25 outubro 2011

Agapan se integra à Campanha contra os agrotóxicos, lançada em Porto Alegre

Foi lançada a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida no RS, que reúne diversas organizações e entidades. A cerimônia aconteceu na sede da Emater/RS-Ascar, na noite desta segunda-feira (24). Com o auditório lotado, mais de 100 pessoas assistiram ao filme O Veneno Está na Mesa, dirigido por Sílvio Tendler, acompanharam a palestra da bióloga e socióloga Magda Zanoni,e debateram projetos e ações desenvolvidas no Estado. A abertura do lançamento foi prestigiada pelo delegado da Superintendência Regional do MDA, Nilton Pinho De Bem, e pelo diretor de Crédito do Banrisul, Guilherme Cassel, entre outras representações de movimentos sociais e ambientais. Também participaram integrantes da Associação Nacional de Pequenos Agricultores de Cuba, que fazem intercâmbio no RS. Da Agapan/RS participou o presidente Francisco Milanez, a secretária-geral Adriane Bertoglio Rodrigues, e as conselheiras Edi Fonseca e Miriam Löw.

Representando o governador Tarso Genro, o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, salientou a importância da Campanha. “É preciso desafiar o poder público em todos os níveis, até porque os governos têm um papel estratégico, que possibilita promover o avanço e o acúmulo de conhecimentos”, defendeu Paulus, ao citar eventos como o realizado nesta terça-feira (25) em Ijuí, sobre transição de sistemas de produção de grãos, e, na quarta-feira (26), em Taquara, sobre sistemas agroflorestais. “Através de momentos como este e de eventos que provoquem o despertar da consciência de técnicos, agricultores e consumidores, é que poderemos garantir qualidade de vida para todos”, destacou o diretor. Ele finalizou com uma frase de José Lutzenberguer, (pioneiro/fundador da Agapan), que atenta para a importância de se manter ações sustentáveis. “Não podemos considerar como progresso o que não somo para a facilidade humana”.

O vídeo mostra depoimentos de agricultores que optaram por não usar agrotóxicos. Do RS, tem agricultores de Caiçara, Paraíso do Sul, Agudo, Boa Vista das Missões e Iraí, na comunidade Sanga dos Índios, que desafiam as transnacionais químicas e se contrapõem ao modelo da chamada Revolução Verde. O site EcoAgência também é mencionado.

ALERTAS PARA A SAÚDE

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os hortigranjeiros preocupam, pois recebem altas doses de agrotóxicos, muitas vezes proibidos, e são consumidos in natura. Os alimentos mais contaminados são beterraba (33% de contaminação), alface (38%), mamão (39%), abacaxi e couve (44%), morango (51%), pepinos (55%), uva (56%) e pimentão (80%). Nos 10 anos, entre 1998 e 2008, a venda de agrotóxicos aumentou 140%. ?Não é à toa que são 5,2litros por pessoa/ano?, informa o vídeo, que será disseminado pelos participantes.

Outro fator que favorece o crescente consumo de agrotóxicos é o estímulo fiscal oferecido pelos governos, que dá descontos de 60 a 100% para as empresas químicas. “Faltam financiamento e políticas públicas para os pequenos agricultores, para que eles aumentem e diversifiquem a produção, provocando a baixa no preço dos orgânicos”, critica Dario Milanez, da Via Campesina. Ele questiona a expansão de monocultivos, como a soja, “que ocupa mais da metade da terra agricultável no Brasil. A expansão da soja, a transgenia e o aumento do uso de agrotóxicos é suficiente para trazer ainda mais riscos para a saúde das pessoas e para a contaminação do ambiente”.

O chefe de Gabinete da Emater/RS, Jaime Weber, afirma o compromisso da Instituição em mudar essa realidade, e diz lamentar erros médicos em diagnósticos de contaminação, prescrevendo serem casos de leptospirose. “Isso ocorre na região do fumo”. Para Jaime, “cada vez mais precisamos buscar informações e disputar por um modelo mais saudável”. Para isso, ele sugere repensar a militância, pressionar os governos e construir alianças estratégicas com os municípios. “Precisamos debater com conteúdo e informação”.

O pioneirismo do RS na promulgação da Lei Estadual Contra os Agrotóxicos, na década de 80, foi destacado pelo presidente da Agapan, Francisco Milanez, ao criticar a lei nacional como “uma cópia mal feita”. Ele defende o repasse dos royalties dos transgênicos para resolver o “conclamado problema da fome no mundo”.

