18 janeiro 2013

Cinema na Anita recebeu 300 pessoas para assistir novas soluções de mobilidade em cidades européias


"Dane-se a fluidez. Dane-se a fluidez. A fluidez tem que ser da vida. 
Quando estou de carro sou cidadão. Quando estou a pé, sou um boliche?
 Isto tem que acabar."
(Documentário de São Paulo.)



Quem poderia pensar em algo semelhante ocorrendo como ontem ocorreu? Trezentas pessoas vieram assistir filmes documentários sobre mobilidade urbana? Se dito afirmado isto há anos atrás não acreditaríamos. Mas, foi verdade. Estava em nossos olhos marejados pelo significado disto.

A nossa luta na Rua Anita Garibaldi contrária ao túnel, pela preservação das árvores e das pessoas que ali moram e circulam, é real, e estamos mais acompanhados do que imaginávamos. As pessoas saíram das suas casas, das redes sociais e vieram assistir aos documentários selecionados pelo grupo Shoot the shit, com a sua primeira apresentação da Socialnema. 

Foram fera na seleção de filmes, vimos projetos inspiradores de outras cidades da Europa e também um projeto de São Paulo:

Copenhagem:

55% das pessoas vão ao trabalho de bicicleta. Nos anos 30 haviam muitas bicicletas na cidade e víamos que ao longo dos anos a destruição por que passava a cidade com o transito e a guerra. Alguma medida foi necessária para evitar que os lugares públicos ficassem sem as pessoas. Hoje as bicicletas são a maioria do transporte. O governo descobriu que quanto mais pedaladas, mais economia pra a cidade. 


As pessoas ficam mais saudáveis, pois andam de bicicleta, fazem alguns kilômetros de bicicleta, e integram o restante com mais outro transporte. Não vamos dizer pra fazerem 35 kilometros, no verão isto é impossível, mas integrando com o ônibus coletivo, sim. 

A "onda verde" se você se deslocar a 20kms por hora, encontra as sinaleiras de Copenhagem no verde. Em São Paulo, os carros andam a 13 kms por hora, ( a velocidade que uma galinha faz. Vale a pena andar de carro? _ comentou a brasileira no documentário).

5 Lições de Copenhagem para o Brasil:
1. Tem que pensar nas pessoas em primeiro lugar,
2. Deve-se pensar em como elas usam as cidades,
3. Testar algumas ideias,
4. Colocar projeto com maior escala em prática.
5. Estabelecer opções de  transporte de todos os tipos que respeitem as pessoas. Todos tem direito sobre os espaços.

Holanda:

Haviam muitas mortes no trânsito, morriam 400 crianças  por ano em 1971. A solução encontrada foi o uso do transporte alternativo. Ciclismo é parte do planejamento de transportes. Com isto, em 2010 as mortes caíram para 14 crianças por ano.


São Paulo:
A lógica que orienta nossas cidades é que está errada. A CT não é responsável pelos congestionamentos em São Paulo. Somos nós que pegamos o nosso carro e integramos os 6 milhões que tem a mesma decisão. 

Em Brasilia, no plano piloto se você parar na faixa, o carro que vem pára. Aqui em São Paulo, não. 

Os filmes nos mostraram experiências em cidades grandes como Copenhagen, Amsterdan que deram certo pela abordagem mais humana das cidades, com planejadores designers que vêem a cidade de outra perspectiva, mais criativa e inovadora. 

Planejadores mais descolados, que circulam pela cidade e testam, planejam com iniciativas que agregam o todo, onde a comunidade opina sobre o que quer e que o objetivo maior é buscar a saúde das pessoas e integração ao ambiente. Ficamos é com muita esperança que nossos administradores vejam estes vídeos e apliquem aqui estas práticas inovativas que respeitam pessoas e ouvem-nas.


AGAPAN Comunicação








Nenhum comentário: