29 junho 2011

Filme Home: relato


Assista ao trailler de produção, veja as imagens belíssimas.


O filme Home mostra a realidade das interferências da ação humana sobre a Terra e as consequências de nossos hábitos sobre todo o ciclo de vida no Planeta. O filme é um alerta de que precisamos, mais do que mudar nossas atitudes para com os recursos naturais, pressionar os governantes para que se comprometam com a Vida, que mudem as perspectivas de produção para sistemas mais sustentáveis, priorizando, por exemplo, o uso de novas energias, como a solar e a eólica.

Numa determinada passagem do filme, o narrador descreve a Terra como um mistério “e a vida, um milagre”.

Para valorizarmos e preservarmos nossa sobrevivência sobre o Planeta, precisamos, mais do que nunca, superar a ignorância e a ambição, que nos tornam consumistas vorazes de todos os recursos naturais.

Site do filme:

O filme está disponível para compra nas livrarias por R$ 15,00 ou ainda pelo site do filme. O filme foi totalmente custeado por 88.000 funcionários ao grupo PPR.



Agapan

27 junho 2011

Grupo de trabalho entre Prefeitura e Agapan garante projeto da nova Sede



Parceria foi consolidada em reunião na manhã desta segunda-feira, 27.
A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e a Prefeitura de Porto Alegre fortaleceram parceria para a reconstrução da Sede da entidade, destruída no dia 6 deste mês. O compromisso de apoio da Prefeitura foi reforçado em reunião realizada na manhã desta segunda-feira, dia 27, entre o prefeito José Fortunati e representantes da Agapan.
Com a coordenação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o grupo de trabalho vai envolver as secretarias de Indústria, Comércio e Serviços (Smic) e de Obras e Viação (Smov), além do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e de técnicos da Agapan. O desenvolvimento do projeto e a busca de parcerias para a reconstrução da Sede serão acompanhados pelo conselheiro da Agapan, Francisco Milanez.
RECONHECIMENTO CONSAGRADO
De acordo com o prefeito José Fortunati, “disponibilizar os serviços técnicos das secretarias e mobilizar a iniciativa privada vão garantir meios de construir uma sede para a entidade em outro patamar, com condições de expor o potencial técnico e de conhecimento gerado nesses 40 anos de atuação”, disse. Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Fernando Zácchia, “desenvolveremos um projeto com sustentabilidade”.
O presidente da Agapan, Eduardo Finardi Rodrigues, destaca que a entidade já vinha discutindo um anteprojeto para a sede, que reúne critérios sustentáveis de construção e que permite reforçar a visibilidade da atuação da primeira entidade ambiental do Brasil. “Estamos aqui para fortalecer uma parceria e consolidar essa iniciativa”, disse.
A partir desse projeto de reconstrução da Sede, a Agapan pretende disponibilizar à população todo seu acervo histórico, de 40 anos de lutas 100% voluntárias e conquistas ambientais. “Começamos em 1971”, lembra o conselheiro da Agapan, Francisco Milanez, ao destacar que a visibilidade da entidade iniciou com a luta contra a poda de árvores em Porto Alegre, “que teria outra estética, não fosse a nossa defesa”. A criação das primeiras secretarias municipal e estadual de meio ambiente também foram lembradas como bandeiras defendidas pela Agapan.
Além do prefeito Fortunati, participaram da reunião o secretário da Smam, Luiz Fernando Zácchia, o coordenador do Procon na Smic, Omar Ferri Jr, e o diretor do DMLU, Mário Monckes. Da Agapan participaram o presidente Eduardo Finardi Rodrigues, os conselheiros Francisco Milanez e Sandra Ribeiro e a assessora de Imprensa, Adriane Bertoglio Rodrigues.
A Sede da Agapan foi destruída no último dia 6 de junho, um dia após o Dia Mundial do Meio Ambiente e em meio às atividades de comemoração dos 40 anos da entidade, completados em 27 de abril. “Sabemos que não houve intenção da Prefeitura, apesar na falha verificada no sistema de concessão de alvarás”, lamenta Eduardo Finardi Rodrigues, ao salientar que a Agapan possui termo de permissão de uso por tempo indeterminado, da área localizada na esquina da avenidas Aureliano de Figueiredo Pinto com a Praia de Belas. O documento à Agapan foi registrado em 13 de julho de 2004.
A destruição da Sede da Agapan resultou em abertura de sindicância na Prefeitura e de inquérito criminal policial junto à Delegacia Estadual de Meio Ambiente, que ainda estão tramitando.
Informações:
Assessoria de Imprensa da Agapan
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

22 junho 2011

Dia 28 de Junho: Assista o filme "Home " Um hino para o planeta " e após debate

Clique na imagem para ampliar.

“A tranqüilidade em tempos de crise como os nossos

Afigura-se como uma Irresponsabilidade.

Cada um de nós deve agir rapidamente e juntos,

Porque o relógio está contra nós.

(Estamos perdendo a calota polar ártica

Perdendo o controle do clima)

Temos de nos mobilizarmos para definir

Um novo rumo para nossa vida neste planeta,

Caso queiramos continuar habitando nele (...).

Começou o tempo da consciência da finitude de todas as coisas.

Também daquilo que nos parecia mais perene:

A persistência da vitalidade da Terra,

A continuidade do equilíbrio da biosfera

E a imortalidade da espécie humana “

Leonardo Boff, Filósofo e Teólogo

Um hino para o planeta

HOME é uma ode à beleza do planeta e à sua harmonia. Através das paisagens de 54 países capturadas do alto, Yann Arthus-Bertrand nos conduz em uma jornada única ao redor do planeta para contempla-lo e compreende-lo.

HOME é mais que um documentário com uma mensagem, é um magnífico filme por si só. Cada tomada mostra a Terra como nunca a vimos anteriormente. Cada imagem mostra os tesouros da Terra que estamos destruindo e todas as maravilhas que ainda podemos preservar.

“Do céu há menos necessidade de explicações”. Nossas visões se tornam mais imediatas, intuitivas e emocionais. HOME causa impacto em quem o assiste. Desperta em nós a consciência que é necessária para alterar a maneira como vemos nosso mundo. (HOME abraça a maior edição ecológica que nos confronta e mostra como tudo está interconectado em nosso planeta.)

19 horas: Filme "Home" de Yann Arthus-Bertrand.

21 horas: Debate sobre o filme com Udo Silvio Mohr (arquiteto, professor na Uniritter, conselheiro da Agapan) e Celso Waldemar ( engenheiro agrônomo, vice-presidente da Agapan)


Dia: 28 de junho - Terça-feira - 19 horas

LOCAL: TEATRO GLÊNIO PERES

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE - Av. Loureiro da Silva, 255 - 2° andar

ENTRADA FRANCA - ESTACIONAMENTO FECHADO E GRATUITO


Realização:

Câmara Municipal de Porto Alegre - Teatro Glênio Peres

AGAPAN


Urgente: REAPI pede proteção de vida para ambientalista

Francisco Soares, da FURPA, ameaçado de morte por denunciar danos à natureza.

Diante da invasão, na tarde de ontem, dia 20, por três elementos fortemente armados na residência do ambientalista Francisco Soares, presidente da Fundação Rio Parnaíba-FURPA, e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, a Rede Ambiental do Piauí-REAPI, vem a público denunciar que o ambientalista, que no momento não se encontrava em casa, foi vítima de uma tentativa de assassinato, devido o comportamento dos indivíduos, que uma vez no interior da residência, limitaram-se a procurá-lo, como não o encontraram, saíram em busca de documentos. Quarenta minutos depois, saíram sem nada levaram como fruto de roubo.

Desde 2007 Soares vem promovendo fortes denuncias de crimes ambientais no CONAMA, como os desmatamentos irregulares, as carvoarias e a grilagem de terras no Sul do Estado, na região da Serra Vermelha. Semana passada, a Ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, determinou o enviou da Polícia Federal e fiscais do Ibama e Instituto Chico Mendes-ICMBio, a região, para apurar os crimes denunciados pelo o Ambientalista. O que pode ter contribuindo para desagradar os exploradores da região.

Diante da situação, a REAPI, através das entidades que a compõem está solicitando ao Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e ao Ministério da Justiça, proteção e segurança de vida ao ambientalista.

http://www.furpa.blogspot.com/

fonte: Furpa, CEA.

19 junho 2011

Terça Ecológica discute a responsabilidade sobre o lixo de cada dia

Núcleo de Ecojornalistas do RS promove encontro sobre a situação e a repercussão da lei dos resíduos sólidos no Estado

O lixo é uma questão que geralmente não cheira bem e é tratado como um problema alheio. Todos nós produzimos, mas ainda são poucos aqueles que se comprometem, de fato, com a sua destinação. Somente na capital gaúcha, a cada 24 horas, cerca de 978 gramas de lixo são coletados por habitante. De acordo com números relativos às coletas de 2010 do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, ao fim de cada dia quase 1,4 toneladas de resíduos são recolhidas apenas m Porto Alegre.

A recente Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, regulamenta a destinação final dos lixos, mas ainda depende da elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para acesso a recursos federais relacionados ao tema. Esta lei estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, além dos consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Para debater a situação da Capital e como esta lei está repercutindo no Estado, a Terça Ecológica deste dia 21 traz a engenheira química da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Carmem Níquel, e o repórter e editor do Coletivo Catarse, André de Oliveira para debater o assunto. O evento acontece no auditório pequeno do Instituto Federal Rio Grande do Sul (ex-Escola Técnica), às 19 horas e tem entrada franca.

Carmem Níquel já tem 30 anos de trabalho na Fepam e atua no serviço de licenciamento de atividades industriais em impalantação; André de Oliveira é um dos responsáveis pela produção do vídeo sobre lixo doméstico, a ser exibido durante o evento.

A Terça Ecológica é um evento mensal do Nícleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS), realizado desde 1994, que reúne especialistas para debater assuntos ambientais com a comunidade. A entrada é franca. Mais informações sobre as atividades do NEJ-RS podem ser encontradas no site: www.ecoagencia.com.br.


Serviço:

Terça Ecológica sobre resíduos sólidos

Dia: 21/06/2011

Horário: 19h

Local: Auditório pequeno do Instituto Federal Rio Grande do Sul (ex-Escola Técnica). Rua Ramiro Barcelos, 2777 - Bairro Santana – Porto Alegre/RS

Entrada franca

Agapan: quem podará a resistência ecológica?




Na derrubada irregular de casa-símbolo do ambientalismo brasileiro, retrato da dura batalha por nova relação entre ser humano e natureza

Por Elenita Malta Pereira, colaboradora de Outras Palavras

A “poda”: Como se não bastassem os recentes acontecimentos ruins para as florestas brasileiras, na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, ocorreu mais um episódio infeliz para quem se preocupa com a natureza no Brasil. No dia 6 de junho, a sede da Associação Gaúcha de Proteção Ambiental (Agapan), primeira ONG ecologista do país — acabou de completar 40 anos de atividade em abril deste ano – foi destruída, em Porto Alegre, numa sequência de irregularidades.

A demolição foi contratada pela empresa Peruzzato e Kindermann, que pretendia construir uma pizzaria e uma floricultura no local. O “serviço” foi realizado na tarde do dia 6, com um alvará provisório assinado por funcionários da secretaria Municipal de Indústria e Comércio (SMIC), e não pelo titular da pasta, o Secretário Valter Nagelstein. O problema é que a Prefeitura Municipal concedeu à Agapan o usufruto do terreno, localizado no bairro Praia de Belas (zona nobre da cidade), por 20 anos, desde julho de 2004. Na sede, onde a entidade realizava suas reuniões semanais, havia um telhado sustentável e um projeto de tijolos ecológicos.

Além da destruição indevida, os órgãos públicos estão sob suspeita de irregularidades administrativas. A SMIC não concedeu licença de demolição do imóvel, nem poderia fazê-lo, pois licenças desse tipo são da alçada da secretaria Municipal de Obras e Viação (SMOV). Mas autorizou a Peruzzato e Kindermann a utilizar o local para seus empreendimentos. Outro aspecto questionável foi a concessão do alvará para uma empresa privada, em área de propriedade pública, pela própria Prefeitura. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa da Agapan, o erro maior partiu da secretaria da Fazenda Municipal, que não averbou o Termo de Usufruto assinado em 2004 e, por isso, o alvará foi emitido.

O caso está sendo apurado na Delegacia Estadual do Meio Ambiente, a cargo da delegada Elisângela Reghelin, e foi aberta sindicância interna na Prefeitura de Porto Alegre para investigar responsabilidades. Felizmente, o arquivo da entidade havia sido transferido para outro local, já que a sede demolida era uma construção em madeira.

A História: A Agapan foi uma das primeiras entidades de militância ecológica do Brasil; sua história se confunde com o surgimento do movimento ambientalista no país. Fundada em 27 de abril de 1971 (foto abaixo), por um grupo de naturistas preocupados com a visibilidade cada vez maior dos problemas ambientais, entre eles José Lutzenberger, Augusto Carneiro, Hilda Zimmermann e Flávio Lewgoy, foi protagonista de uma série de lutas importantes no contexto dos anos 1970-80. Seus membros promoveram o combate ao corte de árvores em zonas urbanas; à caça indiscriminada; às devastações das florestas e às queimadas; ao uso exagerado dos meios mecânicos contra o solo e a toda erosão provocada ou facilitada; à poluição do ar causada pelas indústrias e veículos; à poluição dos cursos d’água pelos resíduos industriais e esgotos não tratados; ao uso indiscriminado de agrotóxicos; à destruição desnecessária de belezas paisagísticas.

Principal teórico e primeiro presidente da entidade, o Agrônomo José Lutzenberger difundia também a luta por uma nova ética ecológica. Em seu livro Manifesto Ecológico Brasileiro – Fim do Futuro?, ele afirmava que os recursos do planeta Terra são limitados, e, numa perspectiva funcionalista, propôs a preservação de todas as espécies sem exceção, pois entendia a “Ecosfera” como uma unidade funcional em que cada peça (espécie) tem sua função específica, complementar de todas as demais. Em vista disso, para Lutzenberger, “a Ecologia, como Sinfonia da Vida é a ciência da sobrevivência”.

Dentre as batalhas iniciais da Agapan, três se destacaram: a luta contra a Borregaard, fábrica de celulose que se instalou às margens do Rio Guaíba sem colocar filtros em suas chaminés, o que causou enorme poluição no entorno de Porto Alegre, em 1973; o episódio em que o estudante universitário Carlos Dayrell subiu numa Tipuana, na frente da Faculdade de Direito da UFRGS, conseguindo conter uma sequência de cortes de árvores para a construção do Viaduto Imperatriz Leopoldina, em 1975; e a “Operação Hermenegildo”, campanha contra a mortandade de moluscos, peixes, animais e até seres humanos na Praia do Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, no ano de 1978. Esses dois últimos casos geraram atritos com representantes da “ordem pública”. A partir do ato de Dayrell, os militares tomaram conhecimento da Agapan, considerando-a subversiva, inicialmente. Em plena ditadura militar, num contexto de repressão, a ecologia era uma luta possível, que ia contra os planos desenvolvimentistas do Estado.

Desafios: Pelo histórico de lutas, o “golpe” sofrido pela Agapan foi grande e causou a mobilização da comunidade ambientalista, que se manifestou a favor da entidade (na foto principal, a plantação de um pé de louro, no terreno da casa derrubada). O prefeito de Porto Alegre e outras autoridades públicas também se solidarizaram. Já havia um projeto de construção de uma nova sede sustentável; pode ser que agora, com a repercussão na mídia, recursos sejam alocados nesse sentido.

É simbólico que a demolição tenha acontecido na Semana do Meio Ambiente e no ano em que a Agapan festeja os 40 anos de existência. Assim como a derrota na Câmara, na aprovação do Código Florestal, e o assassinato de seringueiros-ambientalistas na Amazônia, esse lamentável episódio demonstra o quanto é difícil e arriscado defender a natureza no Brasil.

Mostra também o quanto a violência está presente em nossa sociedade, na área urbana ou rural, de Norte a Sul do país, quando se trata de riquezas naturais. A perspectiva do ganho econômico, imediatista, leva a condutas mesquinhas e ultrapassadas. Com o pretexto de construir uma pizzaria, passa-se por cima da sede de uma importante entidade ecologista gaúcha, assim como as motosserras, ou os tratores e correntes derrubam inúmeras árvores centenárias, na Amazônia, para plantar e criar gado.

Com todo o propagado “desenvolvimento” tecnológico do Século 21, a relação homem-natureza no Brasil ainda é primitiva, baseada na violência e na ambição. Seria preciso um grande esforço de conscientização para superar esse atraso e compreender a interdependência que envolve todos os seres vivos. Por enquanto, resta desejar boa sorte à AGAPAN e a todos os que assumirem o duro – mas tão importante – desafio de lutar pela proteção da natureza brasileira.


Elenita Malta Pereira é historiadora e doutoranda em História na UFRGS

fonte: site www.outraspalavras.net

12 junho 2011

Louro é plantado no terreno da Agapan, que teve Sede destruída


Manifestantes repudiam situação ambiental do Estado e do país e secretário da Smic promete auxílio à reconstrução da Sede.

Indignação, força e união. Com estes propósitos, mais de 50 pessoas participaram de uma caminhada de apoio à Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) até a Sede, destruída na última segunda-feira, dia 6. A saída, da frente da Igreja Santa Terezinha, no bairro Bom Fim, prevista para às 10h30, foi conturbada. Alguns manifestantes repudiaram a presença do secretário Valter Nagelstein, da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic). Eles criticaram a cedência, pela Smic, de alvará de funcionamento de uma pizzaria no local onde é a Sede da Agapan. Ao final do percurso, no local, hoje destruído, os manifestantes plantaram uma muda de Louro, espécie nativa, simbolizando firmeza.

“Vida longa à Agapan” e “Não vai ser hoje, nem amanhã, que vão podar a luta da Agapan”, aclamavam, durante a caminhada, organizada pelo PSol e PV, com apoio da Apedema, do Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba, do Ingá, da Amigos da Gonçalo, do Núcleo de Ecojornalistas do RS e do Fórum em Defesa do Código Florestal, com a proteção da Guarda Municipal. Além do apoio à Agapan, na responsabilização dos culpados pela destruição da Sede, os manifestantes reforçaram o repúdio à recente aprovação de modificações no Código Florestal Brasileiro.

“Nesse ato simbólico, de plantio de uma árvore, queremos registrar nossa indignação à toda agressão que ocorre no país”, afirmou Montserrat Martins, membro da Executiva do PV do RS. Para ele, a manifestação serve de força e união do movimento ambiental e dos partidos políticos que se opõem ao ataque ao meio ambiente. “Que nossa indignação a todo esse desmanche da natureza e das nossas legislações nos una ainda mais”, disse, ao cobrar medidas concretas de responsabilização dos responsáveis.

Para o vereador Pedro Ruas (PSol), “a concessão de alvará em área pública, pela própria Prefeitura, reflete a incompetência e a irresponsabilidade da gestão municipal”. Ruas analisa que a Agapan é mais do que um símbolo de 40 anos de preservação , cuja história é destruída por vândalos na busca do lucro. “A destruição não mata a luta dessa entidade. Pelo que a Agapan representa à sociedade, a reconstrução de sua Sede é imprescindível”, defende o vereador.

A manifestação foi acompanhada pelo compositor e cantor Raul Ellwanger que analisou a destruição da Sede como intenção de “machucar o pensamento ambiental”. Para ele, “a natureza já dá sinais das ações e das consequências do neoliberalismo, para o qual tudo é e pode ser resolvido pelo mercado”. Raul defende a Terra como um bem precioso, cuja preservação deve ser priorizada, “ao contrário de se permitir a voracidade em usar nossos bem naturais pelo segmento privado”.

O presidente e o vice da Agapan, Eduardo Finardi e Celso Waldemar, ao lado dos demais integrantes que receberam os manifestantes na área da Sede, agradeceram a manifestação e a retomada da luta ambiental. “Se hoje Porto Alegre é uma das cidades mais arborizadas do país é porque tivemos a militância do Lutzenberger, do Augusto Carneiro e do Carlos Alberto Dayrell, que defenderam a preservação das árvores, lá no início da nossa história”, lembrou Finardi. Para a conselheira da Agapan, Sandra Ribeiro, além da luta pela preservação do Código Florestal e da legislação ambiental do RS, “é preciso chamar a atenção para o Plano Diretor de Porto Alegre, que está permitindo a devastação de áreas verdes na Zona Sul”. Sandra analisa que o RS sempre foi vanguarda em termos de preservação e lamenta que “a alteração das leis tem permitido dizimarem nossas áreas verdes”.

RESPONSABILIDADES

Ainda no local de concentração da caminhada, o ambientalista Sylvio Nogueira, do Movimento em Defesa da Orla, desabafou seus motivos para desistir da caminhada. Para ele, não existe alvará provisório. “A Prefeitura é responsável pela situação da Agapan, que teve sua Sede destruída pelo jeitinho brasileiro”, disse, ao justificar sua desistência em integrar a caminhada, pela presença do secretário da Smic.

Nagelstein afirmou que o alvará não tem nada a ver com a destruição. “Estou aqui para combater a propagação de ideias contrárias”. O secretário, que não participou da caminhada, diz defender a condenação dos criminosos envolvidos nesse processo e a revisão e melhoria do sistema de alvarás provisórios. “Eles criaram CNPJ com o endereço da Agapan e constituíram empresa na Junta Comercial. Para a solicitação de alvará de funcionamento, apresentaram todos os documentos exigidos. É impossível conferir os endereços dos mais de dois mil pedidos mensais”, explica, ao contabilizar, em 2010, a liberação, pela Smic, de 21 mil e 800 alvarás provisórios.

Segundo Nagelstein, o endereço apresentado pelos “estelionatários”, apesar de ser área pública, não tinha restrição junto ao banco de dados da Prefeitura, gerido pela Secretaria da Fazenda. Para ele, a responsabilidade, nesse caso, retroage a 2004, quando a Prefeitura repassou à Agapan o Termo de Permissão de Uso. O secretário da Fazenda da época era Ricardo Collar e o prefeito, João Verle. Enquanto isso, Nagelstein afirma “estou do lado da Agapan e a Sede será reconstruída”, diz, ao antecipar estar articulando na busca de interessados que construam a Sede.

EVOLUÇÕES

A Sede da Agapan fica na esquina das avenidas Aureliano de Figueiredo Pinto e Praia de Belas. A área é pública, cedida para a Associação por tempo indeterminado. “Possuímos Termo de Permissão de Uso, assinado pelo então procurador Geral, Rogério Favreto, e pela presidenta da Agapan naquele período, Edi Fonseca”, destaca o presidente da ONG, Eduardo Finardi. “Queremos providências e o mais rápido possível, pois precisamos definir a preservação do acervo da instituição”.

A destruição da Sede da Agapan aconteceu na última segunda-feira, dia 6, um dia após o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no domingo, 5. A surpresa dos ambientalistas se deu inclusive pela apresentação de alvará provisório, concedido pela Smic à Peruzzato & Kindermann. De posse do alvará, a empresa contratou a demolidora de Gilberto Bexiga, que invadiu a área, destruindo o patrimônio da Agapan.

Na última semana, a Prefeitura suspendeu o alvará dos envolvidos e abriu Sindicância para apurar as responsabilidades. O caso tramita na Delegacia Estadual de Meio Ambiente, sob a responsabilidade da delegada Elisângela Reghelin. Vários envolvidos já foram ouvidos, entre eles o secretário Nagelstein e integrantes da Agapan. A delegada também intimou para depor os proprietários da Peruzzato & Kindermann.

Durante o plantio do Louro, foi anunciada a criação do Comitê Brasileiro em Defesa das Florestas, que reúne mais de 40 entidades brasileiras, que pretende discutir com o Senado Federal as alterações no Código Florestal, aprovadas pelo Congresso Nacional. Eliane Carmanin Lima, do Grupo pela Abolição do Especismo (Gae), anuncia, para o próximo dia 19, a realização de diversas marchas, por todo o país, em Defesa do Código Florestal e Contra a Usina de Belo Monte. “A sociedade precisa participar, pois só a cidadania unida tem o poder de pressionar nossos dirigentes”, disse.

Informações

Assessoria de Imprensa da Agapan

Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

11 junho 2011

14/Junho: Debatendo as alterações do Código Florestal


Clique na imagem para ampliar.


14 de Junho às 19 horas.
Debatendo as alterações do Código Forestal:

De que forma as alterações do CF fragilizam a legislação ambiental e podem resultar em maior
degradação do meio ambiente e concentração fundiária?


Mais informações:
www.inga.org.br

Fotos: Caminhada pela Punição aos destruidores da sede da Agapan e contra o Novo Código Florestal

10 junho 2011

Crime de destruição da Sede da Agapan tramita na Delegacia Estadual de Meio Ambiente


Manifestações de apoio, como a prevista para este sábado, 11, em Porto Alegre, fortalecem projetos da Entidade.

O crime de invasão e destruição da Sede da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), que aconteceu na última segunda-feira, dia 6, provocou questionamentos e muitas manifestações de apoio. A concessão, por parte da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic), de um alvará de funcionamento de uma pizzaria, numa área pública, cedida para uso da Agapan por tempo indeterminado, gerou a instalação de uma sindicância na Prefeitura, foi revogado o alvará da Peruzzato & Kindermann, e aberto inquérito policial criminal junto à Delegacia Estadual de Meio Ambiente. A delegada Elisângela Reghelin assumiu o caso e desde quarta-feira, 8, está ouvindo o depoimento dos envolvidos.

"Já ouvi o secretário Valter Nagelstein (Smic), o arquiteto da Agapan, José Guilherme Fuentefria, que foi o primeiro a chegar no local após o aviso da destruição, e intimei os empresários acusados para depor sobre esse crime", disse a delegada. Elisângela também destaca que o alvará da Smic se refere ao funcionamento da atividade e não à destruição de uma construção. "O banco de dados da Prefeitura é administrado pela Secretaria da Fazenda e, por mais que a própria Prefeitura tenha concedido Termo de Permissão de Uso para a Agapan, não constava restrição ao imóvel", explica, ao antecipar que a Secretaria de Obras (Smov) é que liberar ordens de demolição, "jamais da forma como aconteceu", diz Elisângela.

SOLIDARIEDADE

Para os associados da Agapan, é evidente a falha técnica e administrativa na concessão de alvarás pela Prefeitura. "Entendemos que o ato não foi contra a Agapan. Fomos vítima de estelionato, de má fé, por parte desses empresários, que geraram esse crime contra nosso patrimônio", defende Eduardo Finardi, presidente da ONG. Ele explica que todos os associados exercem militância de forma voluntária e que a entidade não tem recursos financeiros para a construção de uma nova sede. "As lideranças da Prefeitura têm demonstrado solidariedade, gestionando a reparação do dano", destaca Finardi, ao antecipar que a Agapan pretende agilizar o projeto de construção da nova sede, a partir de um anteprojeto, já desenvolvido pela entidade, a partir de técnicas de sustentabilidade. "Como estamos sem sede, precisamos acelerar esse processo, inclusive realizando campanha de doações", observa.

Neste sábado, dia 11, a partir das 10h, vários representantes de entidades e simpatizantes da causa ambiental vão se encontrar na Feira Ecológica da José Bonifácio, bairro Bom Fim, para uma caminhada de apoio à Agapan, até a sede da entidade, na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, número 420, esquina com a Praia de Belas. A manifestação pública e simbólica sairá da frente da Igreja Santa Terezinha e culminará com o plantio de uma árvore nativa na área da sede da Agapan, destruída um dia após o Dia Mundial do Meio Ambiente. O apoio à Agapan é realizado pelo PSol, PV, Apedema, Ingá, Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, Amigos da Gonçalo, Núcleo de Ecojornalistas, Fórum em Defesa do Código Florestal, entre outras entidades e indivíduos que lutam pela preservação do ambiente. O ato acontece também em repúdio à aprovação do Código Florestal.

Já na quarta-feira, dia 15, está prevista reunião, no Gabinete da Presidência da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, com a presença de representantes da Prefeitura, CEEE, Receita Federal e Agapan. O objetivo é conhecer o processo de concessão de alvarás pela Prefeitura e priorizar melhorias.

O Termo de Permissão de Uso por tempo indeterminado foi concedido para a Agapan em 13 de julho de 2004, assinado pela então presidente da Agapan, Edi Fonseca, e pelo procurar Geral do Município, Rogério Favreto, e publicado no Diário Oficial de Porto Alegre na edição de número 2302, de 15 de julho de 2004.

 

Informações

Assessoria de Imprensa da Agapan/RS

Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

Rádio Ipanema Comunitária 11/06 ao Meio dia: Julio Wandam é o entrevistado no Cidadania Ambiental


O militante do blog "Os Verdes de Tapes" e do Partido Verde em Tapes, Júlio Wandam, é o entrevistado sábado no Cidadania Ambiental.

A entrevista aborda fatos da atualidade na área ambiental: a história da luta ambiental em Tapes cuja comunidade luta há anos para a regularização do tratamento do lixo, hoje jogado em um lixão mesmo contra decisões da Justiça. A posição do PC do B na votação do Código Florestal também é assunto.


O programa será reprisado no próximo sábado, a partir do meio-dia.

A conversa com o jornalista João Batista Aguiar na rádio Ipanema Comunitária FM 87,9. Na técnica, estará Lothar Gutierrez.


Para quem não é morador do bairro Ipanema, Zona Sul de Porto Alegre, a rádio pode ser escutada via saite www.ipanemacomunitaria.com.br.


08 junho 2011

Mostra conta história do movimento ambientalista no Estado

As militantes Hilda, Giselda e Magda.
Augusto Carneiro e Lutzenberger.

O Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre apresenta, até 30 de junho, a exposição História do Ambientalismo Gaúcho, que homenageia a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de Junho). A mostra é inspirada no livro Pioneiros da Ecologia, de Elmar Bones e Geraldo Hasse (Já Editores) e reúne 16 banners que abordam os principais aspectos do movimento em defesa da natureza no Rio Grande do Sul.

A exposição aponta as contribuições de Luis Roessler e de Padre Balduíno Rambo até a emergência da geração de militantes formada por José Lutzenberger, Augusto Carneiro, Caio Lustosa, Flávio Lewgoy e Sebastião Pinheiro. Também valoriza o trabalho das mulheres ao movimento ecológico, citando as pioneiras Hilda Zimmermann, Giselda Castro e Magda Renner, além do papel da imprensa local nas lutas pela preservação da natureza.

"As mulheres foram intelectuais de destaque no movimento, escrevendo notáveis textos em defesa da ecologia”, afirma o coordenador do Memorial da Câmara, Jorge Barcellos. “A imprensa gaúcha tomou uma posição na luta ambientalista porque colaborou na divulgação, através de inúmeros artigos de seus militantes e de pautas ambientalistas."

Os painéis não deixam de fora grandes lutas dos ecologistas gaúchos, como o combate ao uso dos agrotóxicos e pela constituição de políticas voltadas para o meio ambiente no Estado e no município de Porto Alegre. Recordam, especialmente, que a primeira entidade ecológica da América Latina , a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), foi fundada por gaúchos.

Com entrada franca, a exposição pode ser visitada das 9 às 18 horas, de segundas a quintas-feiras, e das 9 às 16 horas, às sextas-feiras, no térreo da Câmara (Avenida Loureiro da Silva, 255). Escolas interessadas em visitas orientadas devem entrar em contato pelo telefone (51) 3220-4187.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

Fonte: Camara de Vereadores de Porto Alegre

Fotos: Memória /CMPA

Prefeitura abre sindicância sobre sede da AGAPAN

07/06/2011 11:14:46

O prefeito José Fortunati determinou no início da manhã desta terça-feira, 7, a abertura de sindicância para apurar as responsabilidades em relação a demolição da sede da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural) ocorrida na tarde de segunda-feira, 6.

"Esta é uma situação inadmissível, não mediremos esforços para que sejam apurados todos os fatos, tanto no âmbito interno quanto no externo, e que os responsáveis sejam punidos", destacou o prefeito, que também determinou que seja registrada ocorrência policial sobre o fato.

