08 junho 2011

Prefeitura abre sindicância sobre sede da AGAPAN

07/06/2011 11:14:46

O prefeito José Fortunati determinou no início da manhã desta terça-feira, 7, a abertura de sindicância para apurar as responsabilidades em relação a demolição da sede da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural) ocorrida na tarde de segunda-feira, 6.

"Esta é uma situação inadmissível, não mediremos esforços para que sejam apurados todos os fatos, tanto no âmbito interno quanto no externo, e que os responsáveis sejam punidos", destacou o prefeito, que também determinou que seja registrada ocorrência policial sobre o fato.

Fonte:
Site da Prefeitura de Porto Alegre


Nota de Esclarecimento do Secretário da SMIC:

Uma nota do secretário Valter Nagelstein, da SMIC, a respeito da demolição ilegal da sede da AGAPAN, revela indícios de fraude na documentação da empresa que pretendia instalar uma pizzaria no local. Segundo a nota, a empresa Peruzzato & Kinderman Ltda. obteve registro na Junta Comercial em Porto Alegre e CNPJ na Receita Federal dando, como endereço, o local onde estava sendo construída a sede da entidade, pioneira do movimento ambientalista no país, que está completando 40 anos em 2011. Eis a íntegra da nota:

Nota de Esclarecimento

A cerca do episódio da destruição da sede da AGAPAN, a SMIC vem à público trazer os seguintes esclarecimentos:

1) O Alvará Provisório fornecido por esta Secretaria é um documento que autoriza o exercício de atividade econômica e não permite nenhum tipo de intervenção física, seja construção ou demolição;

2) No caso presente, o ato foi levado a cabo por uma empresa registrada sob o nome Peruzzato & Kindermann Ltda., que antes do Alvará efetivou registro na Junta Comercial do Estado e obteve o CNPJ junto à Receita Federal e para todos esses documentos, cujo procedimento deverá ser investigado, forneceu o endereço da então sede da AGAPAN;

3) A Licença de Demolição é um documento emitido pela SMOV, por tanto e uma vez mais, o ato desse particular ofendeu ao regramento da Municipalidade;

4) O Secretário da SMIC foi a primeira autoridade a comparecer no local dos fatos e determinar a imediata averiguação dos mesmos;

5) O sistema de Alvará Provisório é um meio eficaz de dar agilidade, desburocratizar a atividade econômica na cidade e formalizar empreendedores; são fornecidos em torno de 20 mil alvarás por ano, sendo este o 1º episódio dessa natureza;

6) O sistema é seguro, mas, como todo o sistema, está sujeito a fraudes;

7) Determinamos a instalação da competente sindicância, mas desde já é possível verificar a lisura do procedimento dos Agentes de Licenciamento, pelo que se vê, induzidos ao erro;

8) Determinamos também que sejam examinadas medidas que aperfeiçoem e dêem mais segurança ao sistema de licenciamento;

Por fim, lamentar o ocorrido, afirmando à sociedade porto-alegrense que a SMIC foi tão vitima nesse processo, quanto foi a AGAPAN.

Porto Alegre, 07de junho de 2011

WALTER NAGELSTEIN

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