Programas de crédito de incentivo à produção orgânica no RS devem ser anunciados em breve pelo Banrisul. A informação é da representante da instituição, Simone Azambuja, ao citar o Rio Grande Ecológico, que será recriado para custear a compra de sementes crioulas e para investimentos na agroecologia.

Atualmente, o Comitê Estadual Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida integra 30 entidades, “mas outras estão convidadas a participar”, salienta um dos coordenadores, o estudante Edmundo Oderich. A próxima reunião do comitê será na segunda-feira (31), às 18h30, na sede da PGDR (Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural), ao lado do DCE da Ufrgs, em Porto Alegre.

Ao final do debate, foi anunciada a realização do XII Seminário Estadual sobre Agroecologia XI Seminário Internacional sobre Agroecologia, de 28 a 30 de novembro, no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa do RS, que tem como tema “Um outro olhar para o desenvolvimento”. Também foi citada a realização, em Pelotas, do lançamento regional da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, no dia 23 de novembro, na Faculdade Agrícola São Maciel.

Informações

Assessoria de Imprensa da Presidência da Emater/RS-Ascar

Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

Foto: Patrícia Strelow/Emater/RS-Ascar .

23 outubro 2011

Imagens do Lançamento do Comitê em Defesa das Florestas




Imagens:Edi Fonseca/ AGAPAN
19 de outubro/ 2011

24/10: Lançamento da Campanha contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida em Porto Alegre





Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida
Rio Grande do Sul lança Comitê Estadual

Depois dos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Sergipe, chegou a vez do Rio Grande do Sul realizar o lançamento do Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida. Será na próxima segunda-feira, dia 24 de outubro, às 18h30min no auditório da Emater/RS, e será aberto ao público.

O evento se iniciará com a exibição do documentário ?O agrotóxico está na mesa?, de Silvio Tendler. Na sequência, haverá a palestra da Prof. Dra. Magda Zanoni, bióloga e socióloga, que organizou, junto do francês Gilles Ferment, o livroTransgênicos para Quem? Agricultura, Ciência, Sociedade (MDA, Coleção NEAD Debate) lançado em 2011. Ao seu lado, irão compor a mesa, representantes da Via Campesina e da Emater/RS.

A campanha reúne mais de 30 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas, estudantes, organizações ligadas a área da saúde e grupos de pesquisadores. O principal objetivo é abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda de agrotóxicos, sobre a contaminação dos solos e das águas bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades. A partir da conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados a partir do uso dos agrotóxicos, a campanha pretende ajudar na construção de formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas.

Outro campo de atuação da campanha é o anúncio da possibilidade de construção de outro modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa e agroecológica. Através da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida é possível acessar estudos que comprovam que essa forma de produzir é viável, produz em quantidade e em qualidade suficientes para abastecer o campo e a cidade. Assim, a proposta é avançar na construção destas experiências que são a única saída para esse modelo imposto que concentra riquezas, expulsa a população do campo e produz pobreza e envenenamento. Produzir alimentos saudáveis com base em princípios agroecológicos, em pequenas propriedades, com respeito à natureza e aos trabalhadores é a única forma de acabar com a fome e de garantir qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.

O Comitê Estadual da Campanha Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida vai também auxiliar na criação e ampliação de comitês municipais - como já ocorre em Pelotas, dentre outros municípios - planejar atividades de formação e distribuição de material informativo. O Comitê gaúcho já congrega: Amigos da Terra Brasil; Cáritas; Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS); Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA); Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (CONSEA RS); Comissão Pastoral da Terra (CPT); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS); Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB); Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM/RS); Fundação Luterana de Diaconia (FLD); Grupo de Agroecologia (GAE/UFPe); Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá); Levante Popular da Juventude; Movimento de Mulheres Camponesas (MMC); Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH); Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS); Núcleo de Economia Alternativa (NEA/UFRGS); União Rastafari de Resistência Ambiental (URRAmbiental); Via Campesina.

Prato envenenado

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Mais de um milhão de toneladas de venenos foram jogados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola.

Com a aplicação exagerada de produtos químicos nas lavouras do país, o uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transforma em um problema de saúde pública e preservação da natureza.

O consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do agronegócio, modelo de produção que concentra a terra e utiliza quantidades crescentes de venenos para garantir a produção em escala industrial.

Desta forma, o uso excessivo dos agrotóxicos está diretamente relacionado à atual política agrícola do país, que foi adotada a partir da década de 1960. Com a chamada Revolução Verde, que representou uma mudança tecnológica e química no modo de produção agrícola, o campo passou por uma ?modernização? que impulsionou o aumento da produção, mas de forma extremamente dependente do uso dos pacotes agroquímicos [adubos, sementes melhoradas e venenos].