Fonte:
Site da Prefeitura de Porto Alegre


Nota de Esclarecimento do Secretário da SMIC:

Uma nota do secretário Valter Nagelstein, da SMIC, a respeito da demolição ilegal da sede da AGAPAN, revela indícios de fraude na documentação da empresa que pretendia instalar uma pizzaria no local. Segundo a nota, a empresa Peruzzato & Kinderman Ltda. obteve registro na Junta Comercial em Porto Alegre e CNPJ na Receita Federal dando, como endereço, o local onde estava sendo construída a sede da entidade, pioneira do movimento ambientalista no país, que está completando 40 anos em 2011. Eis a íntegra da nota:

Nota de Esclarecimento

A cerca do episódio da destruição da sede da AGAPAN, a SMIC vem à público trazer os seguintes esclarecimentos:

1) O Alvará Provisório fornecido por esta Secretaria é um documento que autoriza o exercício de atividade econômica e não permite nenhum tipo de intervenção física, seja construção ou demolição;

2) No caso presente, o ato foi levado a cabo por uma empresa registrada sob o nome Peruzzato & Kindermann Ltda., que antes do Alvará efetivou registro na Junta Comercial do Estado e obteve o CNPJ junto à Receita Federal e para todos esses documentos, cujo procedimento deverá ser investigado, forneceu o endereço da então sede da AGAPAN;

3) A Licença de Demolição é um documento emitido pela SMOV, por tanto e uma vez mais, o ato desse particular ofendeu ao regramento da Municipalidade;

4) O Secretário da SMIC foi a primeira autoridade a comparecer no local dos fatos e determinar a imediata averiguação dos mesmos;

5) O sistema de Alvará Provisório é um meio eficaz de dar agilidade, desburocratizar a atividade econômica na cidade e formalizar empreendedores; são fornecidos em torno de 20 mil alvarás por ano, sendo este o 1º episódio dessa natureza;

6) O sistema é seguro, mas, como todo o sistema, está sujeito a fraudes;

7) Determinamos a instalação da competente sindicância, mas desde já é possível verificar a lisura do procedimento dos Agentes de Licenciamento, pelo que se vê, induzidos ao erro;

8) Determinamos também que sejam examinadas medidas que aperfeiçoem e dêem mais segurança ao sistema de licenciamento;

Por fim, lamentar o ocorrido, afirmando à sociedade porto-alegrense que a SMIC foi tão vitima nesse processo, quanto foi a AGAPAN.

Porto Alegre, 07de junho de 2011

WALTER NAGELSTEIN

Apoio do Secretário Municipal da SMAM (Secretaria Municipal do Meio Ambiente):

Agradecemos o apoio recebido do sr. Zachia, secretário municipal da SMAM.


Porto Alegre, 07 de junho de 2011.

À direção da AGAPAN:

Ao cumprimentá-los, diante da injustificada destruição da sede da entidade, me solidarizo, ao mesmo tempo em que coloco à disposição todos os esforços e estrutura da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para as providências necessárias não só à reconstrução, mas também à reparação do dano causado.

A AGAPAN, pela sua história e expressão na defesa do meio ambiente, merece toda a consideração e respeito desta Secretaria, afinal continuamos firmes na viabilização de um mundo mais humano e sustentável.

Atenciosamente,

Luiz Fernando Záchia

07 junho 2011

Destruição da sede da Agapan gera sindicância na Smic

Caminhão que estava no local para retirar a casa e materiais.
Anoitece e a equipe continua no pátio enquanto é feito o boletim de ocorrência. Estiveram presentes o sr. Secretário da SMIC, Walter Nagelstein, a presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon, diretoria da Agapan, Edi Fonseca, assessores do vereador Beto Moesch e voluntários da Agapan.



Smic concede alvará de funcionamento de uma pizzaria em um terreno que é de propriedade da própria Prefeitura, que cedeu seu uso para a Agapan por 20 anos.

Na tarde desta segunda-feira, 6, logo após o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no domingo, 5, integrantes da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) foram surpreendidos com a notícia de destruição de sua Sede, situada na esquina das avenidas Aureliano de Figueiredo Pinto e Praia de Belas. Com alvará provisório, concedido pela Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic), a Peruzzato & Kindermann contratou a empresa de demolição Gilberto Bexiga, que invadiu uma área pública e destruiu o patrimônio da Agapan, que tem cessão de uso expedido pela própria Prefeitura à Agapan por 20 anos, a contar do início de 2002. “Tínhamos uma sede construída, com telhado verde e onde desenvolvíamos testes de tijolo ecológico, feito a partir de argila”, diz José Guilherme Fuentefria, arquiteto e conselheiro da Agapan, responsável pelo projeto de construção de uma sede, com base em técnicas sustentáveis, que estava em finalização.

O secretário Valter Naigenstein (Smic) se disse horrorizado com a destruição da sede da Agapan e prometeu abrir sindicância para apurar responsabilidades. “O ato que houve aqui foi muito grave”, disse Naigelstein, ao afirmar a urgente reconstrução do prédio. Para ele, os servidores (Renato dos Santos e André Luiz Coelho, da Smic) foram induzidos ao erro. “Vou determinar a fiscalização, a cassação do alvará dessa empresa e das empresas envolvidas, e manteremos o patrulhamento da área”, anunciou, com o objetivo de evitar o roubo da madeira demolida.

“Houve abuso, excesso, crime, e será apurado na primeira hora da manhã desta terça-feira”, salientou, ao complementar que “licença para edificação é de responsabilidade do Planejamento”. Naigenstein expôs falha no sistema de concessão de alvarás da Smic, que, de acordo com a presidenta da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Sofia Cavedon (PT), será investigado. “Essa empresa usou de má fé, invadindo uma propriedade que tá cercada e com cadeado, burlando inclusive contas de pagamento de luz e água, apresentando, para concessão do alvará, contas da CEEE e do Dmae”.

Nesta terça-feira, 7, de manhã, a Agapan vai abrir um processo junto à Smic, solicitando providências do secretário Naigestein pela demolição do prédio-sede da Agapan.

A Agapan, fundada por José Lutzenberger, Augusto Carneiro, Hilda Zimmermann e Flávio Lewgoy, entre outros, é a primeira organização ecológica do Brasil e da América Latina, cujo aniversário foi comemorado no dia 27 de abril.

Informações

Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues,

AGAPAN


Fotos: AGAPAN

DENÚNCIA: Destruída a sede da AGAPAN em Porto Alegre!




Ouça o áudio: Secretária-geral da Agapan, Eliara Manfredi



Fonte: Renata Colombo/Rádio Guaíba

06 junho 2011

Ambientalistas mantêm manifestações contra novo Código Florestal









Mobilizações têm acontecido em todo o país e objetivam pressionar senadores e sensibilizar a presidenta Dilma Rousseff.











