclamar as pessoas a participarem do acampamento. O grupo precisa de cordas, comida e barracas, além de mais pessoas. “Queremos um desenvolvimento que leve em consideração as pessoas e a vida acima do lucro e do automóvel”, diziam os manifestantes junto ao acampamento Ocupa Árvores.
Árvore número 171 foi adotada - (foto: Adriane Rodrigues/AGAPAN)

Vários integrantes da Agapan acompanharam a Marcha, e escolheram a árvores número 171 para adotar. “Esse número é representativo nesse momento em que a prefeitura insiste em não considerar as alternativas que apresentamos aos projetos Copa e ao Parque Gasômetro”, defendeu Celso Marques, conselheiro da Agapan.

Em frente à prefeitura, no início da Marcha, Marques leu o manifesto da Agapan sobre o corte das árvores, onde destaca que o caso das árvores do Gasômetro “são a ponta de um gigantesco iceberg, que é a qualidade de vida de nossa cidade, que está sendo derretida pelos interesses especulativos de poucos”.
Ainda segundo o documento, a Agapan diz ter esgotado “os caminhos institucionais legais, burocráticos e administrativos, na tentativa de manter um diálogo político e técnico-científico com os poderes constituídos”. E vai além, apoiando a subida nas árvores e conclamando os porto-alegrenses a comparecerem no local em solidariedade aos jovens na defesa dos interesses de todos nós. “Apoiamos a defesa das árvores como expressão legítima da cidadania e como um direito universal de desobediência civil”, diz o documento, que conclama a população “apareça e junte-se a nós”.


Assessoria de Imprensa da Agapan, 
jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

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