27 setembro 2012

Agapan na pressão pela retirada de projeto de lei que flexibiliza lei dos agrotóxicos


Deputado Ronaldo Santini conversa com
ambientalistas (Foto: Ederson da Rocha/Divulgação)


A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), a Secretaria Estadual de Agricultura (Seapa), o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea/RS), o Ministério Público Estadual, o Conselho Estadual da Saúde, a Emater/RS-Ascar e a Bancada do PT foram algumas das organizações e instituições que se manifestaram contra a votação o Projeto de Lei nº 78/2012, que flexibiliza o uso e as regras para a comercialização de "agroquímicos" no Estado.

A partir de manifestos e grande repercussão nas mídias sociais fez com que o deputado proponente, Ronaldo Santini (PTB), desistisse e retirasse o projeto, alegando “não conhecer tecnicamente a matéria”, que não entende nada de agrotóxicos. Santini disse ainda que apresentou o projeto a pedido de dois deputados federais: Renato Molling (PP) e Paulo Pimenta (PT).


Agora, as atenções se voltam para outro projeto polêmico que transita no legislativo gaúcho, que é o PL 20 /2012, de autoria do deputado Gilmar Sossella (PDT), mais outros 32 deputados gaúchos, que “dispõe sobre a comercialização e o armazenamento de agroquímicos, seus componentes e afins e dá outras providências”. De acordo com a conselheira da Agapan, Ana Maria Valls, “o PL 20 que também precisa ser retirado, para não afrontar o nosso direito à saúde e à informação correta”.

PL 78/2012
A proposta altera a Lei estadual nº 7747/1982 que regulamenta o uso de agrotóxicos e outros biocidas no estado. Essa lei proíbe o uso em solo gaúcho se o agrotóxico também foi proibido em seu país de origem. Essa lei é de vanguarda no estado e, prestes a completar 30 anos sendo inspiração para redação de outras leis em todo o país, está ameaçada.

O PL já teve parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia gaúcha (sessão do dia 11/09). O parecer afirmou que "a norma estadual vigente submete os agricultores gaúchos a tratamento desigual em relação aos demais Estados da Federação, os quais não possuem as limitações impostas ao comércio de agrotóxicos importados existentes no Estado do Rio Grande do Sul". Votaram a favor do PL 78/2012 os deputados: Edson Brum (PMDB), Marco Alba (PMDB), João Fischer (PP), Pedro Westphalen (PP), Ronaldo Santini (PTB), Lucas Redecker (PSDB), Heitor Schuch (PSB) e Raul Carrion (PC do B).

AGAPAN

Fotos:
Deputado:Ederson da Rocha
Pomba: Fernando Baril / Título: AHA 2 Ó

25 setembro 2012

28/ Setembro: Palestra "Megamineração e demais mega obras de infraestrutura e seus impactos socio ambientais no Uruguai"



Deputado retira o projeto que liberaria mais agrotóxicos no RS

Deputado estadual Ronaldo Santini (PTB) retira o projeto de lei que libera agrotoxicos proibidos.

 Santini desiste e retira projeto que flexibiliza lei dos agrotóxicos


Depois de revelar que “não conhece tecnicamente a matéria” e que nada entende de agrotóxicos, o deputado estadual Ronaldo Santini (PTB) anunciou, nesta segunda-feira (24/9), em entrevista à Rádio Gaúcha, que irá retirar o projeto de lei que altera a lei estadual do setor. Apesar de Santini anunciar a retirada do PL 78/2012, que flexibiliza a Lei dos Agrotóxicos, tramita na Assembleia Legislativa do RS um outro Projeto de Lei, o PL 20 /2012, de autoria do deputado Gilmar Sossella mais outros 32 deputados gaúchos, que “dispõe sobre a comercialização e o armazenamento de agroquímicos, seus componentes e afins e dá outras providências”.

A proposta do PL 78/2012 tinha votação prevista para terça-feira, dia 25, quando poderia anular outro projeto aprovado na Casa em 1982, de autoria do ex-deputado Antenor Ferrari (PMDB). Santini afirmara anteriormente que os deputados federais Renato Molling (PP) e Paulo Pimenta (PT) lhe pediram que apresentasse o projeto.

Na matéria feita no programa Chamada Geral/2ª Edição, com o jornalista André Machado, além da entrevista com o deputado Santini o destaque para a mobilização de entidades ambientalistas, em especial a AGAPAN, contra o projeto de lei. O comentário do jornalista André Machado, no final da matéria, é exemplar!


A nota em anexo (PDF):
 Carta do Ministerio Publico

Ministério Público do RS também fez uma manifestação aos deputados sobre o PL 78/2012

Trecho do documento:

Porto Alegre, 21 de setembro de 2012.

A Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio dos seus Associados signatários, com o objetivo de colaborar para o bom desenvolvimento do processo legislativo, vem externar seu posicionamento a respeito das premissas equivocadas e da grave incoerência sistêmica inerentes à proposta de alteração legislativa contida no PL 78/2012, de autoria do deputado Ronaldo Santini (PTB), que visa a dar nova redação a parte da Lei Estadual nº 7.747, de 22 de dezembro de 1982, que regulamenta o uso de agrotóxicos e outros biocidas em nível estadual.

Pioneira no Brasil, a legislação gaúcha vigente proíbe, no caso de importação, o comércio e o uso de agrotóxicos que não comprovem uso permitido em seu país de origem (§ 2º do art. 1º).

O projeto de Lei em questão quer alterar justamente essa parte da lei, propondo a seguinte redação:
“É vedado ao órgão estadual exigir, como condição ao cadastramento de produtos agrotóxicos, seus componentes e afins (e/ou biocidas), a comprovação de autorização de utilização do produto, seus componentes e afins no país de origem, assim considerado aquele que originou a síntese correspondente ao princípio ativo da substância; o país em que é gerada ou manufaturada a tecnologia e aquele de onde o produto é importado”.

Na prática, a medida significaria liberar agrotóxicos, hoje proibidos no Rio Grande do Sul, sem prévia testagem e aprovação em seus países de origem, colocando em risco a saúde de nossos trabalhadores, da população em geral e do meio ambiente.

A nota em anexo (PDF):
  Carta do Ministerio Publico 

 Fonte: blog Poa Resiste
 Foto: Marcelo Bertani / Ag AL

24 setembro 2012

Abaixo-assinado: Eu não quero mais agrotóxico no RS, tchê!


Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

Eu não quero mais agrotóxico no RS, tchê!



Caro deputado(a), Eu não quero mais agrotóxico no RS, tchê!! Venho através deste externar, minha contrariedade ao PL 78/12. O citado PL altera a Lei nº 7.747/82 – Lei dos Agrotóxicos – visando permitir que o RS cadastre para uso aqueles agrotóxicos e componentes ativos banidos em seus países de origem. Até então o RS sabiamente os proibia. Quem defende a promoção de saúde, a qualidade de vida e manutenção do ambiente ecologicamente equilibrado não pode ser favorável ao uso indiscriminado dos agrotóxicos. Sendo assim, solicito o seu apoio contra o PL 78/12, que “legaliza” um maior envenenamento dos gaúcho e gaúchas e compromete a conservação e preservação da biodiversidade.



http://www.avaaz.org/po/petition/Eu_nao_quero_mais_agrotoxico_no_RS_tche_1/?tta

21 setembro 2012

Carta para Assembléia Legislativa do RS: Contra a PL 78/2012 que coloca em risco a saúde da sociedade gaúcha


 AGAPAN enviou hoje para todos os deputados do RS esta carta, envie você também para eles.

Lamentamos profundamente que Deputados da nossa Assembleia Legislativa usem o espaço da Casa do Povo para propor normas que colocam em risco a nossa saúde, as funções fiscalizadoras do Estado e a nossa soberania.
 

Conclamamos a sociedade gaúcha a lutar por este direito conquistado, de não beber do veneno que outras sociedades já definiram que não beberão.

 Carta na íntegra  aqui




CONTRA O PL 78/2012 QUE COLOCA EM RISCO A SAÚDE DA SOCIEDADE GAÚCHA.
Senhor Presidente,
A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN -
vem por meio desta denunciar o descaso dos senhores deputados estaduais com a saúde humana, animal e ambiental no nosso Estado, na forma do PL 78/2012, que desautoriza o Estado na ação de fiscalização sobre os agrotóxicos proibidos nos seus países de origem.


Na década de 1980, após várias denúncias de contaminação por agrotóxicos em culturas, como tomate e morangos, e nas águas do Guaíba, a comunidade gaúcha organizou-se para conseguir uma Lei que lhe desse um mínimo de proteção frente aos venenos agrícolas utilizados de maneira ilegal, imoral e criminosa no Rio Grande do Sul.


Depois de muitos debates, onde as forças do Estado foram ouvidas em eventos, audiências e plenárias nessa Assembleia Legislativa, conseguimos aprovar a Lei 7747/82, sendo esta um avanço, que serviu de exemplo para mais 15 estados brasileiros, preocupados na época com a problemática dos agrotóxicos. Lembramos que no hino rio-grandense, tão cantado na semana Farroupilha, nos orgulhamos quando entoamos “sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra”. Com certeza este verso foi esquecido pelos deputados que apoiam o PL 78/2012.


A Lei 7747/82, em seu Art.1º § 2°, determina que “Só serão admitidos, em território estadual, a distribuição e comercialização de produtos agrotóxicos e biocidas já registrados no órgão federal competente e que, se resultantes de importação, tenham uso autorizado no país de origem”. Esta determinação é tão simples e tão fácil de ser controlada. Se não serve para a população do país de origem, que não quer prejudicar sua saúde, não serve para nós, que também não queremos prejudicar nossa saúde.
Pois bem, é esta determinação legal que a proposta do PL78/2012 quer acabar, proibindo o RS de exigir as informações sobre o uso de agrotóxicos no país de origem.
Que interesses serão protegidos se o PL 78/2012 for aprovado? Com certeza não os da saúde da população gaúcha, nem o dos agricultores, que querem cultivar alimentos neste Estado e ter garantida também a sua saúde como trabalhador.

Seria para proteger os interesses das empresas estrangeiras produtoras desses venenos agrícolas, que encontraram na Assembleia Legislativa do RS guarida para seus interesses econômicos?
Seria para impedir que nossas façanhas se estendam para todo o país?
 

Lamentamos profundamente que Deputados da nossa Assembleia Legislativa usem o espaço da Casa do Povo para propor normas que colocam em risco a nossa saúde, as funções fiscalizadoras do Estado e a nossa soberania.
 

Conclamamos a sociedade gaúcha a lutar por este direito conquistado, de não beber do veneno que outras sociedades já definiram que não beberão.

Exmo Sr.
Dep. Alexandre Postal
MD Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
N/C


Observação:
É necessário dizer que a bancada do PT - através dos deputados Raul Pont e Edegar Pretto - foi a única a votar na Comissão de Constituição e Justiça contra a constitucionalidade desse projeto.
Mais: o líder da bancada petista, dep. Edegar Pretto, o representante do PT na Mesa Diretora da Assembleia, dep. Luís Lauermann, e o dep. Valdeci Antunes, líder do governo na Assembleia - todos petistas - na terça-feira não darão acordo para a inclusão desse projeto na Ordem do Dia, impedindo que seja votado no plenário naquele dia.
Isso dará, então, tempo até o dia 9 de outubro para organizar a reação e a pressão sobre todos os partidos inclinados a aprovar o projeto. 




Carta na íntegra  aqui

Veja o PL na íntegra:  http://proweb.procergs.com.br/consulta_proposicao.asp?SiglaTipo=PL+&NroProposicao=78&AnoProposicao=2012

20 setembro 2012

Manifesto contra a alteração da Lei dos Agrotóxicos



CONTRA O PL 78/2012 QUE COLOCA EM RISCO A SAÚDE DA SOCIEDADE GAÚCHA.
A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) vem a público denunciar mais um descaso dos senhores deputados estaduais com a saúde humana, animal e ambiental no nosso Estado, na forma de um projeto de lei (PL 78/2012) que desautoriza o Estado na ação de fiscalização sobre os agrotóxicos proibidos nos seus países de origem.

Na década de 1980, após várias denúncias de contaminação por
agrotóxicos em culturas, como tomate e morangos, e nas águas do
Guaíba, a comunidade gaúcha organizou-se para conseguir uma Lei que
lhe desse um mínimo de proteção frente aos venenos agrícolas
utilizados de maneira ilegal, imoral e criminosa no nosso Rio Grande
do Sul.

Depois de muitos debates, onde a sociedade gaúcha se manifestou de
forma contundente em eventos, audiências e plenárias da Assembleia
Legislativa, entre outros fóruns de discussão, conseguimos aprovar a
Lei 7747/82, sendo esta um avanço que serviu de exemplo para mais 15
estados brasileiros, preocupados, na época, com a problemática dos
agrotóxicos.