A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (A gapan), o Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba, o Ingá – Núcleo de Estudos Ambientais, a A ssembleia Permenante de Defesa do Meio Ambiente (Apedema), o Núcleo de Ecojornalistas do RS, o Levanta Favela e o Grupo Guerreiro foram algumas das organizações que participaram de manifestação contra a aprovação do Código Florestal, organizada pelo Fórum em Defesa do Código Florestal. A exposição de cartazes e banners, criticando o voto dos deputados federais na aprovação das alterações do CódigoFlorestal aconteceu neste domingo, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, no Parque Farroupilha (Redenção), em Porto Alegre.

Além de informar o voto de cada deputado federal gaúcho, quando da aprovação do "novo" Código, no último dia 24 de maio, foram distribuídos panfletos, chamando a atenção para as consequências dessa mudança na lei federal e para a importante participação das pessoas para parabenizarem ou criticarem seus deputados e, agora, como estratégia, para pressionarem os senadores contra essa degradação. Na aprovação das alterações, o relatório de Aldo Rebelo (PCdoB) saiu vencedor, com 410 votos a favor, 63 contra e uma abstenção.

Com faixas criticando a aprovação pelo Congresso

e questionando sobre os motivos para se comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, os ambientalistas percorreram o Parque, com palavras de ordem, como "Floresta no chão não é a solução". No percurso, várias pessoas aderiram à caminhada. "Aos poucos as pessoas vão se dando conta", analisa Maria da Conceição Carrion, integrante do Fórum em Defesa do Código Florestal. O grupo tem se reunido todas as terças-feiras, a partir das 17h30, na sede do Simpa, em Porto Alegre. Para o encontro do dia 7, a manutenção das mobilizações está na pauta.















Ainda na Redenção, participou o Comitê em Defesa do Rio Pelotas – Uruguai, com apoio do Diretório Acadêmico dos Estudantes de Biologia da Ufrgs, Ingá, Nat – Amigos da Terra e Igré (

MOBILIZAÇÕES MANTIDAS

No sábado anterior, dia 4, centenas de pessoas se reuniram no Largo Glênio Peres para protestar contra o novo Código Florestal. A pé ou de bicicleta, os manifestantes percorreram a avenida Borges de Medeiros até a Praça da Matriz, entre o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa. A manifestação foi organizada pela Vanguarda Abolicionista e seus apoiadores, como integrantes do Massa Crítica.

www.sosriopelotas.wordpress.com).

Veja vídeos da ação em




REPÚDIO
Na Sessão Plenária da Câmara de Vereadores de Porto Alegre do dia 30 de maio de 2011, atendendo a requerimento dos vereadores Fernanda Melchionna e Pedro Ruas (PSol), foi aprovada Moção de Repúdio ao relatório do Código Florestal, apresentado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

De acordo com o site do Senado Federal, na próxima quinta-feira, dia 9, às 11h, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abre a série de debates idealizada pelo Senado para resolver uma questão que está dividindo o país: o tratamento a ser dado à cobertura florestal, principalmente nas áreas de exploração agrícola. Izabella Teixeira falará em audiência conjunta das comissões de Agricultura (CRA) e Meio Ambiente (CMA), atendendo à determinação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de fazer um exame aprofundado da controversa matéria que acaba de ser aprovada na Câmara dos Deputados.

A Agência Senado informa ainda que o líder do governo, Romero Jucá (PMDB) propõe seis meses de discussões. Pelo mesmo prazo deveria ser prorrogada a entrada em vigor de punições a quem desmatou. A moratória daria tempo às negociações.

A princípio, o PLC 30/11 passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será relatado pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que também relatará a matéria na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). O senador Luiz Henrique tem defendido integralmente o texto aprovado na Câmara e diz acreditar que serão feitas apenas pequenas mudanças no Senado. No mesmo sentido, a senadora Kátia Abreu, que preside a CNA (Conferência Nacional da Agricultura), aposta numa tramitação mais rápida do projeto no Senado.

No Plenário, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) tem sido voz contrária ao texto de Rebelo. Ele classifica o PLC 30/2011 como um grande retrocesso. Assim também defendem os ambientalistas, que têm apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC). No sábado, em São Paulo, numa quebra de protocolo, a chefe do secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, Jan McAlpine criticou a possível aprovação do novo Código Florestal, que está no Senado. "Estas decisões não vão afetar vocês agora, mas elas vão afetar seus filhos e netos", disse Jan, que participou de um evento na capital paulista para a apresentação das atividades desenvolvidas no Brasil durante o Ano Internacional das Florestas e também para o lançamento do Festival Internacional de Filmes de Florestas da ONU. Veja e:

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/06/04/70776-representante-da-onu-critica-aprovacao-de-novo-codigo-florestal.html . Até a União Europeia está preocupada com consequências da aprovação do Código Florestal (http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/06/03/70746-uniao-europeia-esta-preocupada-com-consequencias-da-aprovacao-do-codigo-florestal-e-da-construcao-de-belo-monte.html) e cientistas do IPCC, que alertam para o agravamento das mudanças climáticas em http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/05/30/70523-codigo-florestal-como-foi-aprovado-na-camara-podera-agravar-mudancas-climaticas-alertam-cientistas-do-ipcc.html



 

Informações

Assessoria de Imprensa da Agapan

Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

fotos: Cesar Cardia, Vanessa.

www.agapan.org.br



03 junho 2011

Dois eventos no dia 5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente em Porto Alegre

Clique na imagem para ampliar.

No dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, participe às 10h de ato na Rua Gonçalo de Carvalho, a primeira via urbana declarada Patrimônio Ambiental de uma cidade na América Latina.

Recolocação de placa alusiva ao tombamento da rua. Dia 5 de junho de 2011
- das 10h às 10h 40min - Rua Gonçalo de Carvalho (no acesso ao Shopping)


Depois vá até a Redenção, nas proximidades do Monumento ao Expedicionário, manifestar-se contra as alterações no Código Florestal Brasileiro.

Amigos da Gonçalo de Carvalho
AGAPAN

Reconhecimento do Delta do Jacuí como Patrimônio da Humanidade tem apoio da Agapan

A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) apoia o reconhecimento do Delta do Jacuí como Patrimônio da Humanidade. Na manhã desta quinta-feira, dia 2 de junho, integrantes da Agapan se reuniram com várias pessoas para participar de atividade de reconhecimento do Delta Jacuí, que compreende todas as Ilhas, abrangendo os
municípios de Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba e Santa Rita.