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), na última safra foram vendidos mais de 7 bilhões de dólares em agrotóxicos. Todo este mercado se concentra nas mãos de apenas seis grandes empresas transnacionais, que controlam mais de 80% do mercado dos venenos. São elas: Monsanto; Syngenta; Bayer; Dupont; DowAgrosciens e Basf.

Nesse quadro, os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações. Ficam atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza. Essas fórmulas podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde

A palestrante
Magda Zanoni, é professora da Universidade de Paris Diderot, onde foi pesquisadora de 1978 a 1990 no Laboratoire d?Ecologie Génerale et Appliquée; tem mestrado em Ecologia Fundamental pela Universidade de Paris-Orsay e em Ciências Sociais do Desenvolvimento pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris); é doutora em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade de Paris I-Sorbonne. Atuou no Instituto Agronômico do Paraná e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, e esteve cedida ao NEAD/MDA pelo Ministério francês do Ensino Superior e da Pesquisa no período de 2003-2009. Atualmente, e desde 1998, é pesquisadora do laboratório ?Dynamiques Sociales et Recomposition des Espaces? (Centro Nacional de Pesquisa Científica CNRS, França).


Serviço
O que: lançamento do Comitê Estadual da Campanha
Permanente contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida
Quando: dia 24/10; segunda-feira; 18h30min
Onde: Emater/RS-Ascar, rua Botafogo, 1051, bairro Menino Deus,
esquina com a rua Érico Veríssimo

19 outubro 2011

Lançamento do Comitê Estadual em Defesa das Florestas




O Fórum Gaúcho em Defesa do Código Florestal Brasileiro (CFB), espaço que congrega diversas entidades da sociedade civil, foi criado em Janeiro de 2011, com o objetivo de implementar ações e debates em torno da proposta de alteração do Código Florestal, em fase de tramitação no Senado Federal.

Fruto do reconhecimento do nosso trabalho, o Fórum foi convidado a representar no Estado, o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, o qual conta, na sua composição, com dezenas de organizações, cuja Coordenação Nacional é dirigida pela ABONG/ABRAMPA/ CNBB, CoalizãoSOSFloresta-Amigos da Terra Amazônia/APREMAVI/FLORESPI/ Fundação Boticário / Greenpeace / ICV/IMAFLORA / IPAM/ISA /SOS Mata Atlântica/WWF Brasil/Sociedade Chauá /SPVS / Comissão de Justiça e Paz-CJP / CNSComitê Inter-Tribal / CONIC / CUT / FETRAF / FNRU / FASE / FBOMS / Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social / Fórum ex-Ministros Meio Ambiente / GTA / IDS / INESC / Instituto Ethos / Jubileu Sul / OAB / Rede Cerrado / Rede Mata Atlântica / REJUMA / Via Campesina / (ABEEF ,CIMI, CPT, FEAB, MAB, MST, MPA, MPP, PJR), as quais, como o Fórum Gaúcho, são contra o PLC 30/2011.

A reunião dessas entidades representa o entendimento da necessidade estratégica na ampliação do Fórum, o qual passará a integrar o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável. O lançamento do comitê será no próximo dia 21 de Outubro, às 18 horas, na Sala do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Neste sentido, convidamos Vossa Senhoria e .......... para se integrarem nas atividades, ações e intervenções que faremos com vistas a implementação do Comitê Estadual em Defesa das Florestas, e em defesa da vida.


Dia: 21 de Outubro, às 18 horas,
Local: Sala do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre-RS


Atenciosamente,

Fórum Gaúcho em Defesa do Código Florestal Brasileiro.
http://sosambiental.wordpress.com/



Foto: Floresta tropical/ Infoescola

Cientistas sobem tom contra novo Código Florestal

Em sua manifestação mais dura sobre a reforma do Código Florestal, as principais sociedades científicas brasileiras adjetivam partes do texto em análise como “injustificado” e “inconstitucional”.

A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciências) entregaram na semana passada a senadores propostas para embasar as mudanças na lei.

Para elas, a ciência não foi levada em conta no relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), aprovado em maio no plenário da Câmara.

Entre as 18 assinaturas do documento há pesos-pesados como a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, Carlos Nobre, secretário de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Tatiana Sá, ex-diretora-executiva da Embrapa.

Para eles, o maior entrave à expansão da agricultura não é a legislação ambiental, mas “a falta de adequação” da política agrícola do país.

