28 agosto 2015

AGAPAN DEBATE - ESPECIAL GUAÍBA




Mais um evento para entrar para a história da Agapan. Participe!

Em conjunto com moradores da comunidade do bairro Alegria, de Guaíba (RS), a Agapan está promovendo o primeiro Agapan Debate fora de Porto Alegre. 

A entidade ambientalista e os moradores de Guaíba querem debater a importância social, os impactos socioambientais e os riscos que a fábrica de celulose instalada no município representa para a cidade e para o rio Guaíba, para a saúde dos moradores, para a biodiversidade e preservação do bioma Pampa, para o desenvolvimento social do Estado gaúcho.
Venha participar e entre para a história do ambientalismo gaúcho junto à Agapan.


Palestrantes:

Francisco Milanez - conselheiro da Agapan, biólogo e arquiteto
Cristiane Montemezzo Simões - moradora de Guaíba



Abertura:

Dr. Leonardo Melgarejo - presidente da Agapan

 

Evento no Facebook (com mapa)


Dia: 31 de agosto de 2015
Hora: 19h
Endereço: Paróquia Nossa Senhora da Paz Av. República, nº 516, Bairro Alegria / Guaíba – RS 


A presença de todos é muito importante para o sucesso do evento. Contamos com você!

Ajude a divulgar!

26 agosto 2015

Ambientalistas se reúnem com procuradora do Ministério Público Federal

Entidades buscam apoio contra a fragilização dos órgãos de proteção ambiental do RS e pedem informações sobre o andamento de processos da Operação Concutare.

Foto: EcoAgência
Representantes da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (Apedema), do Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente (Mogdema), do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá) e do Núcleo de Ecojornalistas do RS estiveram reunidos nesta terça-feira (25) com a coordenadora do Núcleo Criminal Especializado do Ministério Público Federal (MPF), procuradora Patrícia Maria Núñez Weber.

O grupo encaminhou à procuradora documento no qual solicita informações a respeito da Operação Concutare, deflagrada no dia 29 de abril de 2013 pela Polícia Federal. As ações penais decorrentes do inquérito podem ser acessadas nos links a seguir:  5088545-61.2014.4.04.7100 e 5090946-33.2014.4.04.7100
Segundo a promotora, as denúncias feitas à 7ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Porto Alegre resultaram em afastamentos de cargos, demissão dos acusados e bloqueios de bens e patrimônios. A fase atual do processo é de inquirição das testemunhas. Uma terceira denúncia deve ser feita, mas os detalhes não foram divulgados.

O grupo também manifestou preocupações devido à fragilização dos órgãos de proteção ambiental do Estado. Em resposta, a procuradora disponibilizou-se a solicitar uma reunião conjunta com o coordenador do Núcleo Ambiental da Procuradoria, procurador Nilo Camargo. No documento entregue, os ambientalistas relatam que “técnicos concursados na área ambiental estão sendo alijados dos processos de decisão técnica protetiva”, referentes aos licenciamentos, em favor da participação de outros agentes políticos ou econômicos na gestão ambiental.

Texto: Imprensa Agapan com colaboração da EcoAgência

18 agosto 2015

Agapan Debate defende FZB de possível extinção



Projeto de Lei pode ser retirado pelo Governo do RS


A retirada do Projeto de Lei 300/2015 pelo Governo do Rio Grande do Sul, que extingue a Fundação Zoobotânica, o Museu de Ciências Naturais e o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, está na iminência de acontecer, antes mesmo da audiência pública marcada para quinta-feira (20), no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa.

A possibilidade se deve a declarações da secretária estadual de Meio Ambiente, Anna Pellini, durante ato pela retirada do projeto, realizado na manhã desta segunda-feira (17), em frente à Sema, em Porto Alegre. A secretária, autora do projeto, admitiu que o mesmo não é bom. “O projeto é ruim e temos de rever essa posição”, afirmou a secretária, ao anunciar alternativas, como a retirada da urgência da votação do projeto ou a apresentação de um substitutivo à proposta original. (Confira a declaração da secretária aqui.)