O objetivo do passeio pelo Delta, promovido pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, dentro da Programação da Semana do Meio Ambiente, é o de transformar esse espaço natural e de uma biodiversidade riquíssima em Patrimônio da Humanidade, junto à ONU. Para tanto, faz-se necessário, dentre outras ações, o reconhecimento da potencialização do Delta como espaço turístico e de sustentabilidade ambiental, proporcionando moradias e acesso aos serviços básicos à população das Ilhas, que tem um grande número de pessoas vivendo em situação de vulnerabilidade social.

Como não foi possível realizar a travessia por barco, pois era densa a serração da manhã em Porto Alegre, não permitindo visibilidade adequada para a atividade, um grupo de mais de 40 pessoas se reuniu na Usina do Gasômetro, onde trocou ideias, expectativas e experiências.
Além de representantes da Agapan, participaram integrantes do Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba, do Mogdema, da Apedema, Uergs, da Sema/Fepam, conselheiros do Plano Diretor de Porto Alegre, do Conselho de Cidadãos Honorários, padre Antônio Cecchin e Irmão Laurindo, representantes da Associação dos Ilheus Ecológicos, e os vereadores Sofia Cavedon (PT), presidenta da Câmara Municipal, Professor Garcia, Aldacir José Oliboni (PT), Luiz Braz (PSDB), Carlos Comassetto (PT), Reginaldo Pujol (DEM), Bernardino Vendruscolo (PMDB) e Mauro Pinheiro (PT).

O passeio de reconhecimento do Delta do Jacuí como Patrimônio da Humanidade será realizado em data a ser definida.

Informação
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

Dia 5 de junho às 10 horas: Manifestação em Defesa do Código Florestal e contra a impunidade dos que matam e desmatam




Dia 5 de junho - Dia Internacional do Meio Ambiente

Participe:
Dia 5 de junho de 2011, as 10 h, no Brique(na rua José Bonifácio na altura do Monumento do Expedicionário)


No dia 5 de junho de 1972 a ONU realizou, em Estocolmo, na Suécia, um
encontro internacional para tratar de assuntos relacionados ao meio
ambiente. Em síntese, abordar a degradação ambiental causada pelas
atividades econômicas das sociedades ditas ?modernas?.

Meio Ambiente. O que é isso? Qual sua importância?
Meio ambiente sou EU, é VOCÊ, somos NÓS! Nossa relação com o ar, com a
água, com o alimento, com as plantas e animais e entre nós mesmos.
Somos parte de um todo, que possibilita a vida na Terra.

O que isso tem a ver comigo?
Tudo! O ar que respiramos, a água que mata a sede, a comida que sacia
a fome. A praia e o rio para o nosso banho. As enchentes, as secas, os
deslizamentos, a poluição, os gases de efeito estufa, a crise
climática. Tudo isso tem muito a ver com o atual modelo de esgotamento
que faz crescer atividades econômicas inviáveis do ponto de vista
socioambiental. Desse jeito, mais cedo ou mais tarde, seremos todos
afetados. Não é mais possível ficarmos sem fazer nada quanto às
causas, pois, do contrário, sofreremos cada vez mais as conseqüências.

O que posso fazer?

QUESTIONE, INFORME-SE, DISCUTA, ENTENDA. Depois, atue, divulgue e
participe. FIQUE ATENTO! O Brasil tem uma das leis ambientais mais
avançadas do mundo. No entanto, é pouco implementada. Veja como o seu
deputado(a) votou na proposta de mudança do Código Florestal (PL
1876). Se ele votou SIM, questione, proteste. Se ele votou NÃO, foi
fiel a causa do Brasil, e deve ser contatado para que influencie o
Senado para a defesa da Natureza e da agricultura familiar, derrubando
os principais pontos de retrocesso no Código, que redundaram num
Código do Agronegócio?.

Também não nos esqueçamos de cobrar JUSTIÇA pela morte de nossos
quatro irmãos ASSASSINADOS cruelmente no Pará e em Rondônia,
simplesmente porque defenderam o que é de todos: a Floresta Amazônica
e a Natureza.

NÃO VAMOS FICAR INDIFERENTES.
A RESPONSABILIDADE NÃO É SÓ MINHA E TUA. É TAMBÉM NOSSA!
VAMOS PARA A RUA DEFENDER A JUSTIÇA, O MEIO AMBIENTE, A VIDA!

Participe das reuniões do
Fórum Gaúcho em Defesa do Código Florestal
Terças-feiras, 17h e 30 min, na João Alfredo 61, SIMPA


Participe:
Dia 5 de junho de 2011, as 10 h, no Brique(na rua José Bonifácio na altura do
Monumento do Expedicionário)

Mogdema, Apedema, AGAPAN

02 junho 2011

Palestra hoje 2/06: Novo código florestal brasileiro: degradação da agricultura, aumento dos problemas sociais e destruição da natureza

Hora: às 17h30min

Palestrante: Prof. Francisco Milanez - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e Fundação para o Desenvolvimento Ecologicamente Sustentado (Ecofund)

IHU ideias - Junho 2011:


A atividade IHU ideias é um espaço de discussão, análise e avaliação de questões que se constituem em grandes desafios de nossa época. Busca fazê-lo no âmbito do debate cultural, tendo como parâmetro o humanismo social cristão.
Realização


Início: 02 de junho de 2011
Término: 30 de junho de 2011
Horário: Das 17h30min às 19h
Carga horária: 6h
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU
Av. Unisinos, 950 – Bairro Cristo Rei
São Leopoldo/RS

Investimento


Evento gratuito.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_eventos&Itemid=19&task=detalhe&id=241Link

01 junho 2011

Radio Ipanema Comunitária: Flavio Lewgoy no Cidadania Ambiental - 4 de Junho

Agrotóxicos: uso abusivo na agricultura segundo Anvisa.


O ambientalista Flávio Lewgoy, 85 anos, ex-presidente da AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, é o convidado do Cidadania Ambiental que será retransmitido neste sábado, 4 de junho, a partir do meio-dia pela Ipanema Comunitária FM 87,9 Mhz.

Na conversa, Lewgoy relata como foi construída a histórica Lei dos Agrotóxicos; seu relacionamento com José Lutzenberger e como resolveu participar da entidade.

A entrevista inédita concedida ao jornalista João Batista Aguiar e faz parte da série que está sendo apresentada para rememorar e comemorar os 40 anos da Agapan. Na mesa de som, Lothar Gutierrez.

O programa, assim como toda a programação da Ipanema Comunitária, pode ser escutada ao vivo na Internet via link no endereço http://www.ipanemacomunitaria.com.br.