Para os cientistas, um aumento marginal na produtividade pecuária – com medidas simples, como erguer cercas e fazer o manejo de pastos – liberaria 60 milhões de hectares para a agricultura.

“Continua no Senado essa falácia de que não há espaço para preservar e produzir alimentos”, disse Luiz Martinelli, da USP de Piracicaba. “Como é que eu vou dizer para a Europa não subsidiar sua agricultura quando a gente queima tudo sem nenhuma eficiência? É um tiro no pé.”

As entidades também pedem que as APPs (áreas de preservação permanente), como margens de rios, sejam restauradas na íntegra, posição mais “ambientalista” que a do governo, que aceitou flexibilizar sua recomposição.

Os cientistas exigem, ainda, que o Senado elimine do texto a menção à “área rural consolidada”, que permite regularizar atividades agropecuárias em APPs desmatadas até 22 de julho de 2008. Segundo eles, a Constituição diz que “não há direito adquirido na área ambiental”.

“Nosso livro anterior dava dados, mas não fazia afirmações tão contundentes”, disse Carneiro da Cunha, aludindo a documento divulgado no semestre passado.

Expoente da antropologia, Carneiro da Cunha afirma que os senadores precisarão tratar um tema espinhoso sem acordo: a isenção de reserva legal para propriedades de até quatro módulos fiscais (medida equivalente a até 400 hectares na Amazônia).

“Quatro módulos não é o mesmo que agricultura familiar. É uma pegadinha.” Ela diz esperar que o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do código em três comissões, seja “persuadido por argumentos convincentes”. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

18/10/2011

16 outubro 2011

Agapan no dia 15 de outubro: Democracia Real em Porto Alegre

No Dia de Mobilização Mundial por uma Democracia Real alguns ambientalistas participaram da concentração e marcha até a Praça da Matriz.

Claro que a AGAPAN não faltaria nessas horas que se fala em ativismo e cidadania, associados da entidade participaram da concentração e marcha:




Imagens:Cesar Cardia

03 outubro 2011

Mini-curso discute enfrentamento à crise climática e ecológica



O InGá – Estudos Ambientais, está promovendo o mini-curso “Como enfrentar a crise climática e ecológica”?

A capacitação possui uma carga horária de 30h que serão ministradas por Celso Copstein Waldemar e Paulo Brack, entre os dias 4 de outubro e 29 de novembro, todas às terças-feiras das 19h às 22h, na sede do InGá ( Fernando Machado, 464, Centro, Porto Alegre).

Segundo o coordenador geral da ONG, Vicente Medaglia, a oportunidade contribui para conscientização da crise climática, visando uma mobilização dos atores sociais para enfrentá-la. Também proporciona um ambiente crítico de discussão política, longe da abordagem mercadológica que impera nos cursos de mudanças climáticas, normalmente focadas em vendas de créditos de carbono. Para a ONG, aliás, as soluções do mercado para a crise climática são falsas soluções.

O curso será composto de seis módulos: o primeiro vai ser aberto ao público com a apresentação e comentário do filme “Home - Nosso planeta, Nossa casa”. No segundo módulo, vai ser abordado o diagnóstico científico sobre as mudanças climáticas, após será discutido o contexto político da crise climática e ecológica. O quarto módulo vai tratar sobre as soluções tecnológicas para a crise, seguido de uma discussão sobre as soluções políticas. No sexto e último módulo, vai ser elaborado um trabalho em grupo com a proposta de se criar um projeto interdisciplinar para enfrentar e apontar soluções para a crise climática.

“É necessário pensar globalmente e agir localmente”, aí está a importância do curso, enfatiza o coordenador. “Além disso, em nosso estado, parece que a consciência sobre a crise climática não chegou, a frente de fomento ao carvão e aumento de carros exemplificam essa realidade”, avalia Medaglia.

Investimento

R$ 150,00 profissionais, público em geral
R$ 100,00 estudantes e/ou membros do Ingá,

Maiores informações: 84179391

Ministrantes

Celso Copstein Waldemar

Eng. Agrônomo, Mestre em Ecologia Vegetal pela UFRGS.

Técnico da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, trabalha atualmente no Centro de Referência em Energias Renováveis e Eficiência Energética bem como no Centro de Informação e Educação Ambiental da SMAM. É ex-vice presidente (2009-2011) da AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural).

Paulo Brack

Biólogo, Mestre em Botânica (UFRGS) e Doutor em Ecologia (UFSCar). Professor da UFRGS, membro fundador do InGá, ex membro do COMAM, CONSEMA, CTNBio e atualmente um dos representantes da Região Sul no CONAMA.