A retirada do PL é uma das possibilidades avaliadas pelos mais de 50 participantes do Agapan Debate Especial FZB, realizado na noite de segunda-feira (17) no auditório do Semapi. “Independente da retirada, vamos manter a mobilização, pois o Governo deve apresentar um outro projeto que põe em risco os estudos da nossa rica biodiversidade”, anuncia o presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, Leonardo Melgarejo.

Melgarejo foi um dos debatedores do Agapan Debate, ao lado do biólogo e professor Paulo Brack (Ufrgs), do biólogo Jan Karel Mähler Jr (FZB) e do agrônomo Alexandre Krob (Instituto Curicaca). Todos reforçaram a defesa da FZB, responsável por 0,045% do orçamento do Estado (veja abaixo alguns números da FZB).


NÃO À EXTINÇÃO

Segundo Mähler Jr, a extinção da FZB pode acarretar uma multa de U$ 752 mil pela interrupção de contratos, como o do RS Biodiversidade, realizado com recursos do Banco Mundial e a não realização de serviços complementares aos da Sema. “A mobilização é grande e com a retirada do PL podemos discutir outros caminhos”, avalia o biólogo, ao descartar emendas ao projeto. “Não existe alternativa à extinção da Fundação”, afirma.

“Com a extinção da FZB, o licenciamento ambiental ficará sem amparo técnico”, destaca Brack, ao observar a importante adesão de técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) na defesa da Fundação. “Nossa avaliação do movimento é positiva. O governador levou um ‘back’ e a Pellini, enfraquecida por apresentar um projeto incompetente, não tem mais condições de ser secretária, pelos retrocessos ambientais que ela facilita ao Estado”, defende Brack. O professor sugere uma audiência com o governador José Ivo Sartori, a quem será entregue um dossiê, preparado por instituições como Ingá, Mogdema, Apedema, Instituto Curicaca e Agapan e por estudantes de graduação do curso de Ciências Biológicas da Ufrgs.

A lista de espécies da fauna gaúcha ameaçadas de extinção, o Plano de Manejo do Parque Estadual Delta do Jacuí e a definição de critérios para a realização do Cadastro Ambiental Rural, especialmente no Bioma Pampa, atribuições de pesquisa dos profissionais da FZB, estão em risco no Estado, lamenta o agrônomo Krob. Segundo ele, o Instituto Curicaca luta pela “manutenção de uma instituição pública, com papel público, que faz o que nenhuma outra faz e com a segurança técnica que os funcionários dão nos processos de decisão e de preservação ambiental”. Krob ressalta não aceitar substitutivos ao PL, mas sua retirada e a reestruturação do sistema de gestão do Estado.


AUDIÊNCIA, ABRAÇO E PEDALADA

O Agapan Debate teve, como encaminhamentos, a realização de um abraço ao Zôo de Sapucaia do Sul, no próximo domingo (23), às 10h, e uma pedalada no sábado (22), com saída às 9h, do Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. O objetivo é sensibilizar e promover um amplo debate público com a sociedade sobre a importância da FZB para a gestão ambiental e proteção da biodiversidade do Estado.

Entre as manifestações em defesa da Fundação Zoobotânica do RS, que prosseguem na capital, ainda na segunda-feira à tarde, servidores da FZB foram à Câmara de Vereadores de Porto Alegre pedir o apoio dos parlamentares contra a extinção da FZB. Uma moção de repúdio ao fim da instituição, proposta pela bancada do PSol, estava prevista para ser votada durante a sessão, no entanto foi retirada a pedido da maioria dos vereadores e, no lugar, foi protocolada uma moção de solidariedade à manutenção da FZB. A nova moção, que deverá ser votada na quarta-feira (19), inclui ainda as fundações de Produção e Pesquisa em Saúde (FPPS) e de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs) para serem extintas. “Vamos contatar com outras câmaras de vereadores para que expressem, através de moções de apoio, a importância de o governo fortalecer e estruturar ainda mais as fundações públicas do nosso Estado”, destaca Melgarejo.


Enquanto isso segue na internet dois abaixo-assinados em defesa da manutenção e fortalecimento da FZB, que podem ser assinados através dos links da Petição Pública (http://bit.ly/1La2cia) e do Avaaz (http://bit.ly/1WnOUSH).





Por que defender a FZB?

Números da Fundação Zoobotânica 

Funcionários – 205 – só três ocupam cargos em comissão

Técnicos de pesquisa – 43 (33 biólogos, 3 engenheiros agrônomos, 3 engenheiros florestais, 2 veterinários, 1químico e 1 paleontólogo

- 70% do quadro técnico possui doutorado

Coleções científicas do Museu de Ciências Naturais – 500 mil exemplares, entre plantas, animais e fósseis

Coleção de plantas vivas do Jardim Botânico – mais de 1.000 espécies e dezenas de milhares de exemplares

Animais do Parque Zoológico – 1.065 animais

Plantel do serpentário – 400 serpentes

Acervo da biblioteca – cerca de 13 mil livros e 1.300 títulos de periódicos científicos


Texto: Adriane Bertoglio Rodrigues / Imprensa Agapan

16 agosto 2015

Piquenique proposto pela Agapan e entidades no Jardim Botânico foi um grande evento

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Em um dia de protestos na rua contra o Governo Federal e também do Festival do Japão que levou uma multidão à Academia da Brigada Militar, o Jardim Botânico recebeu milhares de pessoas que foram protestar contra o projeto de lei n. 300/2015 que extingue a Fundação Zoobotânica e prevê a extinção de todos os seus servidores. A Agapan, o Instituto Curicaca, o Ingá, e outras, junto com o povo de Porto Alegre se fez presente em massa no evento. Confira a matéria produzida pela Apedema.

Texto: João Batista Santafé / Apedema

14 agosto 2015

Agapan Debate, piquenique e audiência pública contra possível extinção da FZB

Arte com foto de Caroline Ferraz/Sul21
A possível extinção da Fundação Zoobotânica do RS, proposta pelo governador José Ivo Santori, é tema do Agapan Debate Especial que acontece na próxima segunda-feira (17), às 18h30, no Semapi (Rua Lima e Silva, 280). Participam do debate o engenheiro agrônomo e presidente da Agapan, Leonardo Melgarejo, o biólogo e professor Paulo Brack (Ufrgs), a bióloga Andréia Carneiro (FZB) e o agrônomo Alexandre Krob (Instituto Curicaca). O Agapan Debate tem apoio do Ingá, Mogdema e Apedema e entrada gratuita.
O Agapan Debate acontece após o Piquenique Contra a Extinção da FZB, que será realizado no Jardim Botânico, domingo, das 13h às 17h. Durante o Piquenique, a associada mirim da Agapan, Giordanna Bastos da Motta, de 9 anos, vai tocar teclado. “Quando ela me pediu, aceitei na hora”, exclamou Edi Fonseca, conselheira da Agapan, ao alertar para o uso de sacolas para carregar os resíduos. “Cada um é responsável pelos resíduos que produz, por isso, levem recipientes para acondiciona-los e não deixem no parque nada além de pegadas”, diz.
Também na segunda-feira (17), às 9h, está programado Ato pela retirada do PL 300/2015, que extingue a FZB, em frente à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Borges de Medeiros, 260).
Quinta-feira (20), às 9h, na Assembleia Legislativa, tem Audiência Pública sobre a extinção da FZB. “O objetivo é promover um amplo debate público com a sociedade sobre a importância da FZB para a gestão ambiental e proteção da biodiversidade do Estado”, destaca o deputado Altemir Tortelli, proponente da audiência e integrante da Frente Parlamentar em Defesa dos Parques Públicos e Estaduais e do Zoológico, além da Comissão de Agricultura.
Dois abaixo-assinados de apoio à manutenção e ao fortalecimento da FZB podem ser assinados através da Petição Pública e do Avaaz.