 A Lei 7747/82, em seu Art.1º § 2° determina que “Só serão admitidos,
em território estadual, a distribuição e comercialização de produtos
agrotóxicos e biocidas já registrados no órgão federal competente e
que, se resultantes de importação, tenham uso autorizado no país de
origem”.

  
Esta determinação é tão simples e tão fácil de ser controlada pela
fiscalização: se não serve para a população do país de origem, que não
quer prejudicar sua saúde, não serve para nós, que também não queremos
prejudicar nossa saúde. Atualmente, esta mesma determinação é tema de
discussão em nível federal, com o objetivo de ampliar a norma para
todo o país.

Pois bem, é esta determinação legal que a proposta do PL78/2012 quer
acabar, proibindo o RS de exigir as informações sobre o uso de
agrotóxicos no país de origem. Que interesses serão protegidos se o PL
78/2012 for aprovado? Com certeza não os da saúde da população gaúcha.
Com certeza, não o dos agricultores, que querem cultivar alimentos
neste Estado, garantindo também a sua saúde como trabalhador.

Seria para proteger os interesses das empresas estrangeiras produtoras
dos venenos agrícolas, que encontraram, na Assembleia Legislativa do
RS, guarida para seus interesses econômicos?

Seria para impedir que o nosso exemplo se estenda para todo o país,
agora que esta norma é discutida em âmbito federal?

É importante dizer que é criminosa toda lei que pretenda deter a ação
do Estado no cumprimento de sua obrigação legal, de informar a
população e tomar medidas para protegê-la de qualquer situação que
possa colocar em risco a saúde pública.

Lamentamos profundamente que deputados da nossa Assembleia Legislativa
usem o espaço da Casa do Povo para propor normas que coloquem em risco
a nossa saúde, as funções fiscalizadoras do Estado e a nossa
soberania.

Conclamamos a sociedade gaúcha a lutar por este direito conquistado,
de não beber do veneno que outras sociedades já definiram que não
beberão.



Porto Alegre, 19 de setembro de 2012.

AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural

AGAPAN, AMABI e AMIGOS DA GONÇALO em reunião na SMAM sobre manutenção de árvores em Porto Alegre

À partir da esquerda: Marcelo, Miriam, Edi e Francisco Mellos (SMAM)
No fim da tarde do dia 12 de setembro aconteceu uma reunião com o supervisor de Praças, Parques e Jardins da SMAM. A reunião foi motivada pelo corte de uma antiga árvore na Gonçalo de Carvalho e também para tratar de outros assuntos relativos a manutenção de árvores na cidade e buscar informações sobre desastrosas podas de árvores ocorridas recentemente, em especial na Avenida Ipiranga .
A criminosa poda de árvores na Av. Ipiranga - Foto: Espiral Positiva
Estiveram presentes Miriam Löw e Edi Fonseca pela AGAPAN, arquiteto Marcelo Ruas (morador da Gonçalo e presidente da AMABI quando do tombamento da rua) e Cesar Cardia (administrador do Blog, integrante do "Amigos da Gonçalo" e também associado da AMABI e AGAPAN).

Supervisor Francisco Mellos e Miriam Löw, da AGAPAN.


Também estava combinado as presenças de representantes da atual direção da AMABI e também da recém criada Associação de Moradores da Gonçalo (AmoGonçalo), mas por problema de agenda eles não puderam comparecer naquele horário. O supervisor Francisco Mellos foi muito atencioso conosco, escutou nossas críticas e algumas sugestões. Justificou que as terríveis podas de árvores ocorridas na Ipiranga foram feitas pela CEEE, que inclusive foi autuada e multada pela SMAM. Prometeu ouvir a comunidade e também discutir internamente para a nossa sugestão de criação de uma "ouvidoria" na SMAM, com objetivo bem distinto do 156, serviço existente também para denúncias à SMAM. Outras sugestões da AGAPAN e da comunidade foram bem recebidas, isso terá desdobramento em outros encontros.
Edi Fonseca expõe as lutas e posição da AGAPAN na defesa das árvores.

No próximo dia 25 haverá um "projeto piloto" de análise da arborização na rua Gonçalo de Carvalho, com presença do corpo técnico da SMAM, da comunidade e da AGAPAN. Isso poderá ser umas nova prática da secretaria em toda a cidade, com o objetivo de atuar em parceria com a cidadania de Porto Alegre.



Amigos da Gonçalo de Carvalho

16 setembro 2012

16 de Setembro: Comemore: Caixa DÁgua de Petrópolis é preservada e restaurada

A Agapan parabeniza a Associação de Moradores Petrópolis Vive pela conquista da preservação da antiga Caixa d´Agua de Petrópolis.

Para comemorar a luta de cinco anos pela preservação e restauro da Caixa d´Água presente no bairro desde 1933, a Associação de moradores Petrópolis Vive realiza hoje domingo, dia 16,um encontro de moradores e amigos na Praça Mafalda Veríssimo.

 A Petrópolis Vive destaca seus agradecimentos ao DMAE, Promotoria do Meio Ambiente do MInisterio Publico do RS e o COMPACHC e moradores. "Aproveitamos a oportunidade para ressaltar positivamente a atitude do DMAE, que mesmo tendo defendido a demolição da Caixa dÁgua, uma vez decidida a sua preservação, prontamente iniciou a restauração", declarou a representante da Petrópolis Vive.

Hoje: 16 de setembro
Praça Mafalda Veríssimo Rua Felipe de Oliveira esquina com rua Borges do Canto -
Bairro Petrópolis - Porto Alegre

Horário: 16 às 18 horas Traga o seu chimarrão, petiscos e cadeira.

06 setembro 2012

03/ Setembro: Biólogo: pra que te quero?

Leia o artigo do professor Paulo Brack

No dia do Biólogo, 3 de setembro, nada mais oportuno do que se
refletir sobre a atuação deste profissional, na sua função social e na
condição que lhe é dada para exercer o seu trabalho.

Em primeiro lugar, se voltarmos ao tempo e compararmos com a situação
de agora, teremos que reconhecer que houve um espaço ampliado, ou
conquistado, por este profissional. Fora das salas de aula, até a
década de 70, existia muito pouco espaço para exercer o trabalho, e
com o devido reconhecimento por parte da sociedade, àquele que mais
estuda e defende a vida. De certa forma, a defesa da vida nem sempre
foi tão serena assim.


Leia o artigo do professor Paulo Brack

03 setembro 2012

Presidente da Agapan destaca importância da conservação do solo e da água em debate sobre Código Florestal na Expointer





“Quem tem amor à agricultura sabe da importância da conservação da água, da fertilidade do solo e da regularidade do clima”. A observação foi feita pelo presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, ao participar do 2º Fórum Soja Brasil – Código Florestal e os impactos na produção, realizado na Casa RBS e patrocinado pela Monsanto, Mitsubishi Motors e Basf.

Além de Milanez, participaram o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, o diretor administrativo da Aprosoja/RS, Pedro Nardes; o vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Assuero Doca Veronez; os deputados federais do RS Elvino Bohn Gass (PT), Luiz Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB); o procurador da Fazenda Nacional, Luís Carlos Moraes; o presidente da Embrapa, Pedro Arraes; o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa; o presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RS e comentarista jurídico no Canal Rural, Ricardo Alfonsín, entre outros convidados.
Francisco Milanez falou da platéia.

Para Milanez, os requisitos fundamentais para a agricultura estão se perdendo com o desmatamento para dar lugar a lavouras e criações, a falta de um manejo adequado do solo, que provoca erosão e o assoreamento dos rios, e a desumidificação do clima pela devastação da Amazônia. “Os cientistas confirmam que estamos entrando em um colapso climático, que já ocorre no Polo Norte”, alertou o ambientalista.

“A lógica do mercado é aumentar a produtividade de forma equivocada a partir do uso intensivo de agrotóxicos. A excelente notícia é que a biomineralização pode tornar o país independente de insumos, apesar, claro, da resistência de alguns produtores, por interesses próprios”, disse Milanez, ao conclamar que “precisamos sair da escravatura das commodities”.

ADEQUAÇÕES
O trâmite do novo Código Florestal no Congresso Nacional e os custos dos produtores para adequação à lei ambiental foram os principais tópicos abordados pelos participantes do Fórum, que tinha como tema os impactos da nova legislação. Durante o debate, o procurador da Fazenda Nacional, Luís Carlos Moraes, defendeu um período de transição para a aplicação efetiva da lei, e destacou que “até maio passado a obrigação de recomposição de todas as APPs (Áreas de Preservação Permanente) era do poder público. 

Hoje, ela está sendo jogada para o produtor. Então nós temos que ter uma zona de transição da legislação para que o produtor adeque a sua propriedade à linha de recomposição”, disse. Já o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), disse que o produtor não deve arcar sozinho com os custos da implantação de APPs e Reserva Legal previstas na lei. “O que está em discussão é quem tem que pagar essa conta. Esse país foi habitado por 500 anos pelas margens dos rios e isso era permitido e agora o governo quer que o produtor recupere isso sozinho”.

FUNÇÃO DE PRESERVAÇÃO

Com visão contrária, o deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) destacou a função que as APPs e áreas de Reserva Legal irão cumprir com a nova legislação. Para ele, a função da APP e da RL “é preservar nossas águas, combatendo a erosão, impedindo a morte de peixes, o aquecimento da água. Nós estamos em um país com seca, gente morrendo, animais não tendo o que beber, então temos que preservar nossas águas. 
Se o produtor não podia devastar e devastou, agora ele não pode cobrar a conta do governo”.
Para o deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), ainda não se tem clareza dos impactos do novo Código. Segundo ele, atualmente está em discussão na Câmara dos Deputados uma norma que prevê a avaliação da legislação após a sua aplicação. “Estamos com uma lei para fazer uma revisão do Código em até cinco anos, para discutir os impactos social, econômico e ambiental da lei”, destacou.
O chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, já prevê alguns dos possíveis impactos do Código Florestal. Para ele, o primeiro impacto é a diminuição da área de produção, “fora o custo que se terá para recuperar aquela área (de preservação), porque dependendo do lugar a área não regenera sozinha”, disse.
“O que me preocupa é que o texto é extremamente interpretativo”, afirmou o presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RS e comentarista jurídico no Canal Rural, Ricardo Alfonsin. Para ele, o texto do novo Código Florestal permite que se tire diferentes interpretações. “Nós teremos pela frente uma regulamentação dessa lei. E quem irá fazer essa regulamentação é o Executivo”, observou.

DISCUSSÃO E ACORDOS EM BRASÍLIA
No último dia 29 de agosto, a Comissão Mista que avaliava a Medida Provisória publicada pela presidente Dilma Rousseff com alterações ao texto que passou pelo Congresso, aprovou a proposta, com algumas modificações. A matéria agora precisa ser votada nos plenários da Câmara e do Senado.

Bohn Gass defendeu os vetos e alterações feitos pela presidente Dilma Rousseff ao texto, afirmando que “ os vetos foram direcionados às partes agressivas ao meio ambiente. As alterações da Câmara foram mais agressivas, com anistias generalizadas, e a presidenta vetou. Ela teve um posicionamento equilibrado, porque era “veta tudo” ou “veta nada”, e ela conseguiu resolver os impasses entre esses dois posicionamentos”.

Assessoria de Imprensa Agapan - Adriane Bertoglio Rodrigues
Imagem: Adriane Bertoglio Rodrigues

Energia Fotovoltaica é tema de próxima Terça Ecológica

Será dia 4 de setembro às 19h no auditório do anexo da FABICO. O tema será abordado pelo especialista em sistemas de geração fotovoltaica e veículos elétricos, o engenheiro Luis Maccarini


A questão da energia é estratégica para a economia, a sociedade e o meio ambiente. Na próxima terça-feira, 4, às 19h, no auditório do anexo da FABICO (rua Ramiro Barcelos 2705), o Núcleo de Ecojornalista promove um debate sobre a energia fotovoltaica. O tema será abordado pelo especialista em sistemas de geração fotovoltaica e veículos elétricos, o engenheiro Luis Maccarini.

A energia fotovoltaica é uma fonte energética interminável e possui um impacto ambiental mínimo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a partir do relatório "Um Banho de Sol para o Brasil" do Instituto Vitae Civilis, o Brasil recebe energia solar equivalente a 1013 MWh (mega Watt hora), o que corresponde a 50 mil vezes o consumo anual de eletricidade do país.

Num contexto, onde a necessidade de mudança de matriz energética é urgente, devido ao aquecimento global e à crise ambiental, Maccarini vai mostrar, como possibilidade de transformação de paradigmas, a energia vinda do sol. O engenheiro elétrico já implantou dezenas de geradores solares nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Ele vai contar um pouco de sua experiência, trazendo exemplos de instalações geradoras de energia elétrica a partir do sol e também discutindo mitos relativos ao uso desta fonte energética.

A Terça Ecológica ocorre no dia 4 de setembro, das 19h às 21h, no auditório do anexo da FABICO, situado na rua Ramiro Barcelos 2705. A entrada é franca.


 Por Sarah Bueno Motter - especial para a EcoAgência