23 abril 2009

Do transporte à comunidade

Na década de 1970, Portland, no estado de Oregon, calculou que conseguiria reduzir em cinco por cento o consumo de gasolina se simplesmente ressucitasse a idéia da mercearia de bairro. Semelhantes conceitos são o alicerce da recriação da comunidade.

O zoneamento e o planejamento do uso do espaço são capazes de oferecer abrangentes incentivos, com base no mercado, a fim de recompensar a aglomeração de moradias, empregos e estabelecimentos comerciais, como é típico das cidades e vilarejos mais densos e mais homogêneos do Canadá.

As gratificações e os encargos da densidade podem basear-se na proximidade dos corredores de transporte coletivo e, desde os anos 50, vem ajudando a orientar quase todo o desenvolvimento de Toronto à distancia de uma viagem de cinco minutos de metrô ou bonde.

Estudos recentes na Califórnia sugerem que, em pouco mais de uma década, tais estímulos à aglomeração devem alterar de tal modo os padrões de uso do espaço que cada pessoa-quilômetro de transporte coletivo, na forma de ônibus ou bonde, suprirá as necessidades de quatro a oito pessoas-quilômetro de viagem de carro.

O uso sensível do espaço tornaria desnecessarias muitas viagens, aglomerando a uma distancia que se pode percorrer a pé os principais lugares a que as pessoas vão.


Fonte: Hawken, Paul .Capitalismo Natural, A reinvenção da roda, pg. 42. editora cultrix amana-key

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