Assessoria de Imprensa da Agapan
Jornalistas Adriane Bertoglio Rodrigues e Heverton Lacerda
51-9813-1785 e 9862-7228

13 agosto 2015

Ações em defesa da Fundação Zoobotânica

Participe do piquenique (16.08) e do ato (17.08) em defesa da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. #AGAPAN_é_FZB

16.08.2015


17.08.2015


07 agosto 2015

Nota à população: Fundação Zoobotânica

Após o anúncio feito pelo governo do Estado do RS nesta quinta-feira (6) de que pretende extinguir, entre outras, a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB), a Agapan vem a público manifestar seu repúdio à infeliz iniciativa do Governo e apoio aos profissionais e servidores da FZB.
Com esta proposta, o governo do Estado demonstra total incapacidade de reconhecer a importância para a população gaúcha de uma das mais respeitáveis estruturas públicas do Rio Grande do Sul, a Fundação Zoobotânica, órgão que é referência da pesquisa científica gaúcha. 

A FZB é constituída pelo Museu de Ciências Naturais, pelo Jardim Botânico e pelo Parque Zoológico. A proposta de extinção deste importante órgão, que há mais de 42 anos vem desenvolvendo pesquisas no RS, abala o saber científico em nosso estado. A Fundação Zoobotânica, sempre destacou-se pelo alto nível de seus técnicos, bem como pela excelência e comprometimento de suas pesquisas, cujo trabalho a tornou respeitada e reconhecida internacionalmente.

A extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul representa um retrocesso para a biodiversidade e para o povo gaúcho!



03 agosto 2015

Emissão de fumaça escura preocupa moradores


Segundo a assessoria de imprensa da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a emissão de fumaça que ocorreu no início da tarde dessa segunda-feira (3) na planta de Guaíba (RS) da fábrica Celulose Riograndense não apresenta riscos para a saúde dos trabalhadores e dos moradores. Não obtivemos informações sobre os elementos químicos presentes na fumaça.

Preocupada com a emissão de fumaça escura, uma moradora contatou a Fepam para obter informações e foi informada que se tratava de material particulado. 

Panfleto sem assinatura defende fábrica de celulose, em Guaíba

Atribuído a "trabalhadores da Celulose Riograndense e também moradores de Guaíba", panfleto distribuído neste domingo (02/08) próximo a uma festa que acontecia em igreja do balneário Alegria, em Guaíba (RS), tinha a pretensão inicial de "explicar o que fazemos e como fazemos, para que não sejam usadas inverdades sobre o nosso trabalho". Uma cópia do panfleto foi enviada para a imprensa da Agapan por um morador de Guaíba para alertar sobre a estratégia. 
Ainda que não seja assinado por pessoas físicas ou entidades jurídicas, o panfleto indicava ser "uma iniciativa dos empregados e prestadores de serviço da CMPC". O conteúdo repete o discurso que a empresa divulga oficialmente para se defender das acusações.

Alguns empregados (ao fundo, na foto) já haviam se manifestado em favor da fábrica, com cartazes, inclusive, justamente no mesmo dia (28/07) e local em que moradores haviam programado uma manifestação contra os impactos locais causados pela fábrica (primeiro plano da foto). Por este motivo, alguns moradores desconfiam de que algum empregado da fábrica esteja infiltrado no grupo para monitorar as articulações de protestos.
Conforme a conselheira e ex-presidente da Agapan Edi Fonseca, a tática de tentar sobrepor a importância dos empregos à qualidade de vida e à saúde da população já é conhecida e continua sendo repetida, de forma irresponsável.

Gritos do silêncio


Diante do descaso do Estado, da fábrica e da imprensa local em relação às suas reclamações e pedidos de socorro, algum moradores buscaram na Agapan uma opção de apoio para enfrentar a gigantesca papeleira, que cresce e descarrega o bafo cada vez mais enfadonho de seu metabolismo voraz sobre a comunidade. 
Com a ajuda da entidade ambientalista, que há quatro décadas alerta para os riscos que a fábrica representa - não só para os moradores de Guaíba, mas, também, para o rio e para o bioma Pampa -, os moradores estiverem reunidos com o Ministério Público do Rio Grande do Sul. No dia 19 de junho, a reunião foi realizada no Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Caoma/RS). Na ocasião, o promotor de Justiça Daniel Martini recebeu integrantes da Agapan e uma comissão de moradores para conhecer maiores detalhes sobre a questão.

Imprensa dominada 2

No dia 22 de junho, publicamos uma retranca, junto à matéria que apresentava a denúncia da Agapan e de moradores de Guaíba contra a fábrica Celulose Rigrandense ao Ministério Público, intitulada "Imprensa dominada". Naquele pequeno espaço, buscamos denunciar, também, a estratégia que a empresa utiliza para criar uma imagem (falsa) de empresa gaúcha que se interessa pela comunidade e tem boas ações socioambientais. 
Na nota, alertamos que "ao comprar páginas inteiras, estampar pseudo-mensagens alusivas à proteção ambiental e patrocinar projetos editoriais dos jornais, a fábrica busca o abafamento de debates e notícias quanto à sua pouca importância social para as comunidades, sobressaindo-se o aspecto econômico, que tanto agrada empresas, políticos e gestores públicos". Também citamos uma reportagem especial feita pelo jornal Zero Hora (Grupo RBS) que apelidava "carinhosamente" as monoculturas de eucaliptos espalhadas pelo RS de "ouro verde".
Após isso, o jornal procurou a Agapan e, no dia 25 de julho, publicou uma matéria com dados apontados pela Agapan e reclamações de moradores de Guaíba que revelam preocupantes irregularidades ocorridas na fábrica. 
No dia 30 de julho, foi a vez da equipe de reportagem do Jornal do Almoço (RBS TV/Grupo RBS) fazer uma matéria sobre o problema. Ocupando cinco minutos do horário nobre da emissora, a reportagem apresentou relatos de moradores sobre os problemas observados nas proximidades da fábrica e dedicou boa parte do espaço para o contraponto da empresa Celulose Riograndense. A matéria também afirma que a fábrica foi multada cinco vezes em um ano pela Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam). No entanto, o diretor industrial da empresa, José Ventura, diz que as infrações fazem parte do período de ajustes da fase de ampliação da fábrica, que dura só seis meses. Os dados não batem. Após a exibição do vídeo da reportagem, a apresentadora do telejornal entrevista, no estúdio, o diretor técnico em exercício da Fepam, Renato das Chagas e Silva. Questionado sobre se o que está acontecendo é prejudicial à saúde dos moradores, o entrevistado diz que "é prejudicial no sentido do conforto, no sentido de você não ter na sua casa aquela tranquilidade que se tinha...".

O perigo do reducionismo

Imagem: http://www.madrimasd.org/
A Agapan faz questão de frisar - focos que não foram abordados pelas reportagens citadas acima - que, além dos impactos amplamente demostrados sobre os moradores, a atividade realizada pela fábrica é sinônimo de grande risco (consentido pelo Estado/Fepam) para o rio Guaíba, que abastece de água os moradores de Porto Alegre e outras cidades. Também é muito grande o impacto que o bioma Pampa vem sofrendo (cultural e ecologicamente) com as imensas áreas que vêm sendo plantadas com monoculturas de eucaliptos, árvores que consomem grande volume de água do subsolo gaúcho. 
O problema da seca, como acontece em São Paulo, é um fantasma que não pode ser ignorado pela comunidade gaúcha e, principalmente, pelos gestores